O Boeing 737-700 das Linhas Aéreas de Moçambique tinha a pista à frente. Do choque não resultaram feridos. Desta vez.
Aconteceu a 5 de Janeiro de 2017, às 17:15 horas, à chegada ao aeroporto de Tete, em Moçambique. Já com a pista à vista, a tripulação ouviu um estrondo, que se revelou ter resultado da colisão de um objecto com o nariz do avião. Lê-se na imprensa que terá sido um drone, apesar do comunicado da LAM não o confirmar.
Não se sabe o que faria um drone à turbina do avião, mas bem não seria, certamente. Por isso, faz todo o sentido que a Autoridade Nacional da Aviação Civil tenha introduzido limitações ao voo de drones. No entanto, legislação não chega, pois, como sabemos, as regras existem para ser quebradas. E há quem as quebre por rebelião, por inconsciência e também por maldade. Poderemos estar perante um novo problema de segurança com estes objectos voadores telecomandados. É possível que, a par com a indústria dos drones, apareça também a indústria de segurança contra os perigos que estes objectos possam (vão) trazer.
Comunicação das LAM:
O problema da utilização indiscriminada dos drones pode tornar-se numa catástrofe. Só no dia em que houver um acidente a sério, a “humanidade” parará um minuto para pensar no assunto, depois de andar meia dúzia de dias a lamentar-se nos telejornais e na imprensa escrita. Haverá uns quantos escribas que aproveitarão a desgraça para desenvolver novas teoirias da conspiração.
Aconteceu em Moçambique pela simples razão que estes países, sendo pobres e sem recursos para poder investigar o crime e prioibir de facto estas aventuras são o “local ideal para estas experiências”, até porque os voos para Tete, devem ser muitíssimo poucos por dia. A região de Tete não tem grandes nevoeiros e neblinas por ser mais árida que as restantes. Depois, Cabora Bassa, uma das maiores barragens hidroelétricas de África, tem dinheiro para estes devaneios tecnológicos, contrariamente a outras regiões.
Notícia estilo Correio da Manhã, agora no Aventar.
Não se sabe se foi um drone, mas como Moçambique é o país do mundo com mais drones per capita, só pode ter sido.
Mas que grande drone, para fazer um estrago destes,
“Não se sabe se foi um drone, mas como Moçambique é o país do mundo com mais drones per capita, só pode ter sido.”
Ocorreu-me o mesmo quando vi essa referência nos jornais (nacionais e internacionais). Mas esse é só o pretexto para o artigo. Penso que nunca ocorreu um acidente em que um drone faça o equivalente a um bird strike (http://www.skybrary.aero/index.php/Bird_Strike), mas penso que o risco de estragos é muito superior. É possivel que as certificações de aviação relevantes precisem de ser revistas. (http://www.skybrary.aero/index.php/Aircraft_Certification_for_Bird_Strike_Risk)
O assunto é sério.
Mais: https://www.google.pt/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#newwindow=1&q=aviation+drone+strike+airport+security
“Notícia estilo Correio da Manhã, agora no Aventar.”
Bem, até o CM trás notícias sérias misturadas no resto 😀