Soez foram os convites a emigrarem; as bocas à “peste grisalha”; o viverem acima das possibilidades; os sucessivos orçamentos inconstitucionais. Indigno é o exemplo que um deputado e líder de um partido dá no Parlamento. Porque a acusação é justa. É inaceitável que a fuga aos impostos seja um instrumento daqueles que têm maiores capacidades, obrigando os restantes a pagar os impostos que eles deixam de pagar. Não saber não é, nem nunca foi, desculpa. Há obrigações. E este é mais um caso a ilustrar a incompetência que foi a anterior governação.
É inacreditável que o fisco seja zeloso com quem se atrasa num pagamento de alguns euros, mas que nada tenha feito para verificar o que aconteceu com milhares de milhões de euros em transferências para offshores durante o governo PSD/CDS.
O caso ainda vai dar que falar dada a relação do ex-Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, com um escritório de advogados especializado em soluções fiscais, no qual trabalhou antes de ir para o governo e aonde regressou depois de ter saído do governo.
Antes de chegar ao Governo, o dirigente do CDS assessorou multinacionais no offshore da Madeira e o fabricante dos blindados no caso das falsas contrapartidas. No governo, destacou-se pela amnistia fiscal aos Espírito Santo que “lavou” as luvas dos submarinos e pela isenção milionária aos grandes grupos económicos.
Ide ler o artigo, que é um bom artigo. Mas se incomoda a fonte, também há com sabor a direita.
Paulo Núncio vai ser consultor na firma de advogados Morais Leitão
O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais vai voltar à consultoria fiscal privada no início do próximo ano. Irá reencontrar na Morais Leitão o advogado António Lobo Xavier, que convidou para presidir à Comissão da Reforma do IRC.
Paulo Núncio, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, vai trabalhar como consultor na sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS). Fonte oficial daquele escritório de advocacia confirmou ao Negócios que o antigo governante deverá voltar a exercer a sua anterior profissão a partir de Janeiro.
O comportamento histérico e fanfarrão do sr. Montenegro é sintomático da infracção. Do crime. Uma Comissão de Inquérito no Parlamento pouco adianta. Também não se trata de uma vulgar fuga aos impostos, como qualquer um o faz se puder. Neste caso trata-se de uma conivência, colaboração, cumplicidade activa e propositada de altos responsáveis do Governo para que os impostos não fossem cobrados. Num momento nevrálgico para a grave situação financeira do país. Um crime de lesa-pátria. Uma traição ao país, ao povo, à democracia.
Puxa-se o fio ao novelo e lá vêm eles todos agarrados. Uma verdadeira comandita, isto para lhe não chamar banditagem organizada.
Eu não quero comissão de inquérito parlamentar, isso é uma forma de manter os assuntos em águas de bacalhau. O que fizeram as CPI por vocês até agora?
Aqui existem indicios criminais e eu gostaria de viver num país em que o Ministério Público e os tribunais fizessem o seu trabalho. A PGR está à espera de quê? Será por não haver bloggers de esquerda nem o inimigo público numero 1 , a.k.a. o Sócas, envolvidos?
Ao ponto a que chegámos, só há duas saídas: a) concluir a revolução de Abril; b) Uma guerra civil para expurgarmos esta corja de bandidos, ten do em consideração o modo como estão infiltrados em todas as instituições.
É chocante, mas não há outra hipótese.
E agora apareceu o chefe para completar o ramalhete . corja de jagunços .
Soez, apesar da similaridade silábica com suíno, quer dizer apenas vil; e sim o ataque de Costa, quando Passos já não poderia responder por falta de tempo parlamentar, foi vil. Mas é um clássico na democracia portuguesa, feita de eleitores que massificados me lembram sempre “as gajas”, liga-se muito mais ao que se diz e não ao que se faz.