Já não me ria tanto com uma parvoíce oriunda da JSD desde que tentaram colar o acordo entre PS, PCP/PEV e BE à tomada de Berlim pelas tropas russas. Na altura, a coisa foi de tal forma parva que, inconscientemente (ou talvez não), acabaram por se colar, eles próprios, ao regime nazi, quiçá antevendo a deriva radical em que a casa-mãe embarcou e de onde mais não voltou. Até ao momento.
A JSD é muito divertida mas fraquíssima a fazer humor. Em novo vídeo, que nem com a ajuda da comunicação afecta ao partido conseguiu mais visualizações que qualquer vídeo do Luís Vargas na Geringonça, a JSD cria um cenário anedótico, com personagens estereotipadas, de onde mais não se extrai que lugares-comuns, clichés – ainda por cima mal-amanhados, tipo a personagem de esquerda de t-shirt metida dentro das calças e suspensórios – e aldrabices típicas de quem anda no abanamento de bandeira há muitos anos.
A aldrabice mais denunciada diz respeito ao “novo imposto sobre a vista“, que, como é sabido, existe desde 2007. Serão ignorantes? Até podem ser, mas aqui a mentira é deliberada e faz parte da estratégia de manipulação da opinião pública. Esse imposto já existia antes de Passos Coelho chegar ao poder e o ex-jotinha não tentou sequer acabar com ele. Grande esquerdalho.
A forma como o (hipotético) novo imposto sobre o património é colocado é, também ela, uma canalhice deliberada, na medida em que dá eco à forma como a direita radical, através dos seus tropas e canais de propaganda, procurou transformar um imposto orientado para uma parcela ínfima da sociedade, a mais abastada, num ataque à classe média. A forma como se reduz uma questão desta importância a um imbecil “sim, se tu tens coisas tens que pagar. Tu não podes ter coisas e eu não, isso não é justo. Nós temos é que ficar os dois sem nada, entendes camarada?” é reveladora da ausência de seriedade na mensagem da JSD. Reveladora da ausência de escrúpulos de quem não hesita em manipular tudo e todos em nome do partido. Reveladora da falta de respeito pelos portugueses, que procuram iludir com um discurso infantil, estupidificante e incongruente, ao mesmo tempo que apostam todas as fichas na falta de memória colectiva, omitindo que ninguém empobreceu tanto o país, ninguém o tornou mais desigual do que o anterior governo. Omitindo que o anterior governo defendeu, num passado não muito distante, uma medida muito semelhante.
O resultado, claro está, é serem o bobo da corte do momento. Outra vez. Basta ler os comentários na página da Facebook da JSD para perceber isso. Pelo menos ali fez-se humor de qualidade. Venham mais destes!
A JSD faz o trabalho de rua e na blogosfera, que os seus papás não querem ou não sabem fazer. Esses preferem comprar jornais e meios audiovisuais, sozinhos ou acompanhados, contratam uns quantos “jornaleiros” bem falantes travestidos de jornalistas, para vender a sua doutrina.
Quando vejo o presidente da CIP, António Saraiva dizer que é social democrata, só me dá vontade de rir. Então eu devo ser um bolchevique!
Colocar o CDS e o PSD a defender o aumento do salário mínimo, a defender o ensino público, o SNS, é o mesmo que pedir a Donald Trump para pagar todos os seus impostos.
O discurso moralista da direita, dizem eles, assenta na capacidade do ser humano de se autosuperar nas dificuldades, como se a maioria deles tivesse esse percurso. Nem de longe, nem de perto vislumbro esse caminho triunfante.
Ainda me lembro bem dos exemplos de outrora, tais como Dias Loureiro, o filho do merceeiro de Aguiar da Beira, que “subiu a pulso na vida”. De Duarte Lima, o rapaz de Miranda do Douro que tinha mais oito irmãos/ãs, cujas dificuldades económicas não foram obstáculo para o “sucesso”, etc, etc…
Vendo estes belos exemplares entre muitos outros que me escuso nomear, contrariando o seu discurso moralista, a minha sensação é a de que estão a querer fazer de nós lorpas.
Esse triste vídeo não foi mais que uma tentativa infantil e patética de contra atacar o excelente trabalho que o Luís Vargas e a página da Geringonça têm vindo a fazer. Nesse departamento, comparar os vídeos da Gerigonça com esta obra saída da mente de alunos do secundário bêbados, é como comparar os Gato Fedorento com os Malucos do Riso.
Ah, mas a ilusão de virulência que estes mentecaptos da JSD perseguem.
Vão ter muitas visualizações sim senhor, mas só na cabeça deles é que isso é algo positivo. A esmagadora maioria das pessoas vê esse vídeo com a mesma curiosidade “gore” com que abrandam na autoestrada para ver um acidente. Basta ver o rating do mesmo no Youtube e os comentários neste e na página do Facebook das crianças, que não é mais que a parte de trás de um beco escuro nestes dias onde são repetidamente espancados verbalmente.
Enfim, têm o que merecem. E como já disse anteriormente, espero sinceramente que continuem.
Nunca é demais mostrar aos portugueses a qualidade de pessoas e “políticos” que habitam estas jotinhas
E tem nome os bôbos : Além do bôbo-mór coelho, há “os seus adjuvantes”, paus mandados, marques mentes, rangel, marco antónio, albuquerque, leitão amaro, duarte marques, o peixoto da “peste grisalha” (não deixo que esqueçam o nome deste gajo !) e, depois, o portas, a cristas, o magalhães, um sem fim de tralha pafiosa de fantoches, de truões !
Que depois, Luís Vargas (Geringonça), nos seus vídeos devastadores, desconstrói, desmascara, põe a ridículo e arrasa !
http://www.dn.pt/portugal/interior/como-ageringonca-desconstroi-odiscurso-da-direita-5163613.html