Paulo Simões, cirurgião geral, apresentou a sua tese de doutoramento Evolução das Lógicas Institucionais no Campo da Saúde em Portugal. Trata-se de mais um contributo que servirá para continuar a confirmar (note-se: continuar a confirmar) os malefícios provocados pelo predomínio do empresarialês aliado à erosão organizada dos serviços públicos por parte de um bloco político que se apropriou do Estado para o esvaziar em proveito de interesses privados cuja sede de lucro é incompatível com o interesse do público.
Não é possível, portanto, duvidar da competência da empresa de demolições PS-PSD-CDS, gente que festejou, mais ou menos explicitamente, a troika. A Geringonça, no máximo, permitirá adiar ou disfarçar esta e outras realidades que correspondem a retrocessos civilizacionais em direcção a uma sociedade em que livres são apenas os mercados, mas não as pessoas, ou seja, o mexilhão. O PS, mal se apanhe com maioria absoluta ou com aliados mais queridos, aumentará a potência e a velocidade do camartelo, sempre e ainda com o apoio das instituições mundiais e europeias que clamam por “reformas estruturais”, o eufemismo que se refere à necessidade de ajudar os privados e as multinacionais a pagar menos e de reduzir o Estado social a quase nada.
Temos que estar atentos,eles já nos comeram a carne, vamos evitar que nos comam os ossos.
Texto avisado de António Fernando Nabais. Também não estava á espera de outra coisa de alguém que se percebe: “vê com os dois olhos”.
Sucinto mas claro, em especial no último parágrafo.
“O que determina a diferença entre o PS e a Direita, indiscutivelmente, é o Estado Social. Ou seja: se o PS embarcar na extinção, do modo que seja, do Serviço Nacional de Saúde, como está implícito nas palavras de António F. Nabais, saldar-se-á tal num suicídio político.”
Complementando aquilo que o autor escreve, sugiro um texto similar de outro blogue
http://www.faroldanossaterra.net/2018/02/05/alinhara-o-ps-com-a-destruicao-do-sns
à espera de outra coisa, de alguém …
Sucinto, mas claro.