Desastre contínuo e sem fim

Nem Bruno, nem Juveleo, nem Jesus, nem Raúl José, nem Bas Dost, nem Coátes numa marrada uruguaia bem assente na sequência de um pontapé de canto. Há que dizê-lo abertamente e sem rodeios, chamando os bois pelos nomes quando a figura é fraca: este Sporting não joga um caralho e anda completamente à deriva. Sem entrega, sem alma, sem discernimento e possivelmente, a continuar assim, sem futuro.

Comments

  1. Konigvs says:

    Este ano, o Jesus ganha “Bola”.

    Enquanto isso Jardim é o que se vê em França e veremos o que faz o Marco faz em Inglaterra.

    Ele há coisas!

  2. Paulo Marques says:

    Agora só vos falta irem buscar o vitória, para ver se percebem que não é pelo treinador, é pelo sistema.

  3. Dinis says:

    O comentário é muito bom, e ainda tem mais valor se escrito por um Sportinguista . Saudações Desportivas.

  4. Rui Naldinho says:

    Se não tens bons ingredientes dificilmente farás um bom prato, por muito bom cozinheiro que possas ser.
    Quando até uma “vinha de alhos” deve ser com um bom vinho, o que dizer do resto!

  5. Jardim não saiu em litígio com o Sporting. Jardim saiu porque na altura havia um clube que lhe tinha feito uma proposta irrecusável. Para além do mais, Jardim está inserido num clube que para além de ter dinheiro (obscuro) a rodos para contratar excelentes jogadores, principalmente jogadores muito promissores (Lemar, Martial, Jemerson, Benjamin Mendy, Fabinho, Bakayoko, Boschilia, Guido Carrillo, Dirar, Bernardo Silva, Kondogbia, Germain) entre outros de luxo, já veteranos (Falcão, James, Moutinho, Berbatov) que tem por lá passado nos últimos anos, está inserido num clube que pertence a um campeonato muito menos competitivo (ainda mais quando o PSG está a realizar uma péssima temporada) e com muito menos grau de dificuldade e qualidade que o português.
    Só para executarmos um grau de comparação, desde que Jardim entrou no Mónaco em 2014, a direcção monegasca gastou 177,75 milhões em reforços, mais 121 milhões que o Sporting no mesmo período.

    Já Marco saiu em litígio. E na minha opinião, saiu mal porque lhe deveria ter sido dada mais uma oportunidade apesar do Sporting de Marco não ter sido também, à semelhança do que está a acontecer, o Sporting mais regular de sempre. Abonatório a favor de Marco pesa apenas o facto da direcção não ter investido tanto em jogadores como investiu com Jesus. Venceu uma Taça. No campeonato dessa temporada, começou mal e terminou ainda pior, tendo pelo meio conseguido ainda feito sonhar quando, naquele jogo de má memória em Alvalade quase reabriu as contas do campeonato, não fosse o golo tardio e imerecido de Jardel.
    No Hull duvido que tenha sorte. O clube está envolvido numa enorme confusão por culpa do seu proprietário e tem de longe o pior plantel da Premier. É uma tarefa ingrata para o treinador e creio que o Marco Silva só aceitou ser treinador daquela equipa porque há sempre a hipótese de se catapultar em Inglaterra caso consiga operar um milagre.

    Jesus continua a ser e será por muitos anos o treinador que quero em Alvalade. Pela estética do jogo que incute, quando a equipa o pratica. Pelo seu potencial metodológico que aplica nos treinos, desenvolvendo de forma exímia o colectivo e o individual, facto que já lhe permitiu criar uma fila enorme de jogadores de classe mundial. Pela sua verve Sportinguista.
    O que eu não quero é que se repita o forrodobó que se tem vindo a verificar na contratação de jogadores. O Sporting é uma instituição muito séria. Como tal precisa de melhores profissionais, quer dentro do campo quer fora do campo, ou seja, homens capazes de suar a camisola (o que não se tem passado nos dias que correm; o que não se passou hoje em Chaves mais uma vez) e homens que vão de encontro aos sistemas tácticos e processos de jogo que o seu treinador pretende trabalhar e executar. Nesse capítulo, o actual plantel do Sporting, para além de escasso para se poder dizer que é um bom plantel (neste momento, o Sporting nem um bom onze possui) e que tem soluções de acordo com os parâmetros exigidos pelo seu treinador, está recheado de maus profissionais. 5 dedos de uma mão não chegam para enumerá-los.

    Desculpa-me o desabafo. Irei explorá-lo assim que puder ao detalhe num post mais alargado e com maior conteúdo.

    • Konigvs says:

      Jardim é assumido sportinguista. Saiu da “cadeira de sonho”, como se sabe, incompatibilizado com o presidente que é um asno.

      • Não, não saiu. E eu sei disso porque sou amigo pessoal do Leonardo Jardim e já colaborei com ele durante época e meia quando foi treinador do Beira-Mar.

  6. Fernando Antunes says:

    A linha de argumentação de que a crise de resultados era tudo culpa dos árbitros e do Benfica afinal esgotou-se num brevíssimo espaço de tempo. Mas enfim, isso que não passa da estratégia-padrão do dirigismo português para desviar atenções de erros crassos de gestão já foi chão que deu uvas. Em relação ao próprio BC, eu até tinha vontade de escrever umas coisas mas bater em mortos não tem graça. Não pude deixar de sentir pena dele no fim do jogo. Com o Sporting já afastado de todas as competições, e ainda estamos em Janeiro, pressinto que esta vai ser uma época longa e penosa.

    Se o clube tivesse verdadeiros líderes, talvez agora se unissem na derrota e se motivassem para recuperar no campeonato e tudo o mais, mas prevejo o oposto. Cabeças vão rolar, resta saber quais.

    • Mas os erros de arbitragem aconteceram. E aconteceram num momento-chave da temporada. Ou você crê que caso aqueles dois penaltis limpinhos que o Sporting viu sonegados na Luz não seriam capazes de mudar o rumo do jogo e possivelmente o rumo do campeonato? Eu cá creio que sim, mas…
      Eu estou a perguntar isto mas até concordo com alguns pontos do seu comentário.

      • Fernando Antunes says:

        Ok. Lembro contudo que BdC andou os primeiros meses da época a elogiar com particular veemência os responsáveis pela arbitragem e as mudanças nos critérios de nomeação dos árbitros, numa altura em que outros clubes — bem, outro clube, para ser exacto — se queixou. Mas afinal tudo na sua conduta como Presidente tem sido errático, permeável às mudanças do vento; e todas as farpas, como o célebre “os rivais não estão a dar luta” da época passada, têm tipo efeito bumerangue. Para não falar da mais recente tentativa de responsabilizar os jogadores a quente no balneário, que levou a uma revolta interna que chegou inevitavelmente à imprensa, e depois obrigar os capitães Adrien e WC ao deplorável espectáculo da declaração de “tranquilidade do grupo” à Sporting TV, que se transformou em mera questão de segundos num novo motivo de ridículo, e num novo motivo de memes (já são tantos!) nas redes sociais. A minha única surpresa esta noite foi o Chaves ter um triunfo tão difícil. O cenário estava mais que montado nos últimos dias para o desastre.

        Bem, eu disse que não queria bater mais no homem…

        • Tomo esse “Ok” inicial como uma anuência ao meu argumento.

          Apesar de ter dito isso, a posição de Bruno de Carvalho (e da direcção do Sporting) em relação aos critérios de nomeação dos árbitros é sobejamente conhecida. É sobejamente conhecida e ja não é de hoje. Foi uma posição manifestada publicamente, lavrada em documento e entregue a muitas entidades entre as quais a FPF, a AR, a Liga, a UEFA, a FIFA, o Governo de então.

          Você está a tentar extrapolar declarações que não foram escritas por Bruno de Carvalho mas sim a uma determinada interpretação da imprensa de um post publicado pelo mesmo a 8 de Agosto no facebook que passo a citar:

          “”Ao fim de duas jornadas da Liga NOS é notório que existe a intenção de mudar, para melhor, alguma coisa no futebol português. Por um lado é justo reconhecer a preocupação de coerência por parte dos novos responsáveis pela arbitragem no que respeita às nomeações. Hoje, ao contrário do que aconteceu num passado recente, percebe-se a intenção e o critério de designar para os jogos mais importantes os juízes melhor classificados.
          Ao mesmo tempo, é evidente o esforço e o empenho dos árbitros de primeira categoria para, nas partidas a que foram chamados, fazerem boas exibições e actuarem de acordo com as regras passando, como é desejável, despercebidos deixando o protagonismo para aqueles que são o sal e a pimenta do futebol, os jogadores.
          As duas primeiras rondas trouxeram por isso notícias positivas, de bom augúrio para a época que agora se iniciou. E é por isto, por este clima de seriedade e honestidade que o Sporting CP sempre se bateu, bate e baterá, na defesa da transparência e das boas prácticas desportivas. Aquilo que pretendemos é, em síntese, defender o Futebol.
          Cumpre-me pois, à semelhança dos votos que fiz junto de todos os presidentes dos Clubes aquando do pontapé de saída da temporada 2016/17, estender esses desejos a todos os agentes do futebol para que esta época se paute por níveis elevados de competência e de fair play, como aqueles que pudemos testemunhar nas duas primeiras jornadas do presente campeonato.
          Enquanto assim for, e desejamos que esta época corresponda aos aparentes ventos de mudança que registamos, assumimos o compromisso de que o Sporting CP estará sempre na primeira linha de defesa da honra e dignidade de todos os intervenientes no universo do futebol, contra a suspeição gratuita e pela verdade desportiva. E todos, sem excepção, poderão contar connosco.
          Uma última palavra para os sócios e adeptos do Sporting CP. Um estudo recente da Universidade Europeia revelou que os nossos adeptos são, no futebol português, os mais comprometidos e empenhados no apoio e na defesa do Clube. Numa escala de 0 a 10, analisados todos os critérios, a Família Sportinguista obtém uma avaliação de 9,2. Esta realidade ficou mais uma vez demonstrada na deslocação a Paços de Ferreira para onde conseguimos exportar o ambiente típico de Alvalade, demonstrando mais uma vez a força e a importância do 12º Jogador. É também por isto que é um orgulho imenso ser Presidente do Sporting CP e é também por isto que, estou certo, ninguém ficará em casa no primeiro clássico da época, frente ao Futebol Clube do Porto”

          Neste post se reparar, Bruno de Carvalho regista a intenção de mudança que lhe pareceu ter sido apresentada mas refere logo no início que percebe a “coerência” tida pelos novos responsáveis em relação aos critérios que norteiam as nomeações. O que significa que neste post em lugar algum defendeu este tipo de critérios como seus (ou de acordo com as posições manifestadas pelo Sporting) mas sim elogiou vários aspectos: a presumível mudança que lhe pareceu estar a ser feita e o “esforço e o empenho” demonstrados nas duas primeiras jornadas por parte dos árbitros de 1ª categoria em não serem os causadores de polémicas.

          Noutro prisma, obviamente que defendo (escrevi no último post publicado há sensivelmente uma hora neste espaço) que o presidente do Sporting deverá analisar a sua conduta em vários episódios. As bocas mandadas aos rivais e os timings para falar e para estar calado, são alguns dos items da reflexão que a meu ver terá que fazer para melhorar a sua conduta no próximo mandato caso seja re-eleito.

          Sobre o resto não comento. Cenas de feicebukes e memes feitos por lampionagem desempregada, desocupada e sem vida própria não me causam qualquer apelo nem perco tempo a contra-argumentar. Só me interesso mesmo pelos destinos do meu clube.

          • Fernando Antunes says:

            Nem pensar. O meu “ok” foi um “passa à frente”, que esse choradinho já cansa, mas não quis ser indelicado. Ok, who cares. Não era anuência, a não ser que isso seja importante para si. Na verdade, estou-me nas tintas para o absurdismo litúrgico das dezenas e dezenas de horas semanais de comentadeiras de serviço nas tv’s e jornais, anestesiando a populaça com debates inflamados e inconclusivos sobre se houve toque ou não houve toque, se foi bola na mão ou mão na bola, e outras figuras de estilo.
            A maneira como as pessoas desfrutam o futebol em Portugal é um caso sério de divã de psicanalista. Parece só que se debate futebol, mas não, é outra coisa bem diferente.

          • Meu caro, quer-me parecer, para fim de discussão, que perante os factos e os contra-argumentos com que lhe dei troco aos tópicos que você lançou directamente na conversa através dos seus comentários, o Sr. está a fugir constantemente a esses mesmos tópicos.

  7. Vitor says:

    João,

    não foram apenas os dois penalties na Luz.
    Que dizer do jogo em Guimarães?
    E outros, como o jogo em que o Sporting marca 4 (quatro!!!) golos e o árbitro, incorrectamente, invalida 2…

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