O fumo, o fogo e o PÚBLICO

2016-07-24 publico-capa

Capa do PÚBLICO de 24/07/2016 (ontem), a destacar uma notícia que já tinha sido desmentida

A direcção editorial do Público pergunta “Bruxelas e Portugal: há fumo sem fogo?“. Nós não sabemos mas este diário parece ter um fósforo na mão.

“No sábado, uma carta assinada pelo vice-presidente da Comissão Europeia, o finlandês Jyrki Katainen, gerou uma onda de afirmações e desmentidos”, lê-se no PÚBLICO, sendo que este jornal apenas deu eco às afirmações. E regista que a carta “cumpriu o objectivo: manter a pressão e instalar um clima de nervosismo” e que o “cumpriu”. E, concordando com a observação, é legítimo acrescentar que o jornal foi um dos instrumentos primários dessa pressão.

Mas esta atitude incendiária ainda não chegava ao PÚBLICO. Precisou de a estender a Espanha, onde a carta não tivera eco, para diminuir a reacção portuguesa. “Do lado espanhol, Luis de Guindos aproveitou o G20, na China, para angariar apoios que permitam salvar Espanha de uma eventual multa por violação da meta do défice. E que apoios arranjou o ministro Luis de Guindos? Nada menos, disse, do que os dos seus homólogos alemão, francês e italiano. Espanha estará, assim, a salvo ou quase. Portugal, por sua vez, arriscou argumentar.

Mas parece que Guindos não partilha da opinião da direcção editorial do PÚBLICO. “«Lo importante es que existen razones de peso que justifican que no haya multa para España ni tampoco para Portugal», ha asegurado De Guindos”, lê-se no diário espanhol ABC.

Mais, o ministro da economia espanhol aponta outras razões, que não as do PÚBLICO, para evitar as sanções “Entre esas razones, el ministro de Economía ha citado el «esfuerzo fiscal que se ha realizado» en España, los «problemas de metodología» en el cálculo de la CE y las reformas estructurales, como también una inflación negativa.” Nem uma palavra quanto aos supostos apoios conseguidos, os quais bem vistas as coisas, não diferem substancialmente daqueles que Portugal poderá ter.

A direcção editorial conclui o artigo afirmando que a “carta de Jyrki Katainen será uma cortina de fumo.” E sublinha que “não há fumo sem fogo.” E tem toda a razão, sendo de sublinhar que para haver fogo é preciso quem o ateei, não é ó incendiários?

Comments

  1. Ele há cada um, que parecem muitos !!!

  2. fleitao says:

    Mais um jornal ditto de referência a deixar de merecer confiança-

  3. Thief says:

    Observador 2.0.

    • anónimo says:

      Costumava comprar o Diário de Lisboa, e depois o Público, todos os dias.
      Há 20 anos deixei da comprar o Publico, não aguentei o nojo à mentira, à manipulação, à calúnia, e à promoção e venda do crime e do fascismo, contra os portugueses e contra Portugal.
      Agora leio o Tornado e o AbrilAbril. E recomendo.
      O terrorismo conquistou toda a media nacional.
      O Tornado já foi atacado, mas resistiu.
      Gostava de ter uma alternativa à televisão vigente.
      Não percebo porque é que este governo não faz o saneamento da televisão publica.
      Dizem que vão licenciar mais canais. Mais dois canais de esgoto.
      Mas o que é preciso é sanear os dois canais existentes.
      Atirar dinheiro para cima do fogo, não apaga o fogo.

  4. anónimo says:

    Mal deram notícia da boa governação do governo de esquerda, que o orçamento está a ser cumprido com rigor, logo vieram os terroristas, aterrar os cidadãos, dizendo que os bons resultados se devem a uma alegada trafulhice.
    Os terroristas portugueses, espalham o terror, em directo, em todos os canais. Até parece que são donos das televisões.
    Dizia uma especialista em terrorismo que os terroristas se sentem realizados quando a sua obra aparece na televisão. De facto, os terroristas nacionais têm muita razão para se sentirem realizados e felizes, em todos os canais, em todos os noticiários, em todos os comentários.
    Como diria Alexandre O, as bestas também têm direito a ser felizes, de vez em quando.
    Mas assim tanto é aterrador.

    • anónimo says:

      O negócio dos jornais não é a venda de jornais.
      O negócio dos jornais é a promoção dos interesses da gatunagem. É a contra informação. É a tomada do poder pela gatunagem.

  5. democracia says:

    a capa de hoje (26 de julho) do Público consegue ir muito mais longe. perante os sinais positivos (apenas sinais, mas sem dúvida positivos) da execução orçamental do 1º semestre, o público faz uma capa que quase diz que portugal está em plena catástrofe.

    vergonhoso. grande david diniz, justificas o salário que o sr belmiro te paga.

Trackbacks

  1. […] nota também para a Direcção Editorial do PÚBLICO. Na passada segunda-feira, esta escrevia que a “Espanha estará, assim, a salvo [das sanções] ou quase. Portugal, por sua vez, […]

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