A História é para ser estudada, não é para ser julgada…

O Padre António Vieira tem de ser entendido à luz da época em que viveu. O mesmo se aplicará a D. Afonso Henriques, que hoje seria seguramente acusado de desrespeitar a Constituição e falta de solidariedade para com os restantes povos ibéricos. Faria sentido acusar hoje D. João III, D. Manuel I, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral ou Afonso de Albuquerque de terem levado a cabo uma política de expansão colonialista, ocupando território que não pertencia à coroa portuguesa, escravizando povos e tomando suas as riquezas que encontraram?

Se vamos por este caminho, temos de julgar também o iluminismo, renascimento, idade média, impérios romano e egípcio, a civilização grega, a antiga Pérsia e Babilónia e muito provavelmente só paramos algures no homem de Neanderthal… Os povos africanos não ficariam fora desta lógica, muito longe disso, pelo que já vai sendo tempo de pararem de reclamar serem vítimas da História. Até porque boa parte dos escravos que Portugal traficou, foram comprados, eram despojos de guerras tribais, facto que muitas vezes é propositadamente omitido nestas discussões.
À falta de melhor, incapazes de qualquer originalidade, os pândegos da SOS racismo, habitualmente apadrinhados pela esquerda folclórica e irresponsável, resolveram imitar Charlottesville e não aceitar uma estátua do Padre António Vieira em Lisboa. Sempre prontos para a confusão, logo apareceram uns quantos militantes de extrema-direita, resta saber se organizados ou apenas mobilizados pelas redes sociais, a notícia dá conta que o número foi aumentando ao longo da tarde o que indicia que uns foram chamando reforços a ver no que dava, mas a PSP fez bem o seu trabalho e felizmente desta vez não deu em nada.
Os portugueses são um povo de brandos costumes, mas têm os seus símbolos, a sua História. Tudo pode ser estudado, debatido, discutido, mas tem que ser contextualizado. Não posso falar sobre Roma à luz dos direitos humanos por exemplo. E não queremos violência urbana gratuita a pretexto de discussões que não levam a lado nenhum. Felizmente também não precisamos dos skinheads armados em guarda pretoriana, basta que as autoridades façam cumprir a Lei, porque somos felizmente um Estado de Direito. E se uns e outros têm direito a exprimir opiniões, felizmente que assim acontece, são dispensáveis atitudes provocatórias que têm por objectivo levar alguém a perder a cabeça, acender um rastilho que sabemos onde e quando começa mas nunca como irá parar. Fica o aviso às autoridades policiais, porque de parte a parte, não falta quem queira começar algo…
O SOS racismo faria melhor em focar-se no presente e deixar em paz a História de Portugal. Porque o racismo não é um exclusivo do homem branco, o sr. Mamadou Ba poderia lutar pela erradicação de práticas tribais criminosas como a mutilação genital feminina ou reconhecer às mulheres direitos iguais aos homens. Seria um bom começo. Depois falaremos do racismo na sociedade portuguesa, que também existe não o podemos negar.

Comments

  1. Zeitgeist há muitos says:

    Finalmente concordo consigo.

    Os alemães tem um termo, “Zeitgeist” que significa espírito de época, espírito do tempo ou sinal dos tempos.

    É uma parvoíce de todo o tamanho julgar as pessoas de há seculos atrás com os ideais e as crenças de séculos depois.

    Infelizmente há muitos marretas de esquerda que caem nesta armadilha e é lamentável a extrema direita e fachos de vários quadrantes fazerem exatamente o contrário: Terem hoje ideais e princípios racistas de há séculos atrás.

  2. Pressinto que os MArxistas cá do sitio vão desancar o António Almeida forte e feio, só vai ser curioso observar os argumentos que vão usar. Vou esperar para ver, vai ser bonito…

    Rui SIlva

    • O Rui Silva (um dos “fachos” cá do sítio) engana-se. Discordo de 19 em cada 20 posts do António Almeida, mas este até faz parte dos outros 1/20.

      • A reacção clássica em Portugal cujos nacionais são pouco dado ao estudo.
        Marxismo e o Fascismo são ideologias irmãs de Estado Totalitário, mas por cá ainda faz sucesso o Marxismo esconder-se atrás do Fascismo, como se fosse melhor que ele. São igualmente horríveis, mas o Marxismo ainda sobrevive e causou maior numero de mortes.
        Agora diga lá que é tudo mentira, bla,bla,bla… que você não é Marxista só quer ajudar velhinhas a atravessar a rua e lutar contra o Capitalismo que lhe permite ter a boa vida que tem…

        Rui Silva

        • «Marxismo e o Fascismo são ideologias irmãs»
          Ó Rui Silva, vá dar banho ao cão, que a minha paciência para dislates destes é pouca.

          • Seja humilde e estude, depois discutimos.
            Você é mais um produto acabado do nosso sistema de ensino .

            Rui Silva

      • Ernesto says:

        Caro Rui Silva, em que livro de Marx se baseia para dizer que :
        “Marxismo e o Fascismo são ideologias irmãs”‘

        Gostava de saber, para poder estudar!

        Não me diga que está a falar do livro do jornalista da RTP? .

        Cumprimentos

        • As fontes encontram-se através da literatura disponível sobre a temática em qualquer biblioteca na República de Portugal; convém salientar que as bibliotecas públicas portuguesas para além de possuírem um excelente e vasto acervo literário, contam inclusive com um suporte técnico e de pessoal extremamente modernizado e competente, o que lhe dará todas as condições para esclarecer as dúvidas que traz sobre o assunto.
          Recomendo também que consulte os documentos oficiais da época relativos a este tema, e que seja fluente em vários idiomas para além do inglês, por forma a que a sua pesquisa não fique condicionada.
          E acima de tudo não seja preguiçoso(a).
          (Créditos a “Democrata neste blog”)

          Eu acrescento Internet uma fonte inesgotável.
          Dou-lhe uma dica : “Theodor Adorno” o homem que redefiniu o Fascismo.

          PS. Também achei piada ao “tem haver” !

          cps

          Rui Silva

          • Ernesto says:

            Acho piada é à sua fuga para a frente 🙂

            Tem de ler mais, porque não vou estar a ler alguém que “redefiniu” o fascismo!!!

            Uma dica: Para perceber o Marxismo, convém ler Marx!

            Cumprimentos

          • Ernesto says:

            Já agora, caro Rui, como não sabia que achava tanta piada aos erros ortográficos, vá lá abaixo ajudar o seu amigo a explicar o “páram” 😉

            Nota: É sempre um prazer falar consigo, e perceber que, seja em que tema for, o meu caro está sempre do lado dos racistas!

            Bom fim de semana.

          • Caro Ernesto,
            Não fui eu que aqui neste blog já fui chamado de Racista , como foi o meu amigo aqui não há muito tempo.

            Rui SIlva

          • Também queria dizer que não é bonito justificar um erro apontando outro, antes de fazer reconhecimento do próprio erro. Depois já que estamos a falar nisso acha que a “gravidade” de confundir os verbo ver e haver tem a mesma gravidade de acentuar mal uma palavra ? Eu acho que não , mas isso sou eu que tenho a antiga quarta classe, nunca escrevi livros.

            Rui SIlva

          • Ernesto says:

            Eu? Chamado de racista?!? Não estará a confundir com outro Ernesto …. ….. que aqui comenta?! Pense lá nisso outra vez, e depois venha cá justificar o seu erro, que é um gesto bem bonito(aqui concordo consigo)!

            Desculpe lá, já que tem a 4ª classe, o que em nada o diminui, acha bem que no meio de um denbate sobre um tema séŕíó, alguéḿ use o argumento de que outrém deu um erro ortográfico/gramatical?
            Mas acha muito mal que aponte um erro ortográfico/ghramatical a quem usou esse argumento?!?
            Se é assim, estamos conversados sobre o sr Rui pensa! Muito mais me espanta tendo em conta que tem a 4ªclasse, mas enfim, eu é que devo estar mal..

            Nota: Atenção que apesar de nunca ter sido chamado de racista, nem aqui, nem em lado nenhum, não teria problemas nenhuns de argumentar o contrário, como se vê pela minha postura, penso que construtiva, neste blog!

    • e porque não de direita, eu sou canhota e as freiras queriam o brigar.me a escrever coma não direita diziam elas ser a mão de Deus. eu perguntava mas a irmã já viu , Deus? cala-te pivete tens a mania que és esperta, eu esperta não sou mas quero saber4 como irmã a sabe que Deus tem a mão direita e esconde a mao esquerda disse à freira que seria canhota até morrer e de esquerda e nada de direita a conversa delas cheirava a mofo, eu quando penso NA Direita, cheira.me logoi a mofo.todas as pessoas que conheço que dizem ser de direita para mim são estúpidas. não tenho culpa nasci na maternidade e minhas irmãs afirmam que eu fui trocada. a minha familiar é estupidamente católica salazarenta.. credo senhora do carmo abrenuncio.

  3. paulo range says:

    “não o podemos negar”, embora ao almeida não falte vontade. como se pode depreender pela forma PORCA como se refere ao SOS Racismo. eles limitaram-se a querer manifestar-se – e muito bem. não era esta manifestação que ia causar algum problema ao sr. Padre.

    como habitualmente, o almeida (como um henrique raposo…) vira o bico ao prego para apagar o comportamento dos skinheads e dos racistas que, coitados, arriscam-se a não ter o direito de ser racistas. sabe o que são os hammerskins? sabe o que é necessário fazer para ser admitido nessa “organização”.

    quem está aqui mal não é o Mamadou, nem o SOS Racismo, almeida. ganha vergonha nessa cara. o que estás a fazer de forma dissimulada é a defender os hammerskins. a fazer equivaler a manifestação pacífica com quem ali foi procurar violência, com quem faz da violência a sua razão de existir. nada que me surpreenda.

    • o chefe dos fascistas foi preso não sei bem onde, o senhor Almeida tem todo o direito de emitir o seu pensamento. eu também sou Almeida por parte da família de minha mãe. minha tia passa a vida encafuada na torre do tombo para descobrir p nosso brasão.quando lhe digo que é uma pá e uma vassoura dos Almeida da camara até sobe as paredas é muito

  4. Fernando Manuel Rodrigues says:

    paulo range não se arme em inocente. Eles começam por se manifestar (atenção – eles manifestavam-se a favor da REMOÇÃO da estátua de um dos maiores portugueses de sempre, e que lutou contra o esclavagismo), e a seguir vão por aí fora com o escarcéu, e só páram quando lhes fizerem a vontade.

    E o senhor escreveu “quem está aqui mal não é o Mamadou, nem o SOS Racismo”…

    Ai não? Então deduzo que concorda com eles? Se concorda, seja homenzinho e dê a cara. Sempre quero ver se tem coragem. Eu, pela ,minha parte digo desde já: Quando esta “gentalha” RACISTA do SOS Racismo ou o racista Mamadou abrir a boca, eu serei dos primeiros a gritar “Porque não te calas”?

  5. paulo range says:

    lol. quais as consequências dessa manifestação, a ter acontecido em pleno? ZERO. quais as consequências daquilo que os hammerskins fazem? crimes de sangue contra minorias.

    ai o SOS racismo é que é racista… estou a ver.

    quanto a “dar a cara”? “coragem”? o quê, ter aí o nome completo tem alguma coisa a ver com coragem? é igual ao litro.

    parece que temos mais um defensor dos hammerskins. quem se demite de combater os hammerskins, é porque os aprecia.

    • Fernando Manuel Rodrigues says:

      Não vejo onde na minha entrada se pode concluir que defendo os hammerskins, mas enfim… E o SOS é RACISTA, obviamente, e não, você não está a ver nada, porque não quer ver. E só não vê quem não quer. Ou você é daqueles que acha que só há racismo se forem brancos?

      Agora quanto à sua leitura cinicamente “inocentinha” de que a manifestação não tem consequência? Suponho então que, por exemplo, se houver uma manifestação de apoio a Salazar e a pugnar pela mudança do nome da Ponte, o senhor paulo range a vai defender, e ser contra qualqer grupo que a ataque? OU NÃO?

      E note-se que não estou a falar de uma manifestação RACISTA.

      Sobre a sua última frase, respondo-lhe com uma citação do almirante Pinheiro de Azevedo: “Berdamerda para o fascista”!

      • paulo range says:

        é, fernando. bardamerda para o fascista. ora se não sou eu o fascista, imagino que seja você.

        essa de o SOS racismo ser racista é digna de trump. o post do almeida também é digno de trump. pois mostra que em charlottesville quem esteve bem foram os suprematistas brancos. claro que não defenderei a manifestação de apoio a salazar. como a nenhum fascista ou causa fascista. felizmente a CRP tem a lucidez de a colocar onde deve.

        tudo o que seja retirar o odioso dos hammerskins para o colocar no SOS racismo, é legitimar os hammerskins.

        o autor do post foi ao ponto de insinuar que o Mamadou Ba, que eu não conheço de lado nenhum, é a favor dos maus tratos a mulheres. mas os movimentos contra os maus tratos a mulheres e os movimentos contra a mutilação genital feminina, normalmente têm os mesmos simpatizantes que o SOS racismo.

        e o autor do post que aqui parece querer defender as mulheres, mas quando é um movimento pela igualdade de género já é contra e lhes chama histéricas ou ditadura do politicamente correcto.

        imagino que quando o alcino monteiro foi assassinado pelos hammerskins também fosse culpa dele. e ontem podia ter acontecido. não por causa de uma manifestação legal e autorizada, mas pela presença dos hammerskins – avisados não se sabe por quem. e sempre tolerados pelas forças de segurança. apesar de so entrar para os hammerskins quem prove ter cometido crimes de sangue contra minorias.

        • Fernando Manuel Rodrigues says:

          Parece-me que você não vê um palmo à frente do nariz (o que é típico de gente facciosa). O “berdamerda para o fascista”, já que precisa que lhe explique, é em resposta ao seu comentário: “parece que temos mais um defensor dos hammerskins. quem se demite de combater os hammerskins, é porque os aprecia”.

          Rejeito toda e qualquer lógica maniqueista de “quem não é por mim é contra mim”, que você parece apreciar. Daí a citação de Pinheiro de Azevedo. Percebeu agora, ou precisa que lhe faça um boneco?

          Voltando à vaca fria. Portanto, você aceita que um grupelho RACISTA (e sim, vou insistir na acusação, e desafio-o a pegar em artigos de Mamadou Ba, nomeadamente o último publicado no Público, e demonstrar-me que aquilo não é racismo) pretenda que seja retirada uma estátua de um dos maiores Portugueses de sempre, com alegações estapafúrdias e estúpidas.

          Mas depois diz: “claro que não defenderei a manifestação de apoio a salazar. como a nenhum fascista ou causa fascista”. Ou seja, se a SOS Racismo aparecesse a fazer uma contra-manifestação numa situação dessas, você já apoiava a contra-manifestação. E depois, se desse bordoada, a culpa era dos mesmos. Bingo. Um “democrata de longa data” daqueles que apareceram por aí aos pontapés depois do 25 de Abril não diria melhor.

          Acontece que, em Charlottesville, quem fez a manifestação foram os supremacistas brancos e outros grupos de extrema-direita. E quem fez a contra-manifestação foram os opositores destes grupos, Ou seja: precisamente o contrário da situação que aconteceu aqui em Portugal. E quem é que você defende em Charlottesville? Ah pois: os contra-manifestantes (coerência).

          E qual foi a razão de ser da manifestação? Precisamente porque tinha sido retirada uma estátua de Robert E. Lee do centro de Charlottesville. Pense bem no assunto, e depois diga-me que esta pretensão da SOS Racismo é “inocente”.

          Acontece que em Portugal não houve violência, portanto, a polícia não teve de intervir (felizmente). Pelo que parece, com grande pena deles, que se calhar esperavam que desse mesmo bordoada (e se calhar com pena sua também).

          Palavras para quê… É um artista português.

        • Fernando Manuel Rodrigues says:

          E espero que não insista na acusação de que, se não ataco um lado, é porque estou de acordo. Nesta questão da estátua do Padre António Vieira estou veementemente contra quem quer que seja que o ataque, seja com que pretexto for, e qualquer Português digno desse nome deveria fazer o mesmo.

          No caso de Charlottesville, parece-me que a manifestação foi uma cilada dos supremacistas brancos (como aqui acho que era também uma cilada da SOS Racismo) para provocar confrontos – o que veio de facto a acontecer, mas porque houve total colaboração para isso da parte dos contra-manifestantes, e incapacidade da polícia em prever e impedir esses confrontos. Isto numa visão completamente neutra do assunto, porque pouco me interessa o que se passa nos EUA.

        • Eu não quero ser igual a qualquer homem. eu quero ser mulher com todas as diferenças do sexo feminino versus masculino. se essa igualdade fosse efectiva qual seria era a graça? se a mãe natureza fez dois géneros diferentes para encaixarem um no outro a mãe natureza é sabia mão tem esquerda nem direita é só a mãe de todas as mães e pais.boa noite e sejam felizes se puderem.e quiserem . eu vou para o trotoir ver as muito ricas chegarem à antIga opera em Madeleine. UM ESPANTO..

  6. paulo range says:

    finalmente – a minha posição é a do zeitgeist. não é a que origina a manifestação do SOS racismo. mas isso não implica que ajude a branquear as acções dos hammerskins. como tantos aqui estão a fazer, começando pelo almeida e acabando em si.

    • Emília says:

      O meu burro , quem se manifestou primeiro foi a minoria e para denegrir um simbolo histórico da maioria.
      Que maior sinal de tolerancia queres ? Evidentemente que a minoria deve esperar uma reacção da maioria. A mim parece-me que à falta de discriminação e à tolerancia da maioria a minoria tende à ofensa para depois se vir queixar da repressão.

      Emília

      • paulo range says:

        emília, tanto azeite. a burrice parece ser só sua.

        onde é que esteve a tolerância dos hammerskins? pois é: você é daquelas que tolera desde que fiquem caladinhos.

        • Emilia says:

          Em relação a BURRO tenho que pedir desculpa … aos burros.
          Então, se eu chamar puta à tua mãe ( que não estou) , tu muito tolerante vais sorrir e agradecer…( gostava de ver a cara da tua progenitora nesta altura!).
          Anda lá, zurra lá um bocado, e reconhece que a tolerancia começaria em não se manifestarem contra as personagens Históricas e Intelectuais que nunca irão ter nivel para compreender, do lugar onde estão a ser bem acolhidos na esperança de se tornarem civilizados.

          Emília

          • acha que Hitler é uma figura histórica?acha que velhos judeus que percorrem o mundo para caçar descendentes de hitlelrianos para se vingarem nos descendente que nem sequer sabem a que se deve esse ódio e não digas isso diz a minha titi aristogata, digo sim é verdade e se para cada um sua verdade porque não aceitam a minha como eu aceito ito a dos outros.ade.i daquele que duvide do holocausto como eles o descrevem. prisão para sempre. eu tenho uns vizinhos assim mas berro sempre esse holocausto nao existiu, o meu mestre canadiano escreveu um .livro neste tese, está preso ha 10 a nos à conta do tribunal penal de Haia um tribunal de assassinos. .

      • paulo range says:

        fica a nota que a “srª” emília se referiu aos hammerskins como representantes da maioria e como exemplo de tolerancia.
        deduzo que a “srª” emilia é neonazi.

        bardamerda para a fascista, para citar pinheiro de azevedo, como disse o sr. fernando ali em cima.

  7. JgMenos says:

    Essa merda do racismo está sempre a vir à cena.
    Atrás bem logo a xenofobia quando esta é a questão dominante, ainda que não no seu sentido patológico.
    Reagir à diferença, ao que é estranho ou invulgar, é tão só a mais comum das expectativas.
    Mas o que esta gente parece dizer é que devemos abraçar e acorrer a tudo que se nos apresenta como estranho ou invulgar.
    Todos somos sociólogos, investigadores, apóstolos,… não digo esquerdalhos porque estes são xenófobos de fidalgos, capitalistas e de gente com algo de seu, de tud’algos, para simplificar.

  8. paulo range says:

    olha, o JgMenos com um parágrafo de delírios e imbecilidades acerca da esquerda. o costume. (e pelo meio, a murmurar “bravo” aos seus amigos hammerskins).

  9. Paulo Marques says:

    As manifestações hoje em dia são como as greves, são muito bonitas sim senhor, mas só quanto a direita concorda, senão carga policial neles.

  10. Rui Naldinho says:

    Já agora, por que não destruirmos todos os monumentos romanos, templos, pontes, termas,…construídas sobre o trabalho escravo dos nativos desta terra, durante o domínio Romano?
    – Bora lá!!!
    E que tal destruirmos todos os palácios construídos no renascimento, e no Iluminismo, fruto das receitas coloniais, das especiarias, do ouro do Brasil aos escravos angolanos, congoleses e senegaleses?
    – Venham daí, todos!
    A História também faz os seus julgamentos, mas são analíticos. Um julgamento Histórico nunca é coercivo. O que é bem diferente deste tipo de julgamento.
    A única coisa que eu discordo no texto, é o facto do António não refletir na sua análise, o conceito de temporalidade. Pelo menos de uma forma bem definida.
    Por ex: Quando Hitler ocupou a França, e fez o Acordo de Vichy em 1940, mandou buscar a carruagem, um vagão restaurante dos caminhos de ferro, onde em 1918 a Alemanha tinha assinado a sua capitulação, na Grande Guerra.
    Ora, aqui estamos perante um julgamento. Hitler sentiu que era altura de humilhar os franceses, pelo que tinham feito à Alemanha, 32 anos antes. Não o podemos considerar isto um julgamento Histórico, porque de facto ele não existe. Havia na altura gente viva dessa época, estava tudo ainda muito fresco. Como ainda hoje, com o nazismo, os estalinismo, o maoismo, ou mesmo, uma boa parte da nossa colonização em África. Na América latina já nem tanto.
    Isto significa que, quem fará o julgamento Histórico da nossa colonização e descolonização, por exemplo, nunca poderão ser aqueles que viverem intensamente esse processo, pelas paixões que despertam. Eu por exemplo, sou um produto da colonização portuguesa em África, nascido em Moçambique. Dificilmente farei um “juízo completamente limpo e imparcial” de todo o processo de descolonização, ou mesmo da colonização do últimos cinquenta anos do século passado. Aquele que eu vivi.
    O Padre António Vieira é uma referência na literatura, e por consequencia na cultura portuguesa. Olhar para os seus escritos, e mesmo para a sua obra envangelizadora, à luz desta modernidade laica, agnóstica, na qual me incluo, só pode dar asneira, pela certa.
    António Vieira é um património da nossa visão do mundo nessa época renascentista. Fortemente influenciada pela religião. Contribuiu fortemente para a sedimentação da cultura portuguesa e o cristianismo, na América do Sul. Não sendo eu católico, jamais renegarei as minhas origens, incluindo o catolicismo romano. Caso contrário, eu serei sempre um apátrida, por não ter referências. E já agora, também tenho de renegar o espólio que todas as outras civilizações deixaram na Península Ibérica, em especial em Portugal, porque tudo aquilo foi feito sob escravidão, ou no mínimo servilismo dos povos nativos.
    Convinha que a cegueira ideológica, não mate o raciocínio.

    • Antonio Vaz says:

      Acho que não faz qualquer sentido comparar «os monumentos romanos, templos, pontes, termas,…construídas sobre o trabalho escravo dos nativos desta terra, durante o domínio Romano» com uma estátua recente, a glorificar um indivíduo porque – segundo li algures – foi “defensor dos índios, dos escravos e da salvação humana”. Porquê? Porque os primeiros não são monumentos a glorificar a sua presença por estas terras. Não vivi muitos anos em Portugal mas não me lembro de ter visto um monumento erguido a glorificar o que os romanos nos deixaram de bom… assim como não creio que os angolanos tenham ideias de deitar a baixo a fortaleza de Luanda. Outra coisa é erguerem uma estátua a um indivíduo porque ele foi “defensor dos índios e dos escravos”, numa leitura tipicamente colonial do que foi o seu papel dentro da História de Portugal e foi contra essa mensagem que a Descolonizando queria manifestar o seu desagrado.
      Sim, António Vieira foi um brilhante orador, um filósofo original e sim, empenhou-se em combater a escravidão dos nativos brasileiros mas nunca teve a ousadia de lutar contra a hipocrisia da sua Igreja e mesmo da sua Ordem, os Jesuítas, que defendiam a escravatura para os descendentes de Cam, de acordo com uma passagem do Antigo Testamento e que participaram activamente no sistema: por exemplo, em Setembro de 1551, o jesuíta Manoel da Nóbrega enviou uma carta ao D. João III, a pedir que desse ordens ao governador-geral do Brasil, para entregar “escravos da Guiné” (escravos negros) às missões da Ordem.
      Há quem diga que ele era contra a escravatura de negros, apoiando-se na tese de que os sermões aos escravos são denúncias ferozes da escravatura – aparentemente esquecem-se que as denúncias era acompanhadas da promessa que se fossem bons cristãos, após a morte, os escravos teriam direito ao paraíso. Na realidade, os sermões dele apenas pretendiam “acalmar” os escravos, apelar à resignação deles às suas “fortunas”, a explicar-lhes que Cristo também sofreu e que esse sofrimento é que lhes abriria a porta do paraíso e não a revolta ou as fugas.
      Diz-se à laia de desculpa que essa era a maneira de ver da época – não, não era, e a prova disso é que ele considerava a escravatura dos índios como uma coisa vil e repugnável que interferia com a acção missionária dos jesuítas.
      Se há algum anacronismo em relação às causas defendidas pelo padre António Vieira, do meu ponto de vista, ele apenas se encontra em quem hoje diz que ele foi um defensor dos índios – não foi, ele apenas, como homem devoto da sua época, queria aumentar as almas que poderiam ser salvas, salvá-los do demónio com que viviam, extrair-lhes a sua cultura e transformá-los numa espécie de cristãos de segunda.

  11. Ernesto says:

    A ver se entendi:
    Os que não gostam da estátua, querendo exprimir a sua opinião junto dela, foram impedidos de o fazer por um outro grupo de pessoas. Ou isto é impedir a liberdade de expressão, ou então desde que adormeci ontem e acordei hoje o conceito de democracia mudou. E toda esta cena se desenrolou perante a inacção das autoridades? Sim senhor, os meus parabéns!

    Parabéns também aos imbecis que acham que isto tem a haver com o padre ou raio que o parta!

    André Ventura a líder laranja, já!

    Viva o André.Dá-lhe António!

    • Fernando Manuel Rodrigues says:

      E temos outro faccioso a comentar. Realmente, acho que o que era giro era juntar os facciosos do Aventar com os facciosos do Observador (onde, como aqui, faço muitas vezes o papel de advogado do diabo).

      Podia ser que, com sorte, se exterminassem uns aos outros. Acho que o mundo ficaria bastante mais despoluído.

      Para sua informação, ninguém impediu nada – com grande pena do Mamadu, que queria muito vir exibir os seus “ferimentos de guerra” para a pressurosa comunicação social. Apenas houve uma contra-manifestação – algo que é tão democrático como a manifestação, excepto para facciosos.

      • Ernesto says:

        Caro Fernando, se fosse apologista do insulto gratuito, criava um facebook, por isso não vou responder à sua resposta ao meu comentário, que não faz menção a niguém, nem tão pouco a vª excelência, se quer!

        Já se quiser refutar algo que eu disse, esteja à vontade!Ficava-lhe bem.

        Mas seja cordial, por favor. Não o conheço de lado nenhum!

        • Fernando Manuel Rodrigues says:

          Caro Ernesto:

          Se foi você que escreveu: “Parabéns também aos imbecis que acham que isto tem a haver com o padre ou raio que o parta!” acho que, antes de exigir desculpas, deve pedi-las. Depois, eu “apenas” lhe chamei faccioso. Peço desculpa se acha o epíteto insultuoso, mas se não que ser chamado faccioso, não se comporte como tal.

          Refutar o que disse, já refutei. Ora leia lá outra vez. Pista: Está no terceiro parágrafo, o que começa com “Para sua informação, ninguém impediu nada”.

          E para terminar, não se escreve “tem a haver”, mas sim “tem a ver”. Está a ver?

          • 🙂

          • Ernesto says:

            Que confusão para aí vai nessa cabeça, caro Fernando.

            Eu disse isso, porque me parece uma imbecilidade, tendo em conta o sucedido, estar a discutir o Padre, e não a liberdade de expressão. Há prioridades, e cada um tem, legitimamente, a sua. Por exemplo, a si serviu-lhe logo a carapuça. Não disse que você é imbecil!

            “Os organizadores da manifestação falaram com agentes da PSP que estavam no local, explicando que queriam ter acesso à estátua. “Pediram-nos para esperar”, conta Mamadou Ba. Durante duas horas, esperaram que o grupo de extrema-direita saísse de lá. Segundo Mamadou Ba, o número de pessoas que integrava o bloqueio da extrema-direita foi aumentando ao longo da tarde. Mas a polícia acabou por não fazer nada e o grupo de extrema-direita não saiu da praça. Por volta das 17h, a manifestação convocada pela Descolonizando desmobilizou-se, sem conseguir realizar a acção.

            A PSP não confirma esta situação. “Ninguém impediu qualquer acção”, disse ao PÚBLICO o comissário Pimentel, que não foi capaz de informar se o grupo de extrema-direita tinha comunicado a contra-manifestação, remetendo a questão para na sexta-feira e para o departamento de relações públicas.”

            Como é que você, tendo em conta a noticia, consegue dizer algo como isto:
            “No caso de Charlottesville, parece-me que a manifestação foi uma cilada dos supremacistas brancos (como aqui acho que era também uma cilada da SOS Racismo) para provocar confrontos”

            Acha mesmo que o Mamadou queria “provocar confrontos”?
            Não acha que está a ser faccioso?

            E para terminar, ainda que não estejamos num fórum da porto editora, em que dicionário é que viu que “páram” é uma palavra da língua Portuguesa?!? Está a ver?

          • Fernando Manuel Rodrigues says:

            Portanto, confirmado que está, pela PSP, que ninguém impediu o que quer que fosse, aguardo o seu pedido de desculpas, uma vez que armou em “virgem ofendida” e disse não ser “apologista do insulto gratuito”.

            Se acho que a manifestação era provocatória, e que o Mamadu queria arranjar sarilhos? Claro que acho – qualquer pessoa racional achará isso, ainda para mais vindo de onde vem. Estragaram-lhe a “festa”…

            Quanto ao “páram”, eu enganei-me num acento. Você, claramente, não sabe distinguir o verbo haver do verbo ver. Está a ver?

    • Ernesto says:

      Exacto, vou pedir desculpa por não ser apologista do insulto gratuito, até porque isso fazia todo o sentido…

      “Se acho que a manifestação era provocatória” – Pois aí é que está! A manifestação dos supremacistas brancos em Charlottesville, com cânticos de morte a judeus e negros, não era provocatória, na sua visão! Está a ver?

      Porque é que acha que o comissário Pimentel “não foi capaz de informar se o grupo de extrema-direita tinha comunicado a contra-manifestação”? Eu, como ser racional, acho que é porque sabia que a resposta era NÂO!

      E se se baseia na noticia para afirmar que não foram impedidos, como pode dizer que o Mamadou “queria arranjar sarilhos”, se na mesma noticia pode ler: “Pediram-nos para esperar”, conta Mamadou Ba. Durante duas horas, esperaram que o grupo de extrema-direita saísse de lá. Segundo Mamadou Ba, o número de pessoas que integrava o bloqueio da extrema-direita foi aumentando ao longo da tarde. Mas a polícia acabou por não fazer nada e o grupo de extrema-direita não saiu da praça. Por volta das 17h, a manifestação convocada pela Descolonizando desmobilizou-se, sem conseguir realizar a acção.”

      Eu se quisesse arranjar sarilhos, não fazia como o Mamadou, ia para frente de um desses Nazis de merda, com o meu cartaz bem alto! E atebte que, mesmo que o fizesse, estava apenas a exprimir um direito que tenho!

      Não percebo a sua lógica, mas deve ser como a verdade do Sócrates, é aquela em que você acredita!

      Deixe lá, conjugou mal um verbo, acrescentou um acento que nunca existiu no nosso dicionário, mas o meu erro foi pior, e peço-lhe imensa desculpa por isso!

      Bom fim de semana!

      • Fernando Manuel Rodrigues says:

        OK, pelo menos já pediu desculpas, o que não é mau. Mas contoinua a tentar, falaciosamente, colocar na minha boca algo que eu não disse. Eu não disse que a manifestação de Charlotesville não era provocatória – disse precisamente o contrário. Ora leia (está escrito acima, e vou citar aqui: “No caso de Charlottesville, parece-me que a manifestação foi uma cilada dos supremacistas brancos (como aqui acho que era também uma cilada da SOS Racismo) para provocar confrontos”

        Não houve confrontos, e ainda bem. Felizmente, a polícia de cá chegou para as encomendas. Agora se você prefere acreditar na choraminguice do Mamadu (pessoa a quem não atribuo qualquer credibilidade) e não na polícia, “deve ser como a verdade do Sócrates, é aquela em que você acredita”.

  12. Tal como, em relação ao feminismo, a queima de sutiãs ou a sugestão da Joana Amaral Dias de zonas só para mulheres nos transportes públicos, também não havia necessidade de a SOS Racismo ridicularizar a causa meritória em que está investida com disparates como esta manifestação. O racismo existe, mais ou menos disfarçado, aqui e hoje. Concentrem-se nisso, que as pessoas decentes (a grande maioria, felizmente) agradecem.

  13. Temo que o sr. Mamadou Ba venha a chatear o Camões, já que este também teve escravos.

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