Mário Centeno já se demitiu?

Quando é notícia de primeira página dos jornais ou de abertura de um telejornal, a ida de um ministro das finanças ao futebol com o seu filho, presumo que um menor, supostamente com dois bilhetes oferecidos pela Direção do Benfica para a tribuna de honra, ainda não vi nenhum email escrito com o pedido formal dos bilhetes, se bem que isso não é deveras importante, torna-se perceptível, que para as nossas elites e a comunicação social que lhes dá voz e protagonismo, a Dívida, o Desemprego, o Déficit, as Exportações, o IRS, o IRC, o Investimento, se tornaram assuntos menores, sem qualquer relevância económica, social e política, perante as guerras intestinas do nosso futebol Tuga, ao qual não está alheio o fenómeno da arbitragem nos confrontos da primeira liga.
Se por um lado isso pode mostrar quão pobre de espírito é hoje a nossa comunicação social, agarrada a pintelhos, por outro lado isso acaba por engrandecer o ministro, que deixou de estar no centro das atenções por questões vitais para a nossa sobrevivência como Estado.
Daí ele ter sido convidado para “arbitrar” outros jogos que não o Benfica-Porto ou o Benfica-Sporting, na esperança de que Portugal seja menos prejudicado pelas “arbitragens” europeias, até agora dominadas pelos clubes do Norte, em especial um Holandês.
Como a maioria dos cidadãos se marimba de alto para o fenómeno do futebol, com excepção talvez da seleção nacional, preocupando-se mais com a sua sobrevivencia mês após mês, só me posso rir deste episódio tão patético, onde a raivinha da direita para com Centeno se misturou agora, com um anti benfiquismo primário.