Comprei hoje um livro escrito por Camilo Castelo Branco e descobri que um dos meus autores dilectos escrevia, afinal, de acordo com o tal Acordo Ortográfico 90. Estou triste.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Comprei hoje um livro escrito por Camilo Castelo Branco e descobri que um dos meus autores dilectos escrevia, afinal, de acordo com o tal Acordo Ortográfico 90. Estou triste.
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
“Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores” e (peço desculpa pela javardicezita) “Prefiro morrer de pé do que votar no Luís André“. A primeira dá o mote. A outra… A outra… A outra (ui!), valha-nos Nossa Senhora da Agrela.
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
Mesmo que não se confirme, o facto de André Ventura apresentar o nome de Miguel Relvas como aliado diz-nos tudo sobre a farsa anti-sistema que o seu partido tenta vender.
de José Pacheco Pereira, regressemos a A São solidária e a função diacrítica de há uns tempos.
Ainda sou do tempo em que o preço do azeite subiu porque mau tempo, más colheitas, imposto é roubo e socialismo. Afinal, era só o mercado a funcionar.
Depois do debate Mariana Mortágua/André Ventura vários comentadores em várias TVs comentaram o dito, atribuindo notas. Sebastião Bugalho, depois de dizer que MM mentiu, diz que ela ganhou o debate. Desde que começou a escrever no Expresso, Sebastião Bugalho marcelizou-se.
Vivi tempo suficiente para ouvir o Ventura dizer que a IL é o partido dos grandes grupos económicos – o que também não é mentira – quando é financiado pelos Champalimaud e pelos Mello.
Depois de o PSD ter anunciado que Luís Montenegro não irá comparecer nos debates frente a PCP e Livre, surge a notícia de que o Sporting CP, SL Benfica e o FC Porto não irão comparecer nos jogos frente a Casa Pia, Rio Ave e Portimonense.
Todos lemos e ouvimos. Todos? A excepção é um canal de televisão cujo estatuto editorial pode ser lido aqui.
A Coreia do Norte tão longe e aqui tão perto…….
Ah! A culpa é da CS de Lisboa! Sim, porque nós somos dragões!
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Se procurar, aposto que encontrará edições onde o Camilo ainda sabia escrever…
Ora pois! Só reparei quando deixava o Porto para trás, de comboio… Serei cauteloso doravante.
ainda deve haver versões com pharmácia e tudo.
E os “acordistas” a darem-lhe com a pharmácia. Estarão doentes?
E gosta de Fernando Pessoa?
Leu-o com ortografia revista por acordos posteriores ou no original? Assim: «Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente. Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a orthographia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-m’a do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.» 🙂
toda a gente sabe que este assunto é do Valada. Agora já o Dario Silva escreve. Qualquer dia o Aventar é só isto.
Camilo não escrevia de acordo com o tal Acordo Ortográfico de 90, escrevia assim: «Disseram muitos dos que estavam em redor de uma creancinha, na pia do baptismo, que na face d’ella havia uma luz mysteriosa, como a projecção de um cirio invisivel, que, n’aquelle instante solemne, allumiasse, nas mãos de um anjo, as cerimonias do sacramento augusto. Visão de boas almas.
Era uma menina de nove dias.
Sua madrinha era Nossa Senhora da Conceição, fulgurante de mil lumes, no seu docel de seda e prata, com as mãos cruzadas sobre o seio, com os olhos extaticos no céo, como seguindo o trilho de estrellas por onde, aos pés do Eterno, voejava o anjo da ANNUNCIAÇÃO.
Seu padrinho era um duque, vestido de ouro, com as suas insignias de general em chefe, com o seu thesouro de condecorações guerreiras a cobrirem-lhe o peito, onde pulsava sangue de reis, que não valia mais, por isso, em coração de homem.
Seu pae era um coronel, fidalgo dos que primeiro o foram n’esta terra, valente como o primeiro e o ultimo da sua linhagem, e honrado como aquelle de seus avós, que morrera desterrado, em Tanger, por não denunciar o que lhe fôra amigo desleal, embora traidor ao rei D. João II.»