Este exercício à volta de uma epístrofe teve o propósito óbvio de sublinhar um truísmo. Outros o complementam, tais como:
– A sanha das sanções não se deve ao que aconteceu até 2015 (objectivos orçamentais sucessivamente falhados), mas sim ao facto de não ter sido eleito o governo escolhido por Schäuble.
– A Comissão Europeia, pau mandado do ministro das finanças alemão, não vai decidir aplicar sanções a Portugal no imediato, pois estas incidiram sobre as políticas do governo “certo” e, que chatice, os números oficiais da economia (reparem no sublinhado) não justificam tal tomada de posição.
– Ainda pela anterior razão, a decisão será sucessivamente protelada até que exista um pretexto para tal acto. Até lá, o clima de suspeição, prejudicial ao país, será sucessivamente renovado.
– É uma questão de tempo até que a actividade económica, em queda desde 2015, produza impacto suficientemente negativo que gere as condições para justificar as desejadas sanções. As quais vão prejudicar ainda mais o país.
Assistimos a um ciclo onde se criam dificuldades até que o actual governo caia, abrindo caminho à concretização do plano de Schäuble: uma Europa comandada por tanques que disparem controlo económico, no lugar de projécteis.
Com a 2ª Guerra Mundial os alemães pretendiam vingar-se da derrota na 1ª Guerra Mundial.
Agora, estão a vingar-se da derrota na 2ª Guerra Mundial.
Não aprenderam nada.
Vamos ver como é que isto vai acabar.
“– É uma questão de tempo até que a actividade económica, em queda desde 2015, produza impacto suficientemente negativo …”
É inevitável, e este governo nada pode fazer. No fundo, a mudança de política deste governo de esquerda não vai ter qualquer impacto. Ou seja, nada mudou com este governo de esquerda. Afinal a alternativa à esquerda não produz qualquer efeito prático.
Não?
Mas se for o Brexit + xy + zw, etc… vai ver que funciona.
É claro que os portugas contra os Fritzs não produz nada para o nosso lado, mas com o tempo veremos os USA a apertar “o papo” aos uber alles…
você tem talento, anónima. talento para as mesmas distorções que passos & luisinha. ou seja: acha que devemos capitular perante o agressor. você seria ideal para os franceses de vichy, a perfeita colaboracionista. super-mulher da quinta coluna.
a alternativa de esquerda já produziu muita coisa. claro que para a tralha pafiosa não foi nada. esta deriva do psd, que sepultou a social-democracia que ainda mantém no nome, apenas deseja precariedade, estado social zero, custo do trabalho paupérrimo.
lutaremos pelo interesse de portugal, ao contrário dos que vivem da catástrofe e apoiam a europa pós-democrática. e lutaremos pela democracia, atacada por esta UE e por uma PaF que mentiu sucessivamente aos portugueses para ganhar votos.
“– É uma questão de tempo até que a actividade económica, em queda desde 2015, produza impacto suficientemente negativo …”
O que eu quis dizer é que este post é fatalista (naquele parágrafo específico), desvalorizando completamente a possível acção deste governo para alterar o que está pré-determinado (“É uma questão de tempo …”).
Como diz e bem “a alternativa de esquerda já produziu muita coisa”, mas é o post que afirma que nada que este governo faça pode impedir a queda continuada da actividade económica desde 2015.
Devemos distinguir os feitos que a esquerda conseguiu do que é a e evolução económica do país. Nos primeiros conta-se uma governação que regressou à legalidade como base de actuação e o fim do discurso inspirado no Crime e Castigo – isto não são coisas menores. Na segunda existe um vasto conjunto de circunstâncias que não dependem de nós e, por isso, é uma questão de tempo até correr mal. Nestas incluem-se a diminuição da procura nos mercados para onde exportamos, o preço do crude, o eventual fim da compra de dívida por parte do BCE e o provável aumento das taxas de juro no contexto internacional.
É uma questão de tempo. Passos sabe-o e sabe também porque é que isso acontecerá. Mas como a verdade é algo acessório para ele, constrói um discurso que procura atirar culpas ao governo. Só não lhe estaria a acontecer exactamente o mesmo porque os amigos dele não estariam com o discurso das sanções. Mas no fim do ano, lá teríamos mais uma meta orçamental falhada e a necessidade de mais austeridade.
Para a direita, a austeridade não é uma consequência mas sim um instrumento. Esta é outra grande diferença entre este governo e o anterior.
“Esta é outra grande diferença entre este governo e o anterior.”
Por muito grande que seja a diferença (e é, basta por exemplo pensar no novo fôlego que tem o Simplex), é importante reconhecer que este (ou qualquer outro) governo não vai conseguir parar (quanto mais fazer crescer) a queda da actividade económica. Eu estou-me nas tintas para o Passos (personagem menor que vai desaparecer rapidamente) mas o que me preocupa é: quanto mais tarde Costa reconhecer o inevitável, “que é uma questão de tempo até correr mal”, esforçando-se por clarificar que tal depende de um “vasto conjunto de circunstâncias que não dependem de nós” pior vai ser para este governo. Se é inevitável que mais tarde ou mais cedo vai correr mal, Costa já devia ter reconhecido isso. Está a adiar o inevitável e quanto mais tarde, pior.
“Devemos distinguir os feitos que a esquerda conseguiu do que é a e evolução económica do país.”
Faz-me lembrar o discurso do “estamos pior mas o país está melhor”. Assim este governo não vai manter-se muito tempo por culpa própria: está a manter ilusões que uma vez desfeitas ainda vão conduzir a Direita novamente a uma maioria absoluta.
É o imperialismo, fase superior do capitalismo!
ou é o passos ou é o passos,ou é a maria ou é a maria.do lado da propaganda,ou é o observador ou é o observador.na tv,ou é o rodrigo dos santos ou é o rodrigo dos santos.para a UE os portugueses tem que obedecer aos acima citados.pois bem,um canhão em Idanha a Nova,até pode ser que o shauble entre,pode é já não sair.
Tem toda a razão, esta é a nova táctica que a Alemanha usa para submeter os países da UE. Mais uma vez, a Inglaterra farejou o perigo alemão e bateu com a porta. Outros o farão. Outros resistirão. Não esquecer que, para além dos Estados Unidos, a Inglaterra conta com toda a Commonwelth, India incluída. Infelizmente, tudo parece apontar para que a História se repita,
Temos de nos pôr ao fresco, antes que a mer** em que a alemonha, sim alemonha, transformou a Europa estoure. Sinto que está em marcha o estoiro.