Sobre o comunicado da Administradora Não Executiva da Arrow Global

“A autossatisfação com alguns resultados alcançados, ignorando o que os permitiu e desprezando o que devia ser feito para os manter, é a receita infalível para voltarmos, mais dia menos dia, aos problemas do passado.” Maria Luís Albuquerque 

Em 2016 o crescimento era fraco porque a Geringonça só fazia reversões. Agora, o crescimento deve-se ao que veio de trás, apesar de ter sido revertido. A tese do PSD resume-se a isto.

Este crescimento deve-se à conjuntura externa e aconteceria independentemente do governo que estivesse em funções. Maria Luís Albuquerque é apenas mais uma demagoga que não preza a honestidade intelectual. 

Com uma pequena diferença. Estivessem o PSD e o CDS agora no governo e ninguém calaria as suas teses de que a austeridade estava a funcionar. Por isso é que Maria Luís tenta demonstrar, sem o conseguir, que a austeridade se manteve igual. 

E, no entanto, aí está o crescimento,  sem o constante matraquear miserabilista do viver acima das possibilidades para continuar a fazer a única coisa que PSD e CDS fizeram: baixar salários,  pensões e reformas.

É um crescimento efémero? Pois é. E o segredo está em aproveitar as oportunidades, em vez de insistir na auto-flagelação. 

Comments

  1. JgMenos says:

    Notícias de última hora confirmam:
    a austeridade funcionou e funciona.

    Desde o 1º semestre de 2015 que a ameaça esquerdalha sustem o crescimento; mas confirmada a contenção austeritária, talvez a bonança se mantenha, bombada a turismo e à espera de melhores garantias reformistas e ao abrigo da ameaça esquerdalha.

  2. Plenamente de acordo sobre este crescimento de 2,8% não poder ser atribuído a nenhum governo. Acrescento, apenas, a conjuntura “milagrosa” do turismo que arrasou com as mais optimistas expectativas – 1 milhão de euros por mês na época baixa!

    • Rui Naldinho says:

      Há coisas do Diabo!
      “Está merda era tão má no tempo da Troika, que nem os turistas cá vinham!”
      Começaram todos a vir com a Geringonça!
      Já viu a nossa sorte?

    • José Fontes says:

      Carlos Araújo Alves:
      Mas em 2016, quando o crescimento foi inferior ao de 2015, a culpa já era deste governo.
      Decida-se por um critério.
      Ou o crescimento é SEMPRE devido a um milagre de Fátima ou é SEMPRE devido à acção do governo da altura.

      • Rui Naldinho says:

        O Carlos Araújo Alves está a ironizar, presumo eu!?
        Um milhão de euros/mês, na época baixa, em termos de receita turística de um país, é só o sector do “alterne”! E este está em crise, como se constata pelo encerramento do Elefante Branco.
        Ele não quis mencionar as outras atividades, por serem demais evidentes.

      • Não tenho critério, a sério, quanto mais decisão! isto não será efeito da vitória na eurovisão?

    • José Fontes says:

      Carlos Araújo Alves:
      Então o seu querido Passos pôs-se, indevidamente, em bicos de pés ontem, ao querer atribuir-se méritos.
      É evidente que as conjunturas contam muito numa economia pequena, sem escala, e aberta, como a nossa.
      Mas os governos, se não podem fazer muito no sentido positivo – nem podem investir, estamos endividados e temos défice – no entanto, podem estragar muito com as despesas, especialmente se forem desnecessárias.
      Esse mérito ninguém lho pode tirar.
      E este governo gorou as profecias do Diabo do pafismo, de que o défice iria aumentar, a balança de pagamentos desequilibrar-se, etc., etc.
      A miss Swaps até teve a lata de afirmar que era matematicamente impossível ter um défice abaixo de 3%.
      Afinal, matematicamente ficou em 2%.

      • O meu querido Passos Coelho não é homem para se pôr em bicos de pés, bem pelo contrário, mostrou sempre ser homem para se ajoelhar a Merkel, e a Schäuble.
        De Passos Coelho só ficou uma verdade, que todo o PSD já viu, mas que o próprio acha que não. Ele está agarrado ao erro do seu passado, o de empobrecer os cidadãos para pagar dívidas que lhe são alheias e vender monopólios do Estado aos chinocas! Se reduziu i défice que Sócrates deixou? Claro que sim, mas pelo caminho destruiu a economia do país.
        Começamos a crescer qualquer coisa, é verdade, mas é muito cedo para deitar foguetes:bem-vindas sejam as receitas do turismo, conjunturais, sim, mas não menosprezáveis; o défice está em contenção; a banca está, para já, resolvida; o investimento, embora timidamente, começa a crescer. Mas, sim, mas as pessoas continuam ser sentir na sua bolsa nada disso e a pobreza a alastrar para sustentar a banca.

    • anti pafioso. says:

      E ao milagre dos pastorinhos ,Pafioso Nazi.

  3. O que eu gosto é de gente animada!
    Mas em que ficamos? O crescimento deve-se ao Costa ou ao Coelho? Eu hesito, a sério, mas prefiro este ambiente respirável ao anterior.
    Receita do turismo no 1º trimestre, assim sem brincar? 2.212,18 milhões de euros com alterne e tudo mais. E quer-me parecer que só conseguimos este feito devido às acções concertadas entre o Coelho e o Costa em prol do turismo!

    • Rui Naldinho says:

      Agora já estou mais crente no “milagre”!
      É óbvio que o turismo vem a crescer desde 2014.
      É óbvio que Adolfo Mesquita Nunes, Secretário de Estado do Turismo nessa altura, desempenhou bem o seu papel.
      Também me parece óbvio que este Secretário de Estado está a fazer o mesmo.
      E a questão nem é a “paternidade da criança”.
      A questão é mais o “mau olhado” de certas gentes, que desejam que tudo corra mal, apenas porque alguém os fez saltar da carroça do Poder. Como dizia Marco António Costa, o que interessa é estar no Poder, pois é aí que se decide tudo.
      Mas, afinal essa aceleração da receita com o turismo, em 2014, não contou para taxa de crescimento desse ano, que foi de 1,5% ?
      Contou de certeza. Tal como contou a “reexportação” em derivados do petróleo, o calçado, etc, etc…
      O problema aqui, colocado é bem pelo Jorge, é o enviesamento do discurso, conforme estamos no Poder ou não.
      Ainda bem que existe uma Geringonça. E que dure os quatro anos. E espero sinceramente, que nas próximas eleições o PS não tenha a hipótese de governar sózinho.

      • Rui Naldinho says:

        …e bem, pelo Jorge, ….

      • Com o post do J. Manuel Cordeiro estou totalmente de acordo, muito particularmente ao expor o ridículo que é a Maria Luís Albuquerque e o Passos Coelho reivindicarem créditos da sua governação para o sucesso deste crescimento! É que tudo o que fizeram foi no sentido de uma política recessiva. Lá dizerem que tiveram mérito na redução do défice, pronto, ainda se fechava o olhos, atendendo ao empobrecimento a que condenaram os mais desfavorecidos.
        Por outro lado, devo dizer que gosto de ver, não o PS que também quer reivindicar tudo, mas o António Costa a não cavalgar desvairadamente sobre créditos.
        Com efeito, em boa verdade, este crescimento é bom para todos nós, mas é uma daquelas sortes que também acontecem – nunca ninguém fez nada pelo turismo neste país, aliás, ninguém conseguiria fazer algo que provocasse uma avalanches de estrangeiros a querer visitar-nos.
        A sorte também conta (lembram-se dos governos de Cavaco?) e saibamos viver com ela, aproveitá-la e continuar a merecê-la.
        Atribuir o mérito politico ao facto de termos tantos turistas e cada vez mais é que me parece desfasado da realidade.
        Um abraço a todos, muito especialmente ao autor do post, que nos pôs aqui à conversa.

  4. anti pafioso. says:

    Todo o cuidado é pouco ,a direitalha Pafiosa tudo faz para voltar a ir ás reformas e ás pensões ,até fazerem a triste figura de continuar a mentir com todos os dentes.

    • JgMenos says:

      Talvez te lembres, grunho, que o primeiro a ir às pensões e aos salários foi o Sócrates – que para ganhar eleições os tinha aumentado.
      Mas espera um pouco que, não havendo sorte, á isso se voltará.

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