O PCP falou

PCP ainda não engoliu o sapo: o partido “regista as profundas e conhecidas divergências”, apesar do passado anti-fascista.

Comments

  1. Nascimento says:

    Por isso o PCP é o Partido. Por isso Fala nas “entrelinhas…. Por isso a Politica É! E se não percebes isto não percebes nadinha do que é a Politica! Sabes qual é a Diferença? Quando Cunhal morreu não Precisou de Publicidade para irem ao seu Funeral! O que se assiste hoje é vergonhoso! Já há TVs em frente aos JERÓNIMOS!!Ao Sabado ! Vai-te catar….

    • Manuel Silva says:

      Ó Nascimento:
      Olha para os números.
      Em 1975, com 6.231.372 inscritos, o teu partido teve 711.935 votos (12,46%).
      Em 2015, com 9.682.553 inscritos, o teu partido teve 445.980 votos (8,25%).
      Se o sectarismo ideológico te permitir, tira as tuas conclusões sobre o resultado de 43 anos de luta em favor do povo.
      Eu sei que os números das votações das eleições burguesas não vos interessam, vocês participam arrastados pelas orelhas, as votações de braço no ar é que são democráticas e livres.
      Como eram na URSS, depois viu-se o resultado, caiu como um baralho de cartas.
      E o homem novo que gerou foi esta tribo de cleptocratas, de corruptos que gravitam à volta do Putin.
      Mas aquela espelunca continua a ser o vosso farol.
      Coitados, chego a ter pena de vocês.

      • Nascimento says:

        Se calhar estavam á espera que…ora.Esta gente não lê mesmo.
        Mas, uma das coisinhas engraçadas aqui no tasco é que basta por o nome às coisas que aparecem logo os bem rabiscadores com os ditos de fora. E são os “ verdadeiros” xuxilaistas da Avenida! Uau. Porém, onde andavam estes “ democratas de Esquerda” quando Mário chegou a STª Apolónia? Eu sei onde estava. Estava Lá! Bastante mais novo mas, estava Lá. Acontece que sempre me identifiquei com esses valores. Sempre. E acontece que sei quais as linhas que sempre separaram e hão-de separar Revolucionários de Reformistas. E ,com bastantes contradiçôes, ao contrário destes Xuxialistas ,nunca fui anti Comunista! Sempre soube qual era e é o meu lado. Percebes ó merdoso?E sim ,voto Comunista na minha Cidade por causa de Xuxialistas que preferem a companhias de ex- pides e ex- salazaristas ( reciclados), a Verem que com a CDU e outras forças de Esquerda ( apesar de muitas das vezes eu discordar de algumas politicas sectoriais), a força seria ainda muito maior e traria mais benefícios para a Cidade. É só isso.
        Não, os Xuxialistas são tão Primários e tão cegos e tão “ cagôes” nesta Cidade, que ninguém os leva a sério. É tudo DOUTORES. E estão tão distantes do Povo que ninguém sabe que eles Existem.
        Quanto ao Mário estarei Lá para me despedir…e não por causa de Pitonisas choradeiras.

        Ps. E já agora: quantos é que aqui já ficaram a assobiar pró lado a fingir que não era com eles quando Mário agarrava no pau e dizia que era preciso falar com os “ Terroristas”? E aguerra di Iraque? E quando ele foi visitar Sócrates? E quando ele promovia alguns encontros com outras forças de Esquerda? Estava XÉXÉ não era? Palhaços hipócritas.

        • Manuel Silva says:

          Ó Nascimento:
          Óculos de aumentar da Multiópticas é o que tu precisas.
          Para leres o que eu escrevi.
          És como aqueles avançados manhosos e ceguetas que, em vez de chutarem para a baliza, chutam para a linha lateral.
          Nem sequer para a linha de fundo.
          Eu sei que os números das eleições burgueses vos doem, apesar de serem burguesas.

          • Nascimento says:

            Não sou cegueta e não sou manhoso .Tento ser direto honesto e conciso.E sei sempre reconhecer um filho da puta.Esconda-se ele por detrás de que máscara se esconda.Percebes?

          • Nascimento says:

            Acertei num xuxialista do pos 25?O Manel é daqueles rafeiros que votaram no partido da mãozinha com medo 😱 dos Komunistas!Tudo gente que comia criançinhas e façanhudos horriveis😂.E como ele imensos”democratas” que ainda hoje se benzem de cada vez que pronunciam a palavra komunista😈!Kredo.Olha cobardolas vai lá ter com o teu Kamarada Assis que o moço anda caladinho😊.Xo …

    • Manuel Silva says:

      Nascimento:
      Não insultes gratuitamente.
      Responde à minha pergunta.
      Depois de 43 anos de luta à vista de todos pelo bem-estar e direitos do povo, porque perdeu o teu partido quase metade dos votos, tendo o corpo eleitoral aumentado quase 50%.
      O povo é ingrato?
      Isso não merece uma reflexão e um acto de contricção da vossa parte?
      A continuarem as coisas assim, qualquer dia já nem o Comité Central vota no Partido.
      Pensa nisto.

  2. Rui Naldinho says:

    Eu sei que os comunistas não gostam que se diga que Mário Soares foi o grande travão ao assalto ao poder por parte do PCP.
    Mas também se deve a ele, Soares, a não ilegalização do PCP, que a direita a seguir ao 25 de Novembro de 1975 o quis fazer.
    Não vou aqui discutir a personalidade de Mário Soares comparativamente à de Álvaro Cunhal, porque, sabendo eu que Cunhal era muito mais coerente, também convém dizer que quando se está num extremo, isso se torna mais fácil.
    Salazar e Cunhal foram as figuras políticas mais coerentes no século XX, aliás, como demonstrou uma sondagem feita ao Tuga, ainda que sem qualquer critério científico.
    E qual a razão? Para ambos, as suas convicções eram as únicas que estavam certas. Não existia o benefício da dúvida. Não havia o meio termo. A alternância era um fenómeno burguês e liberal.
    Eu só conheci uma personalidade parecida com eles. Um tal senhor que dizia que raramente se enganava e nunca tinha dúvidas.

    • José Peralta says:

      Rui Naldinho

      De acordo ! Só mais um pormenor que considero de justiça relembrar: No pós 25 de Novembro, também o saudoso Melo Antunes, advogou, logo na primeira intervenção televisiva, que o PCP não podia ser ilegalizado, porque também continuar-se-ia a contar com ele para dar o seu contributo à Democracia !

      Esclareço que não sou militante do PCP, o que me dá total liberdade para falar sem peias, e criticar a sua política dogmática, fundamentalista, muito “colada” à “cartilha” da Revolução de 1914, o que o torna o único PC europeu que mantém o mesmo e repetitivo “discurso” conservador!

      Liberdade que os seus militantes não têm, mesmo que assim pensem ! Mas isso é assunto de “disciplina” interna, que só recordo de passagem !

      • Revolução de 1914 ???

        • José Peralta says:

          Ana

          O que quis escrever , como certamente compreendeu, foi Revolução de 1917 !

          Só a “múmia” de Belém é que nunca se engana…

      • Sim. Soares não foi o único. Melo Antunes que era o ideólogo do Conselho da Revolução, também.

  3. As declarações de Carlos Carvalhas (do PCP) sobre M. Soares foram muito boas.

    Talvez, por isso, não as repetiram na CS.

    Apesar de 80% das vezes estar em desacordo com Miguel Sousa Tavares, o homem disse o mais importante sobre Mário Soares:

    “Mário Soares foi, felizmente, um homem imperfeito. ”

    Obviamente, subscrevo.

  4. Mário Reis says:

    No meio de branqueamentos…, uma opinião a ter em conta: “Numa vida política tão prolongada e com um trajecto tão contraditório como a de Mário Soares nem todos os aspectos serão negativos. Mas, se se pretender nesta altura fixar o seu lugar na história, há um facto que para o nosso povo e o nosso país é mais relevante do que qualquer outro. Se o 25 de Abril de 1974 constitui o mais importante acontecimento da nossa história até hoje, Mário Soares deve ser recordado como um dos seus mais destacados e encarniçados adversários. Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal identificam nele o principal responsável pela contra-revolução portuguesa
    Deve ser recordado como alguém que, desde o primeiro dia, apostou em que a revolução de Abril não superasse os limites de uma revolução burguesa. Em que a conquista da liberdade política não trouxesse consigo as transformações económicas, sociais e culturais que garantissem que, com o derrube do regime fascista, os trabalhadores e o povo português viessem a abrir o caminho de uma sociedade não apenas liberta da opressão mas igualmente liberta da exploração, da desigualdade, da dependência e do atraso, os povos das colónias portuguesas conquistassem a efectiva independência nacional.
    Essa perspectiva alarmou o grande capital nacional e transnacional. Mário Soares assumiu-se como um dos intérpretes políticos centrais desse alarme. Conspirou, aliou-se e foi apoiado pelos mais reaccionários sectores da direita e do imperialismo. Trabalhou incansavelmente para dividir as forças progressistas civis e militares. Fez suas as palavras de ordem mais reaccionárias, foi o porta-voz do mais rasteiro e fanático anticomunismo. Não houve golpe contra-revolucionário em que não estivesse directa ou indirectamente implicado, não apenas em Portugal mas também em África. Deu cobertura e justificação política à ofensiva terrorista da extrema-direita.
    Contido o fluxo revolucionário com o golpe de 25 de Novembro de 1975 (em que esteve à beira de desencadear uma guerra civil) Mário Soares assumiu, como primeiro-ministro, a tarefa de destruir e inverter, a partir do governo, as grandes transformações entretanto desencadeadas pela espantosa criatividade revolucionária das massas em movimento: a Reforma Agrária, as nacionalizações, os direitos dos trabalhadores e das populações. Acordou com a direita sucessivas revisões constitucionais procurando retirar da Constituição as garantias de defesa das conquistas revolucionárias. Culminou a sua nefasta acção destruidora com o processo de adesão à CEE, instrumento decisivo de submissão de Portugal ao grande capital transnacional.
    É nestes termos que Mário Soares marca as décadas de 70 e 80 do século passado no nosso país. Décadas de desencadeamento da política de direita, décadas de retrocesso social e democrático, décadas de subalternização e dependência nacional.
    Se o seu papel posterior é em alguns aspectos menos negativo, isso deve-se sobretudo a que as políticas e os protagonistas políticos a quem abriu caminho conseguiram ainda agravar as políticas e a acção que iniciara. Foi, como Presidente da República, menos mau do que como primeiro-ministro. Mas nunca abandonou os traços fundamentais da sua opção política e ideológica: a aliança com o grande capital e o imperialismo, a disponibilidade de agir contra qualquer projecto de transformação anticapitalista onde quer que pudesse influenciar, nomeadamente no quadro da Internacional Socialista.
    O seu lugar na história é, no fundamental, o de alguém que combateu tenazmente pela liquidação da esperança de Abril. De alguém cuja acção abriu caminho e deu início às políticas que conduziram Portugal à penosa situação actual.
    Nenhum elogio fúnebre poderá eludir essa realidade histórica.”

    • Patolas says:

      Falaram em 1914 e…

    • José Peralta says:

      Mário Reis

      Todo o seu discurso, não engana ninguém ! Cheio das frases feitas e dos “slogans” da “vulgata” comunista da Revolução de 1917 !

      Sim, o 25 de Abril de 1974 constitui o mais importante acontecimento da nossa História NO SÉC.XX porque, num País com quase 900 anos de História, é completamente redutor, ignorá-los “olimpicamente”, mandando às urtigas, por exemplo, a Epopeia dos Descobrimentos…(mesmo que venha contra argumentar que “fomos invasores, ladrões, violadores, celerados com um crucifixo numa mão e a espada na outra, que submetemos e escravizámos os Povos invadidos, roubámos as suas riquezas, destruímos as sua civilizações, transmitimos-lhes doenças, para implantar “a fé” e a “nossa civilização”, o que até é VERDADE !

      Mas talvez não seja “prudente” que o faça porque, como lerá a seguir, o mesmo se passou alguns Séculos depois mais ou menos por volta de 1917…e de 1939 !

      O PREC, foi uma aventura irresponsável, porque desde o 25 de Abril, o PCP, quis logo apoderar-se do MFA, ser “o dono” da Revolução, e “o fluxo revolucionário” que esteve à beira de desencadear uma guerra civil, foi travado no 25 de Novembro !

      As “grandes transformações desencadeadas pela espantosa criatividade revolucionária das massas em movimento” (“slogan”), não passou de um aventuroso “plágio” da Revolução Russa de 1917, foi a tentativa de “copiar”, de fazer uma “réplica” canhestra, de um acontecimento passado 57 anos antes, numa Europa, em que todos os Partidos Comunistas já tinham sucumbido, (se tinham “aburguesado” para utilizar um “chavão” da retórica soviética…) e os Países europeus aquém Cortina de Ferro, aquém Muro de Berlim, tinham bem presente o esmagamento da “Primavera de Praga” e a invasão da Hungria, dois Povos que tinham decidido ter “uma esperança de Abril”, de olhar mais alto e mais longe, para além do que o “Muro” permitia !

      À surpresa e revolta desse Povos, juntou-se a revolta e a solidariedade de muitos militantes comunistas portugueses, que assistiram “in loco”, também surpreendidos e revoltados, às selváticas invasões, o que deu origem ao seu imediato abandono do Partido !

      Esta é a História, que não se apaga com uma borracha !

      E quem tentou liquidar “a (nossa) esperança de Abril” foi desde 1975, o PCP, que sempre se recusou a aprender com os erros, e sempre esteve “orgulhosamente só” recusando uma unidade de Esquerda, porque temia perder a hegemonia ! E com essa atitude “conservadora”, estendeu o tapete à direitalha, e desde 1975 até 2011, foi sempre “a descer”, com os “amanhãs que cantam, de vitória em vitória até à derrota final” !

      E quando um grupo de Comunistas, atentos aos novos tempos, quase todos com um passado de luta, de clandestinidade, de prisão, de tortura, de exílio, durante os anos de chumbo, tiveram a coragem de pensar em voz alta para renovar o Partido, foram liminarmente banidos, proscritos, porque ousaram pôr em causa, discutir, “os dogmas indiscutíveis” anquilosados, envelhecidos, da “bíblia” soviética de 1917…Eram “burgueses revisionistas”…

      E só em 2015, perante o perigo da eternização de uma maioria de direita, tão canalha quanto mentirosa e fascizante que, em 4 anos e meio destruiu o País, lá “condescenderam” em dar uma “mãozinha” ao PS, mesmo que a tivessem de “partilhar” com as “engraçadinhas” do BE…

      Agora, Carlos Reis, também pode dizer que eu sou “um porta-voz do mais rasteiro e fanático anti-comunismo” ! É a costumeira falta de imaginação com que são “classificados” os que tem liberdade democrática E…A USAM ! Porque eu, não estou sujeito, como você está, a NENHUMA disciplina partidária, não faço fretes a nenhum partido, não tenho, nem deixo que me ponham um cadeado na boca, o que não sei se não me aconteceria se, por remotíssima hipótese, tivesse acontecido em 1975 aos Portugueses, o que aconteceu em Praga ou Budapeste !

      E, como muito bem diz, “a realidade histórica não se pode iludir!…e muito menos escamotear !

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