Mapa de incêndios – Protecção Civil

Página da Protecção Civil: www.prociv.pt/pt-pt/SITUACAOOPERACIONAL

É um panorama desolador. À hora de escrita deste post, existem 90 incêndios, envolvendo 3999 operacionais, 1164 meios terrestres e 23 meios aéreos. É o calor? A ausência de prevenção? Operacionais pouco preparados? Os eucaliptos e os pinheiros? Crime? De tudo um pouco será, certamente. Mas algo de muito errado se passa no país. Basta um ar quente para tudo arder. Um dia sobrarão as cinzas e, então, teremos um Verão calmo.

Comments

  1. .(…) Mas algo de muito errado se passa no país.(…), concordo consigo. As ignições provocadas pela Natureza são assim tão frequentes e as trovoadas secas? Miséria mental de um povo que tem o diabo no corpo e na alma.
    Sr. Cordeiro, como já disse um comentador num texto atrás: A quem aproveita o fogo?

  2. Anónimo says:

    A industria do apaga fogos vs a organização da prevenção, mesmo que implacavelmente imposta.
    Qual é que está a vencer?.

  3. Paulo Só says:

    Seria talvez elucidativo fazer um quadro comparativo reunindo as principias características do problema, em Portugal e na Espanha. E ver o que pensam da questão uns personagens até agora bem silenciosos: os negociantes da floresta. Estranho silêncio o deles, estranho que não tenham nada a propor, evitando medidas que eventualmente prejudiquem o seu negócio.

    • Joaquim Marques says:

      Ignorância!

    • Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro says:

      Há anos houve um incêndio que veio de Espanha e entrou pela zona de Marvão. queimou tudo de um lado e do outro. No ano seguinte, do lado espanhor estava já feita reflorestação depois de terem limpo e preparado os terrenos. Do lá de cá nada estava feito. Estava lá tudo quanto tinha ardido. Mais explicações? Para quê?

  4. Joaquim Marques says:

    Sim Sr J. Manuel Cordeiro, algo de muito errado se passa no nosso país.
    Quer queira quer não o maior erro de todos foi o caminho que Portugal tomou a seguir ao 25 de Abril de 1974.
    pelos fogos e por muito mais que se vê e verá.

    • Paulo Só says:

      Muito bem, mas então quem não fez o que deveria ter feito? Os proprietários? O Estado? As fabricantes de celulose? Eu estou realmente querendo compreender. A impressão que dá para um leigo é que tem gente cultivando combustível à mão e empresas modernas comprando esse combustível e refinando. No caso do petróleo não são empresas modernas que extraem o combustível? Sem querer ser sarcástico isto aqui lembra a situação na Nigéria em que o pessoal extrai petróleo no quintal e de vez em quando pega tudo fogo. Claro que a comparação tem seus limites, mas até hoje não ouvi uma explicação satisfatória para essa calamidade em Portugal, que nos restantes países europeus está sob controle.

    • Paulo Só says:

      Depois do 25 de Abril o que veio foi a democracia. Na União Europeia que eu saiba só há países democráticos. A sua solução passa por sair da União Europeia e partir para uma solução tipo Coreia do Norte? Não creio que seja essa a vontade do povo português.

    • @Joaquim Marques: E que caminho foi esse?

  5. A quem aproveita o negócio:
    -às empresas de “combate” (estranho nome) aos incêndios. Se não houver fogos correm o risco de verem os contratos diminuídos em euros (aviões e toda a pafernália de maeios).
    – às empresas que vendem material aos bombeiros. Se não houver incêndios não há necessidade de substituir material.
    -madeira queimada faz baixar o preço de pagamento das celuloses aos madeireiros pela madeira e enquanto a deles fica de reserva nos terrenos que alugaram a 25-30 anos onde florescem eucaliptos.
    Algo de estranho se passa porque não acredito (a minha fé, não tenho evidência) que os incêndios tenham ignições naturais como alguns defendem. Há trovoadas secas, frequentemente e a floresta está cheia de vidros que fazendo de lupa e sobre o efeitos dos raios solares provocam ignições?
    Seria interessante fazer uma avaliação dos incendiários detidos.
    Sobre os dispositivos encontrados na floresta ouvi um bombeiro falar em público e fiquei esclarecido. Esse bombeiro é nada menos nada mais o Sr. Presidente da Câmara de Gondomar
    Depois há todos os nossos comportamentos como cidadãos.

  6. Palavras do Sr. Ministro sobre e a floresta:
    http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-08-13-Capoulas-lamenta-que-revolucao-na-floresta-seja-criticada-por-quem-nao-contribuiu

    Independentemente da ligação política sempre estive atento às suas palavras porque parece ser um homem ligado ao trabalho da terra.

    • Paulo Só says:

      Não duvido que a reforma a ser levada a diante produza resultados, mas nesse caso não teria havido falta de comunicação? A verdade é que não entendo bem de onde pode sair uma reforma se não se conhece um diagnóstico. E eu não tive conhecimento de nenhum diagnóstico, só de uma grande cacofonia.

  7. Compreendo o que diz. Mas não há sempre falta de comunicação em quase todas as actividades humanas. Quem se interessa está atento e procura. Age…Outros ficam à espera que façam o trabalho por eles.
    É um comentário geral e não uma crítica acintosa.
    Aquém de Petesburgo e do tal Donald, estamos nós. Veja-se, ou seja, escute-se:
    http://www.msn.com/pt-pt/noticias/portugal/a-meteorologia-n%C3%A3o-provoca-inc%C3%AAndios-florestais-diz-prote%C3%A7%C3%A3o-civil/vi-AApYanB

  8. Paulo Só says:

    Eu não sou adepto das teorias do complot. Por mais interesses que concorram para que haja incêndios, não me parece que todos esses interesses se comportem de forma criminosa. Caso a maioria desses incêndios seja de origem criminosa então temos um problema de segurança claríssimo, ou alguma psicose social. Nos outros países há os mesmos interesses e não temos esses comportamentos.

  9. Dizer que há interesses não significa “complot”. Podem agir cada um por si.
    Por outro lado estou convicto, o termo aqui é muito próprio porque não tenho evidência, que os incêndios têm maioritariamente a acção do homem e não causas naturais.
    inclino-me para aceitar como boa a sua afirmação de que temos aqui, também um problema de segurança e também em pequena escala uma psicose social ligada à falta de vinculações sociais e responsabilidade colectiva.
    Peço desculpa por tomar o seu tempo.

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