Contas offshore

Só existem paraísos fiscais porque alguns países, Portugal incluído, são verdadeiros infernos fiscais…

Comments

  1. António: o que se trata aqui é de uma fuga total aos aparelhos fiscais para salvaguardar mais capital do que aquele que se ganhou com legitimidade ou ilegitimidade. Maior parte daqueles que fogem com os seus capitais para paraísos fiscais como o Panamá ou como as Ilhas Virgens Britânicas, precisam de o fazer para não se explicar sobre a proveniência desses mesmos capitais.

    Assim como não considero ético possuir-se determinada actividade económica num país e deslocar a sua sede social para outro para beneficiar de um regime fiscal mais atractivo. Tais jogadas de engenharia financeira são um desrespeito grave por todos aqueles que até ver ainda beneficiam (se bem que pouquinho) da redistribuição do produto social gerado pelos capitais que são taxados às empresas: os trabalhadores dessas mesmas empresas.

    • João, não sabes o que se trata aqui neste caso, aliás nem tu, nem eu, nem ninguém. Porque se mistura tudo sem nada esclarecer. As saídas de dinheiro foram transferências legais ou ilegais? É que podes colocar dinheiro em qualquer parte do mundo sem infringires a Lei, tens é que o declarar. E não podes partir do princípio que tudo isto é fuga.
      Aliás as transferências de dinheiro para o exterior têm controlo cada vez mais apertado desde 2010: https://www.bportugal.pt/sibap/application/app1/docs1/circulares/textos/22-2010-DSB.pdf
      que ficaram ainda mais apertadas em Dezembro de 2016: https://www.bportugal.pt/comunicado/comunicado-do-banco-de-portugal-sobre-novas-regras-de-registo-e-comunicacao-de

      Por isso há que ter cautela ao empregar o termo fuga. Neste caso a prudência é mesmo boa conselheira.

      Saindo do âmbito deste caso, posso garantir-te que muita gente está farta da excessiva carga fiscal em Portugal… E preferem procurar outras paragens!

      • António, olha o caso do Ricardo Salgado que recorreu a 3 amnistias fiscais autorizas pelo Estado (RERT) para legalizar os 26 milhões de euros que tinha ilegalmente no estrangeiro, numa clara fuga ao fisco, nas duas sociedades offshores que tinha no Panamá a ser geridas pela Akoya do Michel Canals. Fora a rectificação dos 8,5 milhões recebidos a partir de Angola que o levaram a rectificar a declaração de IRS do ano 2011. Legais? Obviamente que não eram legais.
        Aceito o teu argumento quando afirmas que é preciso ter cautela na utilização do termo fuga. Acredito que nestes 10 mil milhões existam situações totalmente legais. Não posso portanto generalizar. Mas também acredito que nestes 10 mil milhões existem muitas situações ilegais (não falo apenas de situações de evasão fiscal e branqueamento de capitais mas de crimes de enriquecimento ilícito) que tem que ser explicadas nos fóruns judiciais competentes e não através de programas legais feitos à medida de quem foge e depois volta no maior dos arrependimentos para pagar menos impostos desses capitais daqueles que legalmente eram devidos.

  2. Paulo Marques says:

    E os ordenados são altíssimos! O problema é que alguém tem que pagar para por comida no prato e um tecto por cima da cabeça dos trabalhadores, a bem ou a mal – e já se sabe com com capitalistas tem que ser sempre a mal.

  3. tá bem tá says:

    o antónio com a conversa da treta dos milionários e dos neoliberatretas.

    não, não é por causa do inferno fiscal. quem mete nas offshores mesmo assim pouco paga. é mesmo para não pagar o que deve.

    vergonha nessa cara.

  4. Konigvs says:

    Então…

    Só há ladrões porque os outros não trancam bem as portas e não cuidam bem do que é seu. Fechassem bem as portas e não haveriam ladrões.
    Só há mulheres violadas porque outras há que não os satisfazem, ou seja, a culpa dum homem violar uma mulher, foi sempre de outras mulheres…

    A verdadeira lógica da batata.

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