Viva a liberdade!

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Dizem por aí que a imprensa foi tomada pelo PREC estalinista que se apoderou desta nossa pátria à beira-mar plantada. E não parecem restar grandes dúvidas. Felizes de nós que ainda temos jornais como o I para contrariar a tendência, com certeza vítimas de duras perseguições e execuções sumárias. Isto sim é jornalismo credível, rigoroso e imparcial.

O tema são as offshores e o texto de Sebastião Bugalho é um corajoso exercício de reposição da verdade. O estoicismo de Paulo Núncio, que mal soube que se sabia correu a renunciar a tudo o que era cargo no CDS-PP e a assumir a responsabilidade política por algo que aconteceu entre 2011 e 2015. O elogio de Assunção Cristas ao homem a quem o país e o amigo do ex-ministro Macedo devem muito. A determinação do PSD em acabar com a pouca-vergonha. O Costa a ser trucidado pela Dra. Ferreira Leite. Haja quem diga a verdade, carago!

A cabeça rolou mas os especialistas saíram em sua defesa. Quantos? Dois mais um que preferiu não se identificar. Um deles é Vasco Valdez, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco e Durão. O outro é Carlos Guimarães Pinto, igualmente insuspeito de qualquer proximidade com CDS. O não-identificado é um “antigo governante da pasta das Finanças”. Painel mais que suficiente para ficarmos a perceber duas coisas: que as notícias sobre as ilegalidades em torno deste caso são manifestamente exageradas e que, à partida, está tudo bem e não há motivo para alarme.

Fico sempre muito descansado quando as coisas são transparentes e não existe margem para leituras facciosas. Ainda bem que o I não é um desses jornais que fazem peças por conta e medida onde jornalista, especialistas e visados comem da mesma gamela. E para que não restem dúvidas quanto à benignidade dos offshores, são os próprios patrões do I a dar o exemplo, com a sua sede instalada no insuspeito Panamá. Viva a liberdade!

Comments

  1. O problema é o motivo? e a verdade?

  2. Rui Naldinho says:

    Falar de Sebastião Bugalho como jornalista é o mesmo que “esbugalhar” a verdade dos factos em migalhas, fazendo jus ao seu apelido, remexer aquilo tudo muito bem, misturar com um pouco de água e sal, e voltar a fazer um “casqueiro”. (nome dado pelos militares ao pão que era fornecido pela MM.)
    Só que neste caso teríamos à posteriori a côdea por dentro e o miolo de fora.
    Ou seja, inverter os factos e os motivos que lhe deram origem, ou o ónus da prova, sei lá, aquilo que vos der na real gana, é a especialidade deste artista contratado pela Saraivada, com o fim ultimo de aprender a arte de manipular idiotas!
    Só cai quem quer!
    Mais um produto da Católica, essa casa mãe que tão doutas luzes ao mundo deitou.

    • martinhopm says:

      Mas o problema é que Bugalhos, ‘Observadores’, ‘Joões’ Lemos Esteves e Miguel Tavares e quejandos (eles são tantos que até enoja!) manipulam muito boa gente. Muitos deles ainda de cueiros, a gatafunhar quase sempre, mas manipulam, continuam a manipular. Alguns até se proclamam iluminados pelo Divino Espírito Santo? É verdade. Desataram a falar vários idiomas e são autênticos sábios do Renascimento. Mas são eles que dão cartas neste malfadado país, em que a iliteracia prolifera. Mas persistem na manipulação. Até quando?

  3. A corja no seu melhor a ignominiosa lei protege-os do pecado ou melhor, do roubo.

  4. Anti-pafioso says:

    Cambada de pafiosos pidescos

Trackbacks

  1. […] nos ia devolver, fosse na mentira que partilhou com o primo Sol sobre o Bloco de Esquerda, fosse na forma como tentou branquear o recente caso das transferências para offshores. A raiva descontrolada de António Ferreira Ribeiro nem o seu próprio jornal poupa. Agora vou ali […]

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