Yupido, uma spin-off multimilionária da Juventude Popular?

Ainda ninguém sabe ao certo o que é. Dizem os jornais que é uma empresa constituída em 2015, sediada nas Torres de Lisboa, criada com um capital social de 243 milhões de euros e que vale hoje cerca de 29 mil milhões, o equivalente a 15% do PIB português. Parece que anda para ali o algoritmo do século, ou qualquer coisa assim.

À semelhança daquele universo manhoso de “empresas” que vive numa espreguiçadeira das Caimão desta vida, a Yupido não tem funcionários, não tem vendas e dá prejuízos. Ainda assim, conta com 10 jovens administradores/accionistas, alguns deles militantes da Juventude Popular. Multimilionários, claro. Será uma spin-off da jotice, de inspiração jacintoleitecapeloregiana?

No Twitter, Tiago Silva dedicou-se a dissecar este fenómeno da nebulosidade empresarial. Vale a pena espreitar o trabalho compilado pelo Tiago, enquanto a PJ faz o seu trabalho. Porque aqui há gato. E talvez venha a dar merda.

Comments

  1. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    A Yupido deve ser um daqueles algoritmos que nos levaram quase à falência como foi com o colapso dos bancos.
    Um algoritmo tão complicado que a Justiça, até hoje, foi incompetente para resolver e por isso, os “Yupidos” causadores da nossa desgraça, por aí continuam a gozar a luz do sol, enquanto gerem a fortuna hoje, noutros nomes e multiplicam as ideias fazendo deste país um verdadeiro cadinho de experiências fraudulentas.
    Ao “trabalho” desses “Yupidos”, os sucessivos governos e Presidentes da República chamaram pomposamente de “crise financeira”, outro complicado algoritmo que não tem resolução, pois entrou como “boato” e hoje, passou a … facto.

    O primeiro problema de fundo deste País (e não apenas deste) é que está nas mãos de uma oligarquia de “yupidos” que jogam com o dinheiro como se estivessem a jogar o monopólio ou fossem uma qualquer Dª Branca.
    O segundo problema deste país é ter uma justiça inoperante que se baseia em factos, provavelmente assinados por uns quaisquer “TOC’s” da nossa Praça e com algum nome que se prestarão a justificar o “moto contínuo de primeira espécie” que equivalente a criar algo a partir do nada.
    Já no tempo do Salazar este era o País das 12 Famílias. Hoje continua a ser e há manifestamente criaturas ou seja, “yupidos” que tudo fazem para comprar tal título. E têm, seguramente quem os proteja, fazendo com que o assunto passe ao patamar dos “falecidos” “Panamá Papers”.

    O problema é que não bastavam os “yupidos” deste País. Há também os estúpidos, que são aqueles que, porque não gostam de pensar, votam nesta gentalha que, com as suas políticas, perenizam o sistema e os tais estúpidos fortalecem com cimento de boa qualidade.
    Saia-se uma vassoura, mas varra-se com força.

    • Rui Naldinho says:

      Muito bom, Ernesto.
      É daqueles golaços no cantinho, com o público a ver a bola anichar-se no fundo das redes.
      Subscrevo

  2. Fernando Manuel Rodrigues says:

    A AOL (que não tinha nada a não ser uma plataforma digital) comprou a Time-Warner, um gigante dos média. Certo que, agora, o que sobra da AOL não vale praticamente nada, e o que vale é o acervo da Time-Warner.

    O que esta empresa alega possuir é propriedade intelectual (um algoritmo que resolverá, quição por artes mágicas, os problemas das empresas, e permitirá uma super-gestão, e que está avaliado em 28 mil milhões de euros – por quem e como foi feita essa avaliação é que não se sabe, para já.

    Também não se sabe onde o software que incorpora esse super-algoritmo está implementado, o que é estranho, porque, se é assim tão bom, justificaria uma “corrida” à sua compra.

    Tudo isto é estranho, de facto. Admitindo, por hipótese académica, que o algoritmo existe, o software está pronto a funcionar, e de facto faz o suficiente para justificar os 28 mil milhões, os seus autores seriam heróis nacionais, e para o país isto seria melhor do que descobrir petróleo (atente-se no que vale uma SAP ou uma Oracle, para ter uma ideia).

    Claro que, a ser verdade, seria estranho todo o anonimato e discrição em volta de alguém que seria(m) o(s) autor(es) de tamanha façanha. Vamos aguardar para ver.

  3. asco.

  4. Afinal a “nossa” gente é riquíssima. Aonde forma os tais sócios buscar o dinheiro para o capital social?

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