As notícias da vitória da extrema-direita na Holanda, eram manifestamente exageradas

O Partido extremista de Geert Wilders não irá muito provavelmente além do 3º lugar, é verdade que teve ganhos, mas pouco significativos se compararmos com 2012, mas em 2010 havia alcançado um resultado bem superior. A vitória alcançada pelo Partido do Primeiro-Ministro Mark Rutte não deixa margem para dúvidas, embora tenha perdido alguns lugares, outros partidos no centro-direita conseguiram importantes ganhos eleitorais, afastando cenários pessimistas. O eleitorado holandês também não virou à esquerda, os verdes subiram é certo, mas desceram os trabalhistas. Existiram sim transferências de voto, quer à esquerda, quer à direita. A Holanda continuará uma democracia respeitável com uma economia em crescimento. Aguardemos pela França, mas algo me diz que também aí o extremismo e a intolerância serão rejeitados, sem contudo caírem na demagogia dos que prometem facilidades ao virar da esquina, sem grande esforço ou rigor…

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    O que se constata das eleições Holandesas, muito mais do que a derrota da extrema direita, que vai fazendo o seu caminho até ao dia em que esta cambada de idiotas se der conta que já será tarde, é que o socialismo e a social democracia metidos na gaveta pelos dirigentes do PvdA, estão a dar os seus frutos. E de que maneira!
    Mas a direita liberal que não se ria porque também ficou no limiar da vergonha. Foi mais o voto útil do que outracoisa qualquer.
    O PvdA teve um resultado catastrófico, passando nas projecções de 36 para 9 deputados. A isto já podemos chamar de PASOKização.
    E eu agora pergunto aos socialistas. Qual é melhor:
    Estar na Oposição com um discurso à esquerda, coerente com os seus basilares da social democracia, do Estado Social, desmistificando os erros e abusos da globalização, e dos mercados financeiros, ou vender a alma ao diabo e ficarem expostos ao ridículo com aconteceu ontem em Haia, e na Grécia com o PASOK.
    Agoracheme tolo ao António Costa!

    • Rui Naldinho says:

      …princípios basilares da social…

      … Agora chamem tolo ao António Costa!

  2. Nascimento says:

    Este tipo saiu de onde?Que análises são estas?Isto virou o café do Zé?Sai um Correio da Manhã pro sr António 😂.

  3. joão lopes says:

    os holandeses só demostraram que são praticos,cinicos e um pouco loucos.fechar as fronteiras? e quem faz os trabalhos “maus”,os que cheiram mal,limpar os wc dos centros comerciais? ainda por cima,os holandeses não vivem mal,não senhor,tudo treta,a classe media está mais que bem…lem
    brem-se que a holanda tambem é um paraiso fiscal,que da´muito dinheiro a ganhar aos holandeses

  4. Paulo Marques says:

    Ganharam 5 deputados e parte da sua agenda passa a ser defendida pelo centro direita – parece-me uma derrota boa.

    • Paulo Só says:

      Claro que é esse o problema: talvez não ganhem diretamente, mas a agenda da extrema direita vai passando a vigorar na da direita “liberal”. Vide o programa do Fillon. Vide a precarização do trabalho, a famosa flexibilidade, ou uberização, que é responsável pelo declínio dos sindicatos e partidos trabalhistas. É preciso que a UE entenda que programas de combate ao desemprego e formação já não são suficientes. Há milhões de jovens entre os 20 e 30 anos que nunca tiveram um emprego decente. É essa insegurança e destruição do valor-trabalho, e a concentração da renda, que abre a porta aos populismos. São problemas insolúveis numa política económica de austeridade. É preciso combater a especulação financeira, pois os fundos criados pelo BCE não chegam à economia real. Por que a direita defende todos os valores, excepto o do trabalho? Por que os partidos socialistas ou trabalhistas aceitam participar de governos que não combatem a especulação nem a concentração de renda? Por que não são feitas reformas fiscais para proteger os trabalhadores? A democracia não é uma consequência natural das constituições, tem de incluir toda a população e não apenas propiciar a criação de minorias de privilegiados. Não há nada de anti-capitalista no que eu digo. Qualquer Roosevelt entendeu isso. Mesmo que o Macron e Schultz ganhem não vejo essas políticas mudarem, nem as tendências centrípetas na UE abrandarem, com Trump e Putin a jogar contra: iremos de novo para situações nacionalistas do tipo da guerra da Iugoslávia que as pessoas esquecem que terminou há 16 anos apenas. As valas comuns mal estão tapadas.

  5. A retorica do populismo, que serão todos os que pensam diferente de nós (sejam nós quem seja) vai fazer aumentar a demagogia e politica de slogans (normalmente vazios de debate). Como é que se dáao direito de publicar um post sem ter pedido autorização ao distinto troll nascimento ?

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