diz Chomsky. Em Portugal, começaram a acreditar. Quando? Em Janeiro de 2012.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
diz Chomsky. Em Portugal, começaram a acreditar. Quando? Em Janeiro de 2012.
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
Mesmo que não se confirme, o facto de André Ventura apresentar o nome de Miguel Relvas como aliado diz-nos tudo sobre a farsa anti-sistema que o seu partido tenta vender.
de José Pacheco Pereira, regressemos a A São solidária e a função diacrítica de há uns tempos.
Ainda sou do tempo em que o preço do azeite subiu porque mau tempo, más colheitas, imposto é roubo e socialismo. Afinal, era só o mercado a funcionar.
Depois do debate Mariana Mortágua/André Ventura vários comentadores em várias TVs comentaram o dito, atribuindo notas. Sebastião Bugalho, depois de dizer que MM mentiu, diz que ela ganhou o debate. Desde que começou a escrever no Expresso, Sebastião Bugalho marcelizou-se.
Vivi tempo suficiente para ouvir o Ventura dizer que a IL é o partido dos grandes grupos económicos – o que também não é mentira – quando é financiado pelos Champalimaud e pelos Mello.
Depois de o PSD ter anunciado que Luís Montenegro não irá comparecer nos debates frente a PCP e Livre, surge a notícia de que o Sporting CP, SL Benfica e o FC Porto não irão comparecer nos jogos frente a Casa Pia, Rio Ave e Portimonense.
Todos lemos e ouvimos. Todos? A excepção é um canal de televisão cujo estatuto editorial pode ser lido aqui.
A Coreia do Norte tão longe e aqui tão perto…….
Ah! A culpa é da CS de Lisboa! Sim, porque nós somos dragões!
Hoje, isto. Há uns tempos, foi aquilo. E ninguém se queixa. É porque gostam.
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Mais uma das gloriosas Rymas Elegyacas em Omenagem ao Achordo Ortographico:
Se é certo que as pessoas
já não acreditam nos fatos,
O melhor é os alfaiactes
Passarem a fazer sapatos.
A notícia está em português do Brasil que o El País adoptou. Tudo normal, sendo assim.
Obrigado pelo seu comentário. O meu texto não é uma crítica directa a esta adopção de ‘fato’. Por isso, não há rodinha à volta do ‘fato’ do Chomsky. Todavia, é uma crítica indirecta: o texto do El País chega a um público portuguès e a um público estrangeiro que adopta português europeu como língua estrangeira. Aos dois públicos foi vendida a ideia de o AO90 contribuir para a “unidade essencial da língua”. Ei-la, não só aqui, mas também no sítio do costume (às 20h00 de Portugal continental, sai notícia acerca da alfaiataria oficial do Estado).
Quais fatos? Os de homem ou os fatos de saia e casaco? A que propósito o grande Chomsky se põe a falar de roupinha???
Segundo me disseram, mas não pude confirmar, Chomsky terá sido aprendiz de alfaiate em Filadélfia, no tempo em que o nome ainda se escrevia com Ph.
Foi assim que a teoria da gramática generativa se tornou num fato. E a prova é que muitos a foram obrigados a usar, quando esteve na moda aqui há uns trinta anos.
Só que “facto”, em Portugal, mesmo com “acordo ortográfico”, continua a escreve-se com c… Há é os mais papistas que o papa, que o querem vestir à brasileira!
Vestir um facto? E ele deixa? Os factos não são nus e crus?
Eu, cá por mim – mesmo não sendo um apreciador de fatos – sei que, para certos eventos, é de facto de bom tom adornar-se com um fato.
Aliás, nesta coisa do coiso – o dito “Acordo Ortográfico” – quanto aos seus pressupostos e intenções – convictamente atirado à cara dos portugueses pelos seus fazedores, até, por acaso, julgo que, de facto, tudo gira em torno do facto/fato e terá sido, mesmo, uma encomenda da justiça portuguesa ao senhor Malaca, que, para além de nos querer pôr a falar o português de Malaca – a desculpa ou pretexto – quis adequar o conceito de facto ao que de uma forma geral se passa nos tribunais, mais como fatos. Não é por acaso que se diz da verdade nos tribunais, que ela será a que ali for encontrada (o fato – como vestimenta e adorno), em detrimento, demasiadas vezes, da verdade dos factos (a realidade, nua e crua, não preparada) e, obviamente das vítimas.
Talvez, daí a pressa – mediante uma simples resolução em conselho de ministros – de pôr a coisa “AO” a funcionar e a vigorar nos organismos oficiais. Prontamente acatada, obviamente, pelos interessados em, espalhando a “malacata”, porquanto, doença da língua – veja-se o seus efeitos no Diário da República – estabelecer a confusão e a partir daí, para que conste nos anais da Nação, não mais haverá qualquer dúvida que o arranjo em tribunal será, sem sombra de dúvida, a única verdade – o facto, o real, desaparece e o fato, a vestimenta, aparece.
Acreditem em mim. Só pode ter sido assim, porque apesar de ilegal, o coiso (o dito “AO”) continua a vigorar e a justiça não se pronúncia sobre o assunto.
Sim? … estão a dizer-me dali que os magistrados estão demasiado ocupados com os seus problemas e com os assuntos da bola. Pois! … estou a ver!
Concordo inteiramente, Caro BENTO CAEIRO!
Os meus parabéns pelo seu comentário! Abraço anti-AO90
Vá lá mais uma Ryma…
Diz o Chomsky que as pessoas,
Já não acreditam nos fatos,
Porque as redes sociais
Andam cheias de boactos.
Não só as redes sociais, ZE LOPES; a verdade dos factos está a perder perante o virtual, porquanto também sob a forma de boato; que, demasiadas vezes, é tomado como facto e como verdade. Daí também o descrédito da justiça, ao não acatar as denúncias ou tomando como facto o que apenas é boato ou arranjo premeditado. Desprezando, intencionalmente, o que de facto é, mesmo, facto – a verdade dos factos.
É verdade! O fato é que os nossos magistrados cada vez mais desprezam os fatos! Deve ser porque ficam ocultos por debaixo das togas.
Afinal o título está correto! Os fatos costumavam ser sérios mas, ultimamente, há fatos muito mentirosos. Quando oiço um fato a falar fico sempre de pé atrás! Sabe-se lá se, de fato, o fato está a dizer a verdade!
Os “acordistas” têm com cada falácia argumentativa!
É verdade! Foi mesmo, recentemente, tipificada como doença. É a chamada “falacite acordeónica”.
Mas há cura! Se encarar o fato de modo sempre correto verificará, estupefato,já não estar tão circunspeto.
Nem nos vestidos!
…E, finalmente, após do anterior termos falado, não querendo ter a última palavra,apenas querendo terminar o relato:
o juiz, após ouvir as testemunhas/
Na sua divinal convicção/
Profere a sua decisão/
Dá os fatos como provados/
Ordena ao escrivão: Ata/
E manda o alfaiate Zé para a prisão.