Diga ‘expectativa’!

expectativa2Prometi, ontem, que voltaria à expectativa, porque posso.

Vamos por partes, que é Agosto.

Os autores do chamado acordo ortográfico (AO90) valorizam aquilo a que chamam “critério fonético”. De modo simplista, isso quer dizer que devemos escrever conforme pronunciamos, o que, por sua vez, significa que não devemos escrever aquilo que não pronunciamos.

António Emiliano, entre outros, já explicou a impropriedade da expressão “critério fonético” e o disparate em que consiste. Mas deixemos isso, por instantes, porque a expectativa é grande.

Preocupados com o tal “critério fonético”, os autores do AO90 declaram basear-se numa certa e determinada norma culta. Confrontado com a dupla grafia da palavra “expectativa”, revisitei, mais uma vez, o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, em busca da transcrição fonética da palavra. Como puderam ver mais acima, embora se admitam duas realizações possíveis para a primeira sílaba, o C pronuncia-se.

Isto quer dizer, muito simplesmente, que, de acordo com o dito “critério fonético”, esta palavra não deveria ter dupla grafia. O Priberam, a Infopédia e o Vocabulário Ortográfico Português (VOP), no entanto, não ligam a isso.

O pormenor mais delicioso, no entanto, pode ver-se na página do VOP. O verbete “expectativa” inclui, no canto inferior direito a transcrição fonética da palavra em vários países lusófonos: em todos, o C é articulado (veja-se a imagem publicada no final deste texto). Inconscientemente, estes guardiães da nova ortografia, contribuem, mais uma vez, para a criação de uma nova regra: apesar de se pronunciar, pode não se escrever. É daí que nasce a expetativa.

É só um erro. Mais um de muitos. E a ortografia? Foi substituída por outra coisa, mas ainda não se sabe como é que se chama.expectativa

Comments

  1. José Peralta says:

    Ainda e sempre, o famigerado “A côr do horto gráfico 1990) !
    E eu, que quando vejo um espeCtáculo, qualquer que ele seja, quero continuar a ser “ESPECTADOR”, deixo a “nobre” função de “espetador”, por exemplo, mero exemplo, aos denodados e prestimosos “executantes” da “festa brava” que, nos curros, se dedicam a tão “honroso” trabalho : espetar o touro, para o tornar mais fácilmente em vítima em vez de contendor…

    • José Faria says:

      Caro Peralta, esse argumento não tem qualquer sentido, uma vez que a queda do “c” não altera a pronúncia de “espetador”. Espetador (que assiste a espetáculo) e espetador (que espeta) são palavras homógrafas mas não homófonas. O resto é demagogia sem nexo, espero que não leve a mal.

      • Manuel Veloso says:

        José Faria penso que a fonética é diferente sim pois dizemos “espéctador” em espectador e na versão nova desaparece o “é” na fonética passando então a espetador…

      • José Peralta says:

        José Faria

        Claro que não levo a mal ! O mero exemplo que citei, junta-se a muitas outras incongruências, bastas vezes relevadas por alguns nomes sonantes da Cultura, pessoas que considero muito mais autorizadas que eu. E cito, mais uma vez como mero exemplo, o malogrado Vasco Graça Moura, um dos grandes defensores e divulgadores da nossa Língua !

        No caso de “espetador” só é homógrafa à luz do novo “acordo” e, à mesma luz, tornou-se homófona, porque, sem o “c”, o “e”, que era aberto, deixou de o ser, Logo, em minha opinião, “espetador” e “espectador”, de forma, digamos, “induzida” lêem-se da mesma maneira, sendo diferente o seu significado, como o José Faria, justamente admite !

        Até no Brasil, e noutros países lusófonos, o “Acordo” gera a mesma polémica e confusão, havendo movimentos sugerindo que ele seja pura e simplesmente ignorado, outros ignorando-o de facto !

        Em suma, uma confusão, uma futilidade tão escusada quanto inútil, e que, como se vê, divide os Portugueses, agravando a confusão ! E o que ganhamos com isso ? E quanto perdemos ?

        Os meus cumprimentos.

  2. José Faria says:

    A propósito do AO em geral:

    Os argumento apresentados contra o AO não fazem qualquer sentido (a tal história de agora se escrever “à brasileira”, por exemplo, é um argumento sem qualquer sentido). Escrevo desde a primeira hora nos termos do Acordo Ortográfico. Parece-me que já é tempo de terminar esta polémica acerca do Acordo, que já se encontra perfeitamente interiorizado entre as crianças, sendo completamente contraproducente um hipotético regresso ao passado.

    Todavia, por mim, continuaria a escrever com todo o gosto da forma como se redigia antes da alteração de grafia de 1911, e digo-o sem ponta de ironia. Acho lindíssimas palavras como: Abysmo, Alphabeto, Alumno, Anecdota, Architectura, Athmosphera, Belleza, Bibliotheca, Catholicismo, Chimica, Christão, Difficil, Escriptor, Grammatica, Gymnastyca, Mathematica, Ophthalmologia, Orthodoxia, Oxygenio, Typographia. e tantas outras.

    E se recuarmos no tempo encontraremos outras formas formas de escrever português, que foram sendo alteradas com o tempo, designadamente porque as palavras foram sendo pronunciadas de forma diferente. Já depois de 1911 (e antes do atual Acordo) a grafia foi novamente alterada sem alarido (coisas da ditadura!).

    Seria bom que as pessoas entendessem que a grande viragem da língua portuguesa e o seu afastamento da corrente etimológica foi em 1911. Na época o povo era quase todo analfabeto, por isso a polémica apenas atingiu (e de que maneira!) os letrados. A revolta foi generalizada nesse meio porque a língua escrita sofreu uma verdadeira revolução (quem dá importância hoje a isso? Ninguém). Qual o grande problema da ortografia pré-1911? Cada vez tinha menos a ver com a língua falada, tornando progressivamente mais difícil a sua aprendizagem.

    A simbologia gráfica deve ter alguma ligação à língua falada! E é apenas isso: simbologia gráfica, convenções, nada mais que isso! O Acordo Ortográfico é apenas um passo normal, uma evolução perfeitamente razoável e coerente no sentido da corrente fonética. Não encontro um único argumento válido contra o Acordo. Não, escrever nos termos do AO não é escrever “brasileiro” (!), alteramos apenas 1,6% da nossa grafia.

    Palavras homófonas, homógrafas e homónimas sempre as houve e ainda bem por causa dos trocadilhos bem dispostos do povo. Alguém confunde o canto dos pássaros com o canto da mesa? Ou coser meias com cozer a carne? Tudo depende do contexto. E não, não há qualquer razão válida para alterarmos a pronúncia seja de que palavra for. Apoio o Acordo e não vejo razão para tanta trapalhada. Preferia ver as pessoas ocupadas com aquilo que é de facto importante.

    P.S. Texto escrito nos termos do AO. Alguém precisará de dicionário (bons tempos em que se escrevia “diccionario”!)? Creio que não.

    • José Peralta says:

      Caro José Faria

      Na sequência do meu anterior comentário, não vejo em que estas e outras palavras que cita ( Abysmo, Alphabeto, Alumno, Anecdota, Architectura, Athmosphera, Belleza, Bibliotheca, Catholicismo, Chimica, Christão, Difficil, Escriptor, Grammatica, Gymnastyca, Mathematica, Ophthalmologia, Orthodoxia, Oxygenio, Typographia. e tantas outras) viram alterado o seu significado – sendo que a substituição do “ph” por “f” ou do “ch” por “qu”, ou a retirada do “y” e do “h” depois do “t”, só simplificaram a grafia. E não prejudicaram o significado, pela simples razão de não terem palavras homófonas que estabelecessem essa confusão …

      Ou Alumno pode confundir-se com Aluno, Anedocta com Anedota, Architectura, com Arquitectura, Typographia com Tipografia, e por aí adiante ?

      É a “velha história”, do “espectador” versus “espetador” !

      É que eu, também preferiria ver as pessoas (incluídas as crianças que “já” têm o “acordo” interiorizado !) a preocuparem-se com aquilo que é, de facto, importante ! E há tantas coisas importantes com que nos devíamos preocupar…

      • José Peralta says:

        José Faria

        Em tempo : Vejo que, quando se refere à Língua (idioma) Portuguesa, o faz em minúsculas ! Será “sintomático” da desvalorização provocada pela “grande viragem” do novo “acordo” ? Ou é a tal “simbologia gráfica” ?

        É que, mal ou bem, eu aprendi que a Língua-Mãe, a Língua Portuguesa, tal como o Hino, eram escritos com Maiúsculas !

        Porque a “língua”, o músculo no interior da cavidade bocal, é que se escrevia com minúsculas…

        • Pois é, caro José Peralta, mas segundo o acordo de 90, deve escrever Língua Portuguesa com minúscula. Ou também é daqueles que cumpre o que lhe convém e não cumpre aquilo de que não gosta? Arrastar para a defesa desta vergonha de incongruências e asneiras a reforma de 1911 será o eterno único argumento “de mau pagador” dos acordistas. Bastaria o exemplo veiculado no artigo, “expectativa”, para vermos como os acordistas inveterados se pôem em bicos de pés para não perderem o barco para o Brasil: mais papistas do que o Papa.

      • J Santos says:

        As “minhas” crianças não têm acordo nenhum interiorizado! Lêm ALGUNS livros com o acordo, fazem os testes na escola com o acordo e dizem mal de acordo sempre que podem fazendo coro com os professores que também o detestam. Distinguem o acordo da ortografia normal como eu fazia quando em criança lia publicações juvenis brasileiras. Não passei a escrever com a ortografia brasileira por causa disso. As “minhas” crianças, mal possam, mandam o acordo às malvas, que é de onde ele nunca devia ter saido!

  3. anónimo says:

    De fato, o AO devia fazer muita falta, mas só a quem o fez, e a quem o mandou fazer.
    “já se encontra perfeitamente interiorizado entre as crianças”, argumento inteligente, a condizer com o AO.
    Se a intenção era para benefício da CPLP, então, só os portugueses, os mais prejudicados, é que são obrigados a usar o português corrupto, porque mais ninguém o usa, nem o vai usar, porque é um aborto linguístico, e não faz falta a ninguém.
    A equipa que fez a coisa devia agora, com a mesma sensibilidade, alterar as palavras das restantes línguas europeias, com a mesma raiz das portuguesas, que usem consoantes que eles dizem ser mudas. Por exemplo “action” para “ation”, “fact” para “fat”, etc.
    E todas elas ficariam mais parecidas com o brasileiro.
    E as crianças europeias interiorizavam.

    • anónimo says:

      Só caiem as consoantes mudas. Se nem esse simples conceito consegue compreender é melhor não escrever mais asneiras.

      • António Fernando Nabais says:

        Caro anónimo, desculpe, mas, apesar do “critério fonético”, ainda não se escreve “caiem”. Depois, por efeitos directos e indirectos do AO, suprimiram-se algumas consoantes mudas e, por via das dúvidas, há quem suprima consoantes articuladas. Se leu o texto, talvez se tenha apercebido de que essa supressão é praticada por linguistas.

      • Mas vemos muitos “fatos” e “contatos” e “expetativas” em jornais e televisões e até no Diário da República. E como o artigo salienta, há mesmo pseudo-linguístas que optam por retirar cc onde ainda se articulam. O que acha?

      • António Chagas says:

        Ó anónim@, então só “caiem” as consoantes mudas? Onde é que leste isso? Então e as maiúsculas? E os hífenes? Mas estás a falar de quê? Estás a escrever asneiras, é o que é. E não conheces puto do AO. E sim, trato-te por tu, porque és anónim@, e quem não tem espinha para aparecer não merece respeito.

    • De facto, caro anónimo….

  4. António Fernando Nabais says:

    Caro José Faria

    Reparei que não comentou o texto.

    Algumas notas aos seus comentários:

    1 – as relações entre a escrita e a fala são bastante mais complexas do aquilo que pensa. Em primeiro lugar, as palavras homógrafas são sempre uma fonte possível de dificuldade na pronunciação (veja-se o erro habitual de pronunciar “molhos” da mesma maneira, independentemente de estarmos a falar de condimentos ou de conjuntos de chaves). Ou seja, uma palavra, por passar a ser homógrafa de outra, pode passar a homófona. Para além disso, a simples alteração de pequenos segmentos (-ECT- para -ET-) pode, só por si, causar alterações de pronunciação. Foi isso que não se acautelou na elaboração do AO. Vários defensores (defensores, não críticos) do AO chamaram a atenção para essa possibilidade.
    2 – O AO não se encontra interiorizado na sociedade e, portanto, não pode estar nas crianças. O simples facto de ter aumentado exponencialmente as duplas grafias, só por si, já é garantia de que não é possível interiorizá-lo, abrindo caminho para um caos que só não vê quem não quer. Para além disso, há uma enorme confusão nos próprios instrumentos de consulta, como é o caso do VOP.
    3 – É indiferente saber de que ortografia se gosta mais. O que está em causa é a necessidade de demonstrar, inequivocamente, que esta reforma ortográfica é melhor do que a anterior.
    4 – A língua é uma convenção e a ortografia é uma convenção dentro dessa convenção. Ser uma convenção, no entanto, não justifica que qualquer solução esteja correcta, porque a convenção carrega consigo história, hábitos, tradições e muitos outros factores que implicam modificações criteriosas. Note-se: é claro que é legítimo alterar convenções, mas isso, devido ao seu carácter de segunda natureza, deve ser feito com pinças.
    5 – A dificuldade de aprendizagem das anteriores ortografias é um pseudo-argumento, especialmente na sua ligação à opacidade ortográfica (se isso fosse verdade, seria impossível aprender a escrever em inglês). O que interessa é haver qualidade de ensino: um dos segredos para isso é a estabilidade e não a mudança constante e irreflectida.
    6 – As pessoas ocupar-se-ão dos assuntos que considerarem importantes.

  5. J Santos says:

    Eu nunca pronunciei “expétativa”, sem o “c”, mas sim “expeCtativa”. Como fazer agora? Digo de uma forma e escrevo outra? Devo alterar a minha forma de pronunciar de forma a adaptar-me à pronúncia culta? Eu sei que é admitida dupla grafia mas… e se me aparecer “expetativa” num texto que tenha que ler em voz alta?

    • Deve dizer e escrever expectativa. É essa a forma correcta. Basta ler o artigo para perceber a palhaçada deste acordo (ab)ortográfico.

  6. Ivo Miguel Barroso says:

    “I. Escrever-se hão sempre as letras que facultativamente se proferem, como, por exemplo, nas palavras (…) facto (…).
    II. Quando uma consoante muda influi na vogal precedente, vestíjio que perdurou de quando ela ainda se proferia, deve escrever-se também; exemplos: director = ‘dirètor’, não ‘diretor’; acção = àção, e não ‘ação’; preceptor = ‘precètor’ (ou ‘precèp-tor’), e não ‘precetor’.” (A. R. GONÇÁLVEZ VIANA, Ortografia Nacional. Simplificação e unificação sistemática das Ortografias Portuguesas, Lisboa, Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, 1904, pg. 73).

  7. Ivo Miguel Barroso says:

    “Ao caso de ‘recepção’ e redactor’ podem adicionar-se muitos outros, similares: ‘inspecção’, ‘redacção, ‘distracção’, estupefacção’, ‘facção’, etc. Suprimir nêstes casos a consoante ‘aparentemente’ inútil, não é desacatar a etimologia, – o que sería o menos: – é desacatar a fonética – o que é o mais ou quase tudo.” (CANDIDO DE FIGUEIREDO, A ortographia no Brasil (A propósito da Reforma ortográfica votada pela Academia Brasileira), História e crítica, Livraria Clássica Editora, Lisbôa, 1908, pg. 171).

  8. Ivo Miguel Barroso says:

    “Outro exemplo é espectaculo, no qual ninguém profere o ‘c’, que muitos, porém, em ‘espectador’ deixam ouvir, como em ‘expectativa’, ‘expectante’, etc.; isto com o fundamento de que todos devem reconhecer na escrita a pronunciação que dão a cada vocábulo, logo que não seja viciosa. Quando a mesma vogal de um primitivo seja tónica, conservar-se há nele a consoante nula: acto, em razão de activo, acção = ‘àtivo’, ‘àção’.” (A. R. GONÇÁLVEZ VIANA, Ortografia Nacional, pg. 73, negritos originais).

  9. Ivo Miguel Barroso says:

    A Reforma de 1911 consignou uma limitação muito lata à supressão de tais consoantes “mudas” “c” e “p”:

    “Casos, porêm, há, e muitíssimos, em que tais consoantes ou são ainda facultativamente proferidas ou a sua influência subsiste no valor das vogais ‘a’, ‘e’, ‘o’, que as precedem, as quais, em vez de se obscurecerem, como é de regra, nas sílabas antetónicas, conservam os seus valores, relativamente ‘à’, ‘è’, ‘ò’, que tinham quando essas consoantes, hoje mudas, se proferiam. Dêste modo, a Comissão entendeu ser de necessidade a conservação delas, quer quando a vogal ‘a’, ‘e’ ou ‘o’ precedente é átona, quer em vocábulos aparentados, quando é tónica; por exemplo: ‘direcção’, ‘directo’, ‘acção’, ‘activo’, ‘acto’, ‘tracção’, ‘tracto’, ‘excepção’, ‘exceptuar’, ‘excepto’, ‘adopção’, ‘adoptar’, ‘adopto’, comparados estes últimos vocábulos com ‘opção’, ‘optar’, ‘opto’, em que o ‘p’ se profere. Com esta excepção aos princípios simplificadores que a Comissão observou no sistema ortográfico que propõe, conseguiu não demudar o aspecto de centenas de palavras relativamente modernas, mas de uso constante; e com tanto maior razão o fêz, quando é certo que em muitas destas palavras as letras ‘c’ e ‘p’ por muitas pessoas ainda são proferidas, tais como ‘facção’, ‘recepção’, ‘espectador’, a par de ‘espe(c)táculo’, etc.” [Relatório da Comissão nomeada, por portaria de 15 de Fevereiro de 1911, para fixar as bases da ortografia que deve ser adoptada nas escolas e nos documentos oficiais e outras publicações feitas pelo Estado., (publicada no “Diário do Govêrno”, n.º 213, 12 de Setembro de 1911,

  10. Ivo Miguel Barroso says:

    Neste aspecto das consoantes “c” e “p” (à semelhança de tantas outras normas dignas de nota), o AO90 constitui um autêntico assassinato do pensamento de GONÇÁLVEZ VIANNA e da Reforma de 1911.

Trackbacks

  1. […] Há tempos, descobri a mesma palavra escrita de duas maneiras diferentes no mesmo texto, cumprindo as instruções do AO90 e à vontade do freguês. Hoje, ao ler uma entrevista nessa instituição que é A Bola, acontece o mesmo à mesma palavra, com a vantagem de acontecer em poucas linhas. Acresce o facto de que essa mesma palavra, à luz do critério que norteia o AO90 e desnorteia a ortografia, deveria ter uma única grafia, como já tive oportunidade de notar. […]

  2. […] a possibilidade de, dentro do mesmo país, poder passar a escrever-se “expectativas” e “expetativas”, em nome do estranho critério acima […]

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