Da falência moral do PSD passista

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Quando em Novembro o secretário de Estado Mourinho Félix acusou o deputado do PSD Leitão Amaro de “profundo desconhecimento do RGIC [Regime Geral das Instituições de Crédito] ou uma disfuncionalidade cognitiva temporária“, a bancada laranja incendiou-se em indignação e o caos instalou-se no Parlamento. Na altura como agora, continuo com algumas reservas sobre a violência de, no calor do debate, acusar um deputado de “disfuncionalidade cognitiva temporária”. Perante outros casos que vimos no passado, e podem encontrar aqui três bons exemplos, parece-me algo muito light.

Mas vamos assumir, com toda a legitimidade que lhes assiste, que o nível de virgemofendidez do PSD estava, naquele dia, muito elevado. Podemos ser condescendentes e aceitar que o deputado Leitão Amaro se sinta ofendido? Podemos sim senhor. Apesar de tudo, esperamos sempre um pouco mais de elevação dos representantes máximos dos portugueses. Assim, e pela mesma ordem de ideias, ver Maria Luís Albuquerque acusar António Costa de “ignorância e iliteracia, no mesmo dia, poderá também ser considerado um insulto. Pieguices.

Fazendo a ponte para os acontecimentos desta semana, parece-me legitimo enquadrar a crítica de Passos Coelho a António Costa, que acusou de fazer “insinuações de baixo nível“, na categoria de insulto. Sim, eu sei, é outra pieguice. Mas as virgens ofendidas serão sempre virgens ofendidas. E se o leak da reunião do PSD não for mais um “facto alternativo”, diria que mais grave ainda é ver o líder da oposição acusar o primeiro-ministro de ter uma “atitude reles e ordinária“. Mas isso foi à porta fechada, pelo que deve valer tudo.

Perante esta pieguice, só me entristece que não se usem termos mais acutilantes. Afinal de contas, isto são insultos para meninos. Onde andam os “cabrões” e os “filhos da puta” desta vida? Se é para insultar e ficarem indignadinhos, usem insultos em modos, que desses temos nós cá com fartura. Contudo, e por uma questão de respeito pelos mais velhos, seria importante não insultar os nossos idosos, como o fez o deputado Carlos Peixoto do PSD num artigo publicado no jornal I em 2013, no qual escreveu que “a nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha. E ainda “sacou” 3 mil euros a um dos visados pelo seu insulto. E sim, isto foi um insulto. E ao PSD passista, em processo acelerado de falência moral, nem um “ui” se lhe ouviu.

Fotomontagem via Uma Página Numa Rede Social

Comments

  1. Paulo Marques says:
  2. Depois do gravíssimo insulto de “disfuncionalidade cognitiva temporária” que enxofrou a bancada laranja. Como podemos classificar os graves insultos ao primeiro-ministro de Portugal, feitos pelo carroceiro de 3.ª classe chamado Passos Coelho?

  3. Eu mesma says:

    Para quando regras apertadas nestes debates da brincadeira como por exemplo multas pesadas para os autores da façanha ou até suspensão temporária, sem ordenado, caso o insulto seja mesmo grave? E que seja aplicado independentemente dos partidos a que pertençam os desordeiros. Neste caso, o PSD já faliu há muito tempo e não é apenas no aspecto moral. A linha social-democrata que diz ter é falsa, mais parecem neo-salazaristas ressabiados do 25 de Abril. Sá Carneiro deve estar às voltas no túmulo.

  4. Anti-pafioso says:

    Ó Srº ex Primeiro Ministro do governo PSD/CDS que durante 4 anos e meio pôs a maioria dos portugueses a contar os cêntimos no fim do mês e alguns banqueiros a encher os bolsos do que tirava a quem trabalhava .AINDA FUMA O MESMO QUE FUMAVA NA J S D ?.

  5. Anti-pafioso says:

    Tenha vergonha e vá para Angola tratar da machamba .

  6. José Peralta says:

    AS VIRGENS OFENDIDAS !

    Independentemente de o leitão amaro se sentir ofendido ou não, eu quando o vejo naquele frente a frente direita/esquerda, da SIC Notícias acho mesmo que ele tem uma DISFUNCIONALIDADE COGNITIVA PERMANENTE e não temporária !

    O puto, um pau mandado pelos coelhos e albuquerques lá do partido, é tão garotelho, que ainda nem percebeu que o mandam à SIC como quem manda o cordeiro ao altar do sacrifício !

    E é vê-lo “galhardamente”, a ser “incinerado”, mesmo que, como lhe ensinaram, tente boicotar os argumentos dos antagonistas, tentando, canhestramente, fazer aquele fogo de barragem palavroso e habitual, para que o interlocutor não consiga fazer-se ouvir…

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