A globalização da brutalidade

Demagia,  xenofobia,  ditadura, corrupção, mentira, estupidez – eis as marcas dos políticos que tomaram ou se preparam para tomar o poder. Como é que chegámos até aqui? É um fenómeno a ter lugar em todos os países, até naqueles que, historicamente, estão ligados à liberdade, pelo que não se trata de uma particularidade dali ou dacolá, deste ou daquele líder. Tem um cariz global – a globalização da brutalidade, seja esta física ou intelectual.

É clara a decadência dos valores tradicionais na sociedade. Algumas pessoas não se sentem inibidas quando publicamente  se desmascara o que são e outras toleram  o comportamento das primeiras. Novos valores, mais centrados no indivíduo,  estão a substituir os velhos valores, com inevitável choque – poderá acontecer é que não nos revejamos nesta mudança.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Excelente texto, Jorge.
    A indiferença é o nosso maior inimigo!
    O resto vem por acréscimo. Incluindo a privação da liberdade.
    Pois, as gerações mais recentes nasceram e viveram quase todas em liberdade. Falo em relação há Europa e aos Estados Unidos. Até mesmo grande parte do continente americano.
    Não sabem o que é a privação dessa liberdade, porque o tablet, o iphone, o LCD, o cinema 3D, etc, não lhes dão essa realidade vivida. Só lhes dão uma realidade virtual. è só adrenalina. Não é sofrimento. Angústia. Um dia quando se derem conta, já será tarde.
    Os mais velhos, também já se cansaram dos políticos, e estão-se marimbando. Ao contrário do que o Zé Diogo Quintela escreve, os nosso atuais e futuros políticos começam nas Jotas e nas AE das Faculdades, a defender um Portugal melhor e igual para todos, e meia dúzia de anos à frente é vê-los numa PPP, ou no PSI 20, ou no parlamento a aprovar uma lei que restrinja direitos…

    Entretanto vou já abrir o meu micro ondas e verificar se ouço a voz de Donald Trump, lá dentro.
    Se ouvir alguma coisa, prometo-lhe que o limpo todo com lixivia pura.

    • Rui Naldinho says:

      Se ouvir a voz da Kellyanne Conway, pergunto-lhe se aquela afirmação foi dita em tom de brincadeira, ou se ela é mesmo loira burra?

      • joão lopes says:

        os jovens franceses que passam a vida na coscuvelhice,votam na le pen…mas porque os pais assim o querem,e porque os putos não sabem utilizar o melhor computador que existe:o cerebro humano

  2. joão lopes says:

    globalização da brutalidade..ou a angustia de levar com carradas de informação violenta,todos os dias? repare,o genocidio no Ruanda foi em 1994 e na europa só se falava da morte de um famoso cantor de grunge,por exemplo.todos os dias os media debitam milhares de informações(normalmente em registo bombastico) e isso é puro negocio,como sabe…não se deixe impressionar pelo que se passa na holanda,ou o que se vai passar em frança(sabe que em 1943 havia milhares de colaboracionistas franceses com os nazis,por interesse,por medo,mas tambem porque estas ideias Fascistas já faziam as delicias daquelas mentes)
    p.s-cuidado quando se fala de “pobres holandeses”(conheço-os bem) ,porque estes foram os tais que exploraram portugueses(e outros),com requintes de malvadez

  3. Paulo Só says:

    O texto da famosa conferência do Jaime N. Pinto, foi publicado no Expresso. Diz ele que era o texto, claro, o interesse dele é que o texto fosse o mais inócuo possível, para poder envergar as vestes da vítima. Trata-se de um texto “jornalístico” sem nenhuma espécie de informação relevante sobre o populismo. De vez em quando porém o rabo fica de fora: quem são os três críticos da Le Pen citados? Jacques Attali, Bernard Henri Levy e Gabriel Cohn-Bendit. Alguma relação entre eles? Na França só eles criticam o lepenismo, Jaime N.Pinto? O melhor vinho faz-se em barricas velhas, não é?

  4. ,ERRO gramatical imperdoável, Rui Naldinho : !
    ,,,,,” Falo em relação há ( !??? ) Europa e aos Estados Unidos ” …
    ….ou prefiro acreditar que foi distracção ?

    • Rui Naldinho says:

      Obrigado.
      É mesmo um erro imperdoável, mas está escrito, escrito está.

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