Diz assim o anúncio:
e é da empresa JLL:
Impacto disto, já real, é:
E o resultado, também já real ou a caminho disso, é este:
Tudo, mas TUDO, se transforma em mercadoria. Vencem os poderosos.
É uma história muito simples. Tão simples e que tanto dói.
Há que aproveitar a ocasião
Mas isto é normal. É a evolução das cidades.
No passado, as cidades eram centros industriais; havia fábricas dentro das cidades. Hoje em dia já não há, as fábricas foram-se todas embora. Qual é o mal?
Atualmente vivem pessoas no centro de Lisboa. No futuro, o centro de Lisboa será um parque de diversões para turistas. Os habitantes e os serviços estarão alhures. Tal como as fábricas se foram embora de Lisboa, também os gabinetes governamentais e outros serviços sairão do centro de Lisboa, que ficará transformado num parque de diversões só para os turistas. Qual é o mal?
É natural que o presidente da Junta de Freguesia não goste nada disto, porque em Portugal as freguesias recebem dinheiro do Estado proporcionalmente ao número de eleitores recenseados nelas. Mas isso é um problema de distribuição de dinheiros que pode e deve ser resolvido, não é razão para se procurar impedir uma evolução natural.
Em Paris há uma Disneylândia que atrai bué de turistas. As pessoas não habitam na Disneylândia, a qual é um mero parque de diversões para os turistas se entreterem.
No futuro, os centros de Lisboa e do Porto serão umas espécies de Disneylândias para os turistas se entreterem. As pessoas morarão e trabalharão noutros sítios que não aí. Qual é o problema?
Nenhum Luís, nenhum.
http://bilbo.economicoutlook.net/blog/?p=31752
Como é que é possível sentir tão dessa maneira, Luís Lavoura ? …levante voo para mais alto !
Pois é, Ana, encontramo-nos sempre nestas encruzilhadas de noite escura e tempestade de medo e susto e aflição, como nos filmes de terror, aonde se assiste a doer muito, sim, a esta degradação da humanidade e da possibilidade de um modo digno justo e feliz de se viver neste mundo mas em que TUDO, sim, como diz, se transforma em mercado dessa minoria de monstros poderosos e criminosos que nos sufocam a esperança e as vontades fraternas e solidárias da partilha.
…e tudo a acontecer tão depressa e tão real !
Que nos reste ainda a esperança e as vontades, apesar de tudo.
Aquelabraço /