Vários órgãos de comunicação social, senão mesmo todos, noticiaram na passada Terça-feira a queda de um avião que combatia o fogo em Pedrógão Grande. As horas foram passando, os detalhes chocantes acumulavam-se e até testemunhas apareceram. A coisa foi de tal forma grave que o próprio comando operacional terá colocado em marcha uma operação de busca e salvamento, mobilizando para isso meios aéreos e uma equipa do INEM, alegadamente concentrados na área noticiada pela imprensa.
Acontece que, até ao momento, ninguém encontrou o avião despenhado. Suspeitas apontam para a possibilidade de avião algum ter caído, teoria que parecer querer confirmar-se dois dias depois do alegado acidente. Isto apesar das fontes que alguns OCS afirmaram ter na própria Autoridade Nacional de Protecção Civil, que confirmaram o desastre. Só pode ser uma cabala contra a imprensa portuguesa.
A página Os truques da imprensa portuguesa deu conta do sucedido, concluindo de uma forma que parece merecer reflexão:
Consideramos este caso muito grave por revelar a fragilidade com que, muitas vezes, a informação nos chega e a vulnerabilidade com que a imprensa tradicional se expõe a notícias falsas. É ainda mais grave este caso se tivermos em conta que podem ter sido desperdiçados recursos apenas para responder a uma histeria mediática. Sabemos que o caso morrerá, porque uma reação corporativa protegerá mutuamente todos os órgãos. Mas perguntas têm de ser feitas e explicações têm de ser dadas.
Porque esta praga da aldrabice noticiosa, que vai da Casa Branca aos jornais locais de propaganda que servem autarcas corruptos, começa a tornar-se preocupante. E as suas consequências imprevisíveis. Desta vez, como foi referido em cima, poder-se-ão ter gasto recursos preciosos num momento de necessidade extrema, apenas porque uma quantidade significativa de jornalistas e editores foram completamente irresponsáveis e não souberam fazer o seu trabalho, a que acresce o potencial de cliques e audiência que uma tragédia destas tem. Não admira que haja jornalistas com nome na praça em tão tristes figuras, a ponto de se fazerem directos com cadáveres como pano de fundo. Rigor e credibilidade são coisas do passado.
Sempre pensei que uma boa masturbação poderia substituir por uns tempos a ausência de parceiro/a, na vida conjugal e amorosa.
Nunca me passou pela cabeça, é que pudesse ser desta maneira.
Há gente para tudo!
Se a protecção civil se se decide por buscas porque ouviu uma notícia na comunicação social, algo está podre nesta República.
Então o dispositivo de protecção não consegue entrar em contacto com os meios de combate. Parece a guerra do Raúl Solnado.
Vamos ser razoáveis, essa página do truques é um truque parecido com aqueles dos bloggers pagos por amigos, lembram-se de alguém?
entao o amigo queria que a protecção civil entrasse em contacto com todas as aeronaves existentes no país era?
em todo o pais não. Apenas com as que estariam a actuar naquele incendio e não seriam mais que 10. Será assim tão difícil fazer 10 chamadas radio para confirmar a resposta.
Realmente não se entende porque a Protecção Civil haveria de acudir a uma situação relatada em todos os meios de comunicação social. Aliás, porque haveria também de acudir quando alguém liga para o 112?
Factos alternativos, são factos ou não?!
Bem, masturbem-se intelectualmente com isso!
Portugal a arder é um grande negócio para os miguéis de vasconcelos e para a castelhanada.
O sucedido mostra bem a total degradação dos jornalistas e da nobre missão de informar. A verdade é que, salvo eventualmente raríssimas excepções, estes perderam completamente a sua independência e encontram-se a soldo (literalmente) dos grandes interesses económicos e, por reflexo, dos político-partidários. Só isso pode justificar a falsidade da notícia e, depois, o silêncio sepulcral acerca dela. Depois de conhecida a verdade foi, aliás, absolutamente pífio e patético, a quem viu, observar em directo uma conhecida jornalista da SIC a tentar desculpar-se – e aos colegas de profissão em geral – atirando de um modo absolutamente vergonhoso as culpas para a Protecção Civil e para quem no posto central de comando dirigia aqueles que combatiam o fogo. Já não há paciência para tanta vigarice noticiosa.