Foto: Diário de Notícias
Li por aí algures, não me recordo bem onde, que a finalidade do candidato Ventura é a de permitir ao PSD de Passos Coelho ensaiar um novo tipo de discurso, a anos-luz da matriz social-democrata que o passismo fechou a sete chaves numa gaveta, para ver o que sai dali. Começou com generalizações sobre a comunidade cigana e os apoios sociais, ao melhor estilo da extrema-direita nacional, e foi cavalgando ondas de populismo, até chegar à reintrodução da pena de morte.
A polémica ganhou dimensão mediática, que, presumo, seria precisamente aquilo que André Ventura e a direcção do PSD pretendiam, custou-lhe o apoio do CDS, algo estranho considerando a quantidade de saudosistas do Estado Novo que militam no partido, porém, sem grandes surpresas, garantiu-lhe um novo aliado, ainda que temporariamente: o PNR. José Pinto Coelho, considerou Ventura “um dos meus” e até lhe dirigiu um convite para se juntar ao seu partido. No entanto, alguns dias e muitas críticas depois, Ventura demarcou-se do PNR e o líder fascista respondeu, acusando Ventura de roubar o discurso ao seu partido, afirmando ainda que o candidato do PSD lhe terá enviado a seguinte mensagem:
Importa, portanto, saber se o PSD subscreve as propostas e o discurso do seu candidato a Loures, nomeadamente no que diz respeito à reintrodução da pena de morte. Para quem tanto puxa dos galões europeus para disparar chumbo grosso sobre PCP e BE, seria bom recordar a direcção do PSD que a União Europeia há muito baniu a pena capital e a ela se opõe, mesmo quando os alvos são “pedófilos homicidas” ou terroristas. Porque hoje são os “pedófilos homicidas” e os terroristas, amanhã estamos todos sujeitos.
É urgente que PSD esclareça o país sobre se vai seguir o exemplo do seu parceiro húngaro no PPE na cruzada pelo retrocesso civilizacional. Até ver, é apenas cúmplice deste perigoso ensaio populista, demagogo e radical. E, a julgar pela recente tomada de posição do antigo governante social-democrata, Feliciano Barreiras Duarte, o problema é mais grave do que aparenta.
Ventura é livre de dizer os disparates que quiser. E Passos Coelho é livre de o apoiar, de forma convicta ou disfarçada, com as desculpas do costume.
Neste momento, já nem interessa muito o que eles dizem. O tom subirá até ao limite do patético. Depois, logo se vê!
Na parte que me toca, como cidadão Interessa-me muito mais saber se a sua representatividade como candidato a Loures vale mais do que os 13.000 eleitores que PSD obteve em 2013, num universo eleitoral com mais de 150.000 inscritos.
Se a coisa não colar, eles mudarão o guião do seu discurso de forma rápida, e voltarão a falar dos pobrezinhos, como uma preocupação sua.
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/anselmo-crespo/interior/ventura-o-pato-bravo-8731908.html
Como bons troca-tintas que são. Os dias que antecedem o fim costumam ter destas coisas! Na volta, têm o diabo á porta da São Caetano!
À medida que a paranoia esquerdalha se manifestar no seu esplendor pós-moderno, seguramente crescerá a consciência de que há que conservar valores e defender os princípios que garantem o essencial de uma civilização que ainda hoje não vê que outra no mundo a ofusque.
E quando uns querem fazer das prisões estâncias de repouso para criminosos outros, a começar pelas suas vítimas, surgirão a querer cortar-lhes a cabeça.
Jg candidata-se a ser o Arpaio cá do burgo, a bem da nação.
Jg, aquela vítima fascista que não pára de chorar. Aposto que andas com meia casca de ovo na cabeça!
Não percebi, mas imagino que não havia a intenção de significar o que quer que seja.
O ruído é sempre uma muito estimada alternativa de esquerda.
Uma certa Direita fala de soluções para o país como a pena de morte e “fora com a ciganada”, mas são os outros que fazer ruído…
Entendi.
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És mesmo como um cóio, jgmenosjosétrollpintodacruz!
Casca de ovo na cabeça? Hummm! Só se for de ovo de pardal…
Fuja! Fuja de tudo o que possa ser pós-moderno! E mesmo moderno! Feche-se bem na caverna que as modernices passam depressa. Vá-se emtretendo a lascar umas pedritas que o tempo vai passando sem dar por isso.
Acho piada a uma certa esquerda que ainda não percebeu que o que separa a direita do fascismo são só as circunstancias.
Toda a razão. Ainda não perceberam.
Quero acreditar que ainda existem social-democratas no PSD. Podem estar na mó de baixo, mas estão lá. O Feliciano Barreiras Duarte teve tomates de colocar os pontos nos i’s e isso já me inspira alguma (pouca) confiança. Mas isso sou eu que tendo a ser excessivamente optimista.
Pois eu não acredito caro João Mendes. Um social democrata que se preze, não pode estar ligado a uma comunidade que não respeita nada nem ninguém e que tem uma inclinação claramente fascista.
Não haja ilusões. A máscara caiu e não é de agora. A figura sinistra de Cavaco, o seu passado, as suas declarações, sobretudo a descarada protecção que concedeu a bandidos e todo o sistema que criou para manutenção da sua figura e da classe que representa no governo, demonstra bem o carácter do político.
Cavaco foi à Figueira da Foz em 1985 e ainda não tinha iniciado as suas lides políticas, já mentia, ao afirmar que só lá tinha ido para fazer a revisão ao carro. Daí para a frente, não deve ter havido político que mais descaradamente mentisse. Ele e Sócrates…
Esta gente tem é uma lata de todo tamanho.
O mesmo se poderia dizer da esquerda e do comunismo.
São palavras…
Neste espaço um comentador dizia há pouco, com toda a lucidez, que há uma certa esquerda que ainda não percebeu que estamos a lidar com uma espécie de fascismo e não com ideologias de direita.
Por outro lado, essa mesma esquerda esqueceu – quero crer – que um cidadão de nome Mário Soares, seguido de muito outro «Mário Soares”, abriram a porta e esta gente, pois sempre fizeram o jogo da direita e com ela se aliaram só pelo amor ao poder.
Lixiviou-se a actuação de um personagem que pôs o socialismo na gaveta e vociferamos contra um que fez o mesmo aos princípios da Social-democracia.
A culpa não pode continuar a morrer solteira e a denúncia ou a recordação destes factos, não se destina a crucificar alguém. Apenas a recordar o facto, pois o pior que pode acontecer é o esquecimento dos factos históricos, que potenciam a repetição de erros.
Cada vez mais a política está parecida com o futebol. Saia-se uma bandeira e um papagaio e poderemos ouvir todas as barbaridades que só batemos palmas. Contudo, as mesmas barbaridades repetidas por outra cor, são um insulto à liberdade!!!
Nos últimos tempos o dito PS usa e abusa destas figuras e não me parece ver pessoas muito preocupadas. Exactamente da mesma forma se procedeu quando Soares virou as costas ao Socialismo.
O problema da política de hoje é que os princípios doutrinários foram sendo mudados sem serem devidamente referendados no seu seio e mais grave, nunca anunciados e apenas sentidos.
O resultado, é um espectro político completamente desequilibrado e sobretudo, sem consistência programática.
Ao dia de hoje, PS e PSD não representam minimamente nem o socialismo, nem a social democracia. Correspondem a mais uma neoliberalização, agora da política.
De acordo, Ernesto. Apesar da sensação de estarmos perante uma governação mais à esquerda do que é habitual num governo PS, algo que deriva directamente da influência de PCP e BE.
A sensação é correcta, na minha opinião. Penso é que começam a existir umas brechas e não sei quanto tempo o PS vai manter a cooperação. Assim se apanhe com uma maioria absoluta, temo que voltem ao passado… está-lhes na massa soarista.
Sem dúvida nenhuma o caso do Mário Soares é paradigmático: íamos tão bem a caminho do socialismo e de uma clarificadora guerra civil quando ele e uns tantos como ele abandonam aquela treta do ‘Partido Socialista, partido marxista’ e se põem a falar de liberdade e de socialismo na gaveta.
Vai em frente Ernesto que vai ser um gosto ver-te repor a marcha para os amanhãs que cantam.
A sua música já é mais que desafinada.
E ver um personagem como o JgMenos gostar de Mário Soares, diz tudo do político.
Quanto ao seu discurso, já nada acrescenta, a não ser a sua musica de rabecão que é de uma nota só.
Ainda não dei por ninguém que me explicasse aqui o que acharia de uma editora que lançasse cadernos de exercícios para ciganos e cadernos de exercícios para não-ciganos. ou o cigano não é diferente do não-cigano?
É natural.
Qual é que é natural? O esteótipo menino/menina ou o esterótipo cigano/não-cigano, glosado pelo Naldinho? Queria perceber melhor, para atingir certas acusações de hipocrisias, de infâmias e de censuras.
Em termos racionais, um cigano e um não cigano, são iguais. Ainda não vi nenhuma evidência científica que apontasse o contrário.
Quanto aos usos e costumes, podem ter algumas diferenças, mas são quase residuais, com claro prejuízo dos ciganos, face aos não ciganos.
Por exemplo: Nunca vi um cigano a falir Bancos!
E nunca vi um cigano condenado, ser candidato a nenhuma autarquia. E a expropriar terrenos agricolas por truta e meia, para a seguir os urbanizar e vender por uma fortuna.
Muito menos vi um cigano a oferecer Robalos!
Se houvesse um Caderno de Exercícios para ciganos, eu era o primeiro a comprá-lo. E marimbava-me para o Caderno de Exercícios dos não ciganos.
O que interessa é chegar ao fim com aquilo resolvido corretamente, certo?
Até porque eles têm que ser iguais no conteúdo, e no primeiro caso, o do cigano, com muitas vantagens para mim.
Senão vejamos:
1 – Comprava-o o Caderno na Feira, muito mais barato.
2 – Alguns cadernos de exercícios já traziam aqui e acolá, os exercícios feitos, pelo cigano mais expedito, lá da comunidade.
3 – Quando chegasse ao fim, mostrava á professora os exercicios por mim feitos. Se ela me desse uma boa nota, perguntava-lhe se podia apagar os exercicios que tinha feito a lápis?
Se ela anuísse, apagava tudo muito bem, sem rasgar nada. Passava o Caderno a ferro de engomar, não muito quente, e sem vapor, e vendia-o de novo na Feira a outro cigano ou não cigano.
Entretanto ficava à espera de ver um cigano falir um Banco, ou a candidatar-se a uma Autarquia, depois de condenado.
Não consigo compreender isso do mais à esquerda ou à direita.
O que caracteriza estes dois conceitos-noções?!
Porque alguém se proclama de esquerda e logo a seguir vem outro e declara que não.
O CDS já se proclamou de esquerda. Ao fazer a defesa dos lavradores não e de esquerda?
Dispenso a história francesa dos que estavam à direita e os que estavam à esquerda na assembleia.
Se era uma posicionamento físico estamos esclarecidos.
E a liberdade é de esquerda ou de direita.
Ah e o amor ( ao comunismo, ao socialismo) de que lado é?
Nunca percebi o que é o fascismo. Sei que acusam Salazar, Mussolini e Franco de serem fascistas, mas porquê?
No fundo todos querem mandar ou seja tomar conta do Estado e arrogarem-se que são representantes porque enganaram os demais com contos de sereias e pilantrices.
Engodam os parvos à conta de uma escolha manipulada e depois tratam da sua vidinha e da daqueles que financiaram a “festa eleitoral”.
O alegado Estado de Direito não passa disso mesmo porque as leis são produzidas (assinadas) num parlamento que as encomenda à trupe mandante, com dinheiro, que cogitam e decidem o que fazer nas lojas da viúva e clubes semelhantes.
Veja-se os negócios do Estado…
O PCP é ele mesmo um clube que tenta rivalizar com a maçonaria e se lhe opõem. No PCP todo é filtrado todo é controlado…
O Jerónimo é o meio (simpático sem dúvida) para chegar ao alegado povo trabalhador…
Curioso o PCP tem um discurso e prática nacionalista contrariamente aos demais dos partidos vendidos à finança internacional.
saudosistas do salazar, como este imbecil do JgMenos, há muitos por aí. claro que defende o ventura. “defesa de certos valores”… o ventura no outro dia defendeu a pena de morte, deve ser isso que o JgMenos quer.
E o PD ainda não se demarcou dessas novas palavras do ventura.