Não tão grave pela posição ocupada, mas igualmente promíscuo, foram três outras alegadas ofertas de passeios ao Euro2016, menos escrutinadas pela imprensa, ou não tivesse sido um dos seus grandes barões a alegadamente pagar a factura. Falo das viagens, bilhetes e refeições alegadamente pagas pelo empresário Joaquim Oliveira aos deputados do PSD Luís Montenegro, Luis Campos Ferreira e Hugo Soares. A minha fonte? A mais insuspeita possível: o Observador.
E o que diz o Observador? Diz, por exemplo, que os três deputados do PSD foram almoçar a um dos melhores restaurantes parisienses, cortesia de Joaquim Oliveira. Diz também que Luís Campos Ferreira (LCF) se recusou a comentar a situação alegando tratar-se da sua “vida privada”, algo estranho visto que, dias depois do post do Observador, os três deputados do PSD emitiram um comunicado a desmentir estas informações. Portanto num dia é do foro pessoal, no outro já é “trabalho político“. Notável, mas não tão notável como a justificação do deputado Hugo Soares, que alegou “motivo de força maior“. Numa sitcom era capaz de funcionar, gerar uma estrondosa gargalhada até, mas isto é tão singular que dou por mim a citar João Miguel Tavares:
A silly season no seu melhor. Até as fontes são silly! Mas o insuspeito JMT faz uma sugestão que eu não poderia subscrever mais. Mostrem lá as facturas. Cidadãos tão exemplares como os senhores deputados com certeza que guardam as suas facturinhas, para a contabilidade no final do mês e para o sorteio da Factura da Sorte. Pelo menos a factura da viagem, visto que, tanto quanto é possível apurar – não dei com o comunicado em lado nenhum – os deputados apenas alegam ter pago as “respectivas deslocações”, não fazendo qualquer referência ao almoço com Oliveira, aos bilhetes ou à estadia.
O moral da história é o do costume. O bloco central e o poder económico continuam a comer à mesma mesa, a jogar (e a ver) os mesmos jogos e a tentar convencer o país a não se preocupar porque está tudo bem. A direita parlamentar, com as suas danças de cadeiras costumeiras e a promiscuidadezinha com bancos e multinacionais que conhecemos já não surpreende ninguém. O PS, apesar do momento singular que vive, nunca se comportou de maneira muito diferente dos tecnoformas e dos irrevogáveis. Mas o BE e o PCP, ao contrário daquilo que sugeriram alguns, já se manifestaram sobre o caso. Lamentavelmente sem a convicção que os caracterizou noutros momentos, é certo, mas não ficaram calados como, por exemplo, PSD e CDS se calaram perante as várias polémicas em que o seu então parceiro de coligação se viu envolvido. Não é tudo putedo, Orlando, mas o que não falta por aí são galdérias em grande forma.
o Observador,comandado pela fala barata helena matos ainda tentou ser ordinario(só os de esquerda é que receberam convites) mas quando se apercebeu que do lado do psd a coisa não estava nada boa,então os gajos meteram a viola no saco e agora assobiam para o lado.ou inventam outras “questões” para desviar as atenções.mas a verdade é que o psd actual e apoiantes é um…escarro.
Os portugueses nos últimos anos foram governados por um escarro e o resultado está à vista.
Estamos todos escarrados!
Pobre Costa que tem a triste sina de limpar escarros.
Sugiro-te amigo Costa que apagues os fogos com os escarros que de cima de nós tiras.
Um nojo pegado…Que é feito dos Homens de bem (bom senso) desta terra? As direcções partidárias ou lá o que isso seja, não “falam” e as distritais e as concelias?
E os militante de base também estão a banhos? De alpercatas e calçoes, apresentação abaixo do modelo coreia do norte que tanto criticam!?
No próximo fandango eleitoral (sem desprimor para o verdadeiro) vai ser a mesma coisa: abstenção e encarneirar a troco de uma bugiganga do tipo ajuntamento de velhos ou morcões num jantar ou almoço a agitar bandeirinhas?
Até onde irá a nossa imbecibilidade?
Claro que, o país tem pago uma dolorosa factura pelo facto de ser gerido há quase meio século por uma cambada de proxenetas que capturaram o Estado e julgam-se com direito divino a usurpá-lo só e apenas pelo único facto de serem continuamente eleitos pelos idiotas úteis do costume.