Tenham VERGONHA. Carlos Costa não pode continuar como Governador do Banco de Portugal.

 

Ontem estive a ver a reposição do “Assalto ao Castelo” da SICN. Penso que não tinha visto com a devida atenção em Março. Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal é particularmente visado e diretamente acusado.

Hoje ficamos a saber que CARLOS COSTA não sabia nada sobre RUI CARVALHO, o funcionário do BdP (Departamento de Mercados e Gestão de Reservas), que vendeu ações do BES dois dias antes da resolução do banco, tendo acesso a informação priveligiada. Carlos Costa argumenta que nada sabia e culpa o DMR e o consultor de ética (Orlando Caliço) do banco por não reportarem a siatuação à administração do BdP.

ORLANDO CALIÇO terá tido conhecimento do caso 3 meses depois da resolução, mas como obteve de Rui Carvalho a declaração que “comprou as ações, mas vendeu-as na manhã de 1 de agosto quando soube que iria trabalhar diretamente sobre o BES”, achou que estava tudo esclarecido e “… já não havia uma situação de conflito de interesse para avaliar“. O que mais me indigna é que estas pessoas dizem estas coisas com a maior das naturalidades.

RUI CARTAXO, administrador do Novo Banco (o banco BOM do processo de resolução do BES) é arguído no caso EDP/REN, que tresanda a corrupção e em que as ligações ao BES são mais do que muitas, mas o BdP e Carlos Costa em particular não tem nada a dizer. Um dia desses dirá que de nada sabia e não tinha sido alertado por ninguém.

Em qualquer país DECENTE do mundo, Carlos Costa não poderia ser Governador do Banco Central. A pressão mediática obrigaria a que se demitisse de imediato. O facto de este país continuar a TOLERAR este homem como Governador do Banco de Portugal diz tudo sobre o nosso amor-próprio e o respeito que temos por nós mesmos.

Esta gente não tem a MENOR VERGONHA e nós não nos damos ao respeito.

Comments

  1. ganda nóia says:

    bem que o amigo passos o quis manter no lugar, à força…

  2. Rui Naldinho says:

    Portugal ao longo das últimas décadas, só teve otários e incompetentes à frente do Banco de Portugal. Não incompetentes por falta de curriculum, mas por falta de coragem. Sangue frio.
    Tudo isto começou com o início do Cavaquismo, e a porta aberta por Mário Soares à banca.
    Os Governadores do BdP podem até ser pessoas sérias, não dúvido, mas são incapazes de fazer cumprir o papel que cabe a esta instituição, no que concerne à regulação e fiscalização do sector bancário. O seu poder é infinitamente nulo perante os esquemas maquiavélicos de gestores e banqueiros. Mas admito que o amiguismo também não favoreça os sinais de alerta. Isto passa-se em quase todo o lado. Só que em Portugal os acionistas nacionais dos nossos bancos, são mais os amigos dos políticos no Poder, do que pessoas com dinheiro, de facto.
    A partir do momento em que a banca foi privatizada, com alguns dos seus acionistas sem arcaboiço financeiro para detenrem e manterem os próprios bancos que compraram, Salgado parece ser um deles, mais tarde ou mais cedo, isto acabaria por acontecer. Se não fosse com Sócrates (BPN), seria com Passos Coelho, ou com Costa.

    • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

      O problema há muito que ultrapassou o campo da honestidade individual.
      O problema é fundamentalmente da Justiça ou se quiser, da impunidade de que goza um cartel político (Arco da Governação) para encomendar as suas leis e passar por entre as gotas da chuva sem se molhar.
      Junte a falta de regulação à ineficácia da Justiça e salpique-a com a pouca vontade que as instituições com poder têm pôr ordem na casa e chegará à causa de raiz para este forrobodó.
      Como digo noutro lado, o responsável pelo bom funcionamento das Instituições não parece preocupado …
      O mais importante no imediato, é ser reeleito. Vamos então a distribuir o charme e a falar sempre que um microfone se aproxima. Se espremer o que dali sai … é isso: zero.

    • Paulo Marques says:

      “Os Governadores do BdP podem até ser pessoas sérias, não dúvido, ”

      Eu não duvido que não são pessoas sérias.

  3. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    Não se enerve senão repare:

    1 – O garante pelo normal funcionamento das Instituições democráticas – mais concretamente da Justiça – palra muito, mas não se descose…

    2 – As Comissões da Assembleia têm ocupação, fazendo o papel de tribunal e não concluindo nada, pois o objectivo é manter as águas calmas …

    3 – O povo que é comido até aos ossos vota na gentalha que os come… De facto, se reparar, verá que sistematicamente cerca de 80% dos que votam, fazem-no no cartel que nos tem andado a dizimar.

    Concluo: A política, hoje, é conduzida da mesma forma que o futebol que se transformou no verdadeiro fiel da sociedade: Muitas bandeiras e sócios cegos que criticam, nas outras colectividades, as mesmas ilegalidade que há muito tempo vêm praticando…
    E por isso, nunca tantos políticos passaram a ser “paineleiros” da bola. Todos já entenderam que é de bola que o povo gosta e que fazer política, é jogar futebol ou seja, muitos erros de arbitragem nunca corrigidos e o Vídeo-Árbitro institucional que está dominado por outros árbitros…

  4. Fazemos parte de um país em liquidação total onde quem reina, manda e decide os escroques. Não passamos pois de um triste rebanho que quando é chamada a eleições vai (sempre) votar nos lobos. Pouco ou nada há a fazer.

  5. Fazemos parte de um país em liquidação total onde quem reina, manda e decide são os escroques. Não passamos pois de um triste rebanho que quando é chamada a eleições vai (sempre) votar nos lobos. Pouco ou nada há a fazer.

  6. Fazemos parte de um país em liquidação total onde quem reina, manda e decide são os escroques. Não passamos pois de um triste rebanho que quando é chamada a eleições vai (sempre) votar nos lobos que depois placidamente os vão devorando. Pouco ou nada há a fazer.

  7. Fiquei na indecisão entre ver este documentário e o filme “Madoff- teia de mentiras”. Decidi-me pelo último. É menos ficção , sei lá….

  8. Camarilhas says:

    Não, não tem vergonha!
    A banca depois da capitalização feita pelos contribuintes volta ao mesmo de sempre!!! “E os bancos estão a regressar à lista dos maiores dividendos do mundo”
    http://foicebook.blogspot.pt/2017/08/distribuicao-de-dividendos.html

  9. JgMenos says:

    É só puritanos nas hostes de uma geringonça nascida de uma fraude!!!!!

    • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

      Caro JgMenos.
      Esta sua entrada (ou saída) é uma perfeita provocação.
      Só quem está permanentemente fora da lei é capaz de afirmar que a “geringonça” é uma fraude !!!
      Então para si o cumprimento da lei é uma fraude?
      Ainda não percebeu que o governo foi constituído porque a lei o permitiu?
      Que fraude é essa que alardeia? A Lei?
      Estou à vontade para falar porque nunca fui um “supporter” do actual governo e portanto, não sou puritano.
      O que me espanta é a sua falta de sentido democrático que lhe permite chamar fraude à lei.
      Eu tenho visto por aqui muita a gente a tratá-lo mal pelos seus comentários. Discordando do modo como o tratam, o caro JgMenos deveria ter cuidado com afirmações como estas que aqui faz, pois são uma perfeita provocação. E quem semeia ventos, acaba colhendo tempestades.
      Cumprimentos.

      • Ana A. says:

        Quanto mais os “menos” desta vida se manifestam, mais reforçam a ideia de que os “vampiros do Zeca” continuam a pulular por aí…

      • JgMenos says:

        Face ao mais modesto puritanismo a geringonça é uma fraude – disso não tenho dúvida.
        O presidente do BdP infringiu alguma lei?

        Na base da geringonça está o PS – o partido com a mais consistente e experimentada falta de ética política. E a liderá-lo o nº2 de Sócrates. Não é o respeito pela lei que me preocupa.

        • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

          Não lhe respondo a uma pergunta que nada tem a ver com o meu comentário.
          Repito para que entenda que a Lei não pode ser uma fraude.
          O JgMenos está claramente a actuar como um elemento de uma qualquer claque desportiva. Para além da cor do seu clube, nada vê. Nem a lei.
          Que o respeito pela lei o não preocupa, não precisa de dizê-lo. Isso é claro.

          • JgMenos says:

            Acredita então que basta respeitar a lei para não ser um coirão?
            O meu tema é o dos falsos puritanos que querem correr com alguém por suspeição não fundamentada (e que desde logo nunca deixou de cumprir a lei).
            O seu tema ainda não percebi qual era a não ser emitir uma qualquer sentença a meu respeito.
            Seja servido.

  10. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    JgMenos.
    Não basta não. Basta reparar nos seus termos e associá-los à sua pessoa.
    O não ter percebido o meu tema, não me admira nada.
    Basta ler o teor dos seus comentários para perceber o seu estilo.
    Eu não pronuncio sentenças, mas juízos – um direito que me assiste – e registo a sobre valorização da sua personalidade. Então acha mesmo que eu iria perder o meu tempo a emitir juízos sobre a sua pessoa?
    Fique bem.

  11. JgMenos says:

    Fico bem.

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