Cartoon: Taylor Jones
Do outro lado do Atlântico, na Land of the Free, a democracia continua a monte, com o cerco neofascista a apertar-se a cada dia que passa. Dos muitos atropelos que poderiam ser aqui destacados, que são cada vez mais e se sucedem a um ritmo preocupante, o que vos trago hoje prima pela bizarria e revela um país cada vez mais autoritário, paranoico e radical. Um país em processo de regressão civilizacional, onde grupos de fundamentalistas religiosos, políticos fanáticos e terroristas financeiros, que encontraram em Trump o bobo perfeito para animar o seu freak show sem escrúpulos, dão hoje cartas. Como nunca.
O que se passou a 21 de Maio, na fronteira com o Canadá, não está ao nível de violações de direitos humanos como as que se têm registado na fronteira texana, é certo. Tampouco se compara com a gravidade da forma negligente e infantil como Trump tem minado as relações diplomáticas com os seus aliados naturais. Mas é elucidativo do quão baixo desceu essa América construída por migrantes de inúmeras nações. Cedella Roman, de nacionalidade francesa, estava de férias no Canadá, na pequena cidade de White Rock, a poucos quilómetros da fronteira com os EUA. Certo dia, decidiu correr pela marginal da cidade e, sem se aperceber, alega, cruzou a fronteira e acabou por se encontrar com uma patrulha da polícia, que exigiu ver a documentação da jovem. E é aqui que o insólito começa.
Naturalmente, Cedella não tinha os documentos consigo, uma vez que estava a praticar desporto. Poder-me-ão dizer que tal não é justificação, que qualquer pessoa responsável deve sempre ter consigo pelo menos um documento identificativo, mas tal não parece um motivo suficientemente forte para prender a jovem durante duas semanas, num centro de detenção para imigrantes ilegais, a 200km do local onde foi detida. É desproporcionado, é embaraçoso para qualquer regime político que se considere democrático, é um absurdo. Chega a ser patético, motivo de chacota. Não acredito que a maioria dos americanos se reveja nesta completa estupidez.
O certo é que aconteceu mesmo. Os EUA prenderam uma miúda de 19 anos que, ao praticar algo tão ameaçador como uma corrida pela marginal, “invadiu” uns metros de solo americano e foi considerada uma ameaça, detida e enviada de imediato para uma prisão de imigrantes ilegais. Faz parte do novo normal da era Trump. O novo normal que justifica a separação de famílias na fronteira com recurso a argumentos bíblicos, ou que recentemente proibiu a entrada no país a Javier Solana, antigo secretário-geral da NATO e Alto Representante para a PESC, por este ter visitado o Irão nos últimos anos. Se isto não é bater no fundo, não sei o que será.
A existência arrogante e grotesca da era Donald Trump, que diz e se contradiz como não há memória na alta roda a política internacional e que lamenta não ser venerado publicamente como o mais violento ditador do planeta, o seu “talentoso” amigo Kim Jong-un, evidencia sinais de mudanças preocupantes no seio da sociedade ocidental. Mudanças devastadoras, com consequências imprevisíveis, que não se reverterão facilmente. Mudanças que inspiram os novos tiranetes europeus em Roma, Budapeste e Varsóvia, e que põem em causa décadas de paz e prosperidade no continente europeu, ainda que essa paz não encontre paralelo nas muitas guerras onde continuamos a manchar as nossas mãos com sangue inocente. Estaremos a pagar pelos nossos pecados?
Assiste-se a uma relativização do fenómeno fascista americano, de três formas distintas:
1 – Por um lado aparece um Trump que é acusado de ser a “besta da humanidade”, como se não existisse um passado histórico nos EUA que confirma a actual situação.
Desenganem-se. A costela fascista e provocatória americana não é de hoje. Já foram esquecidos os ataques a países soberanos e o desequilíbrio geo-estratégico provocado por uma política militar agressiva que se sobrepõe à própria ONU e faz tábua rasa do humanismo?
2 – Depois vem este miserável jornalismo que odeia Trump, mas não pode, nem sabe, viver sem ele.
3 – Para terminar a nulidade dos políticos não americanos – honra a Putin – que passam a vida a lamber o rabo e outras miudezas a Trump, enquanto lhe chamam tudo e mais alguma coisa.
Estamos num mundo de merda, governado por merdosos e publicitado por gente ainda mais merdosa que são a grande maioria dos jornalistas.
A causa de raiz para este descalabro, é a nossa falta de memória, a importação de um “modo de vida” que continuamos a julgar único em termos de qualidade e sobretudo, a hipoteca que os nossos políticos fazem da aprendizagem que a Europa adquiriu durante milhares de anos.
Concretamente esta Europa trocou o “know -how” adquirido ao longo de séculos pela quimera da “dolce vita”.
E ainda não abriu os olhos…Dá trabalho…
Começo de semana auspicioso…
Passo por aqui apenas para sacudir um resquício de caspa que acabou de se pousar no meu ombro …
Menos, com tanta unicidade por aqui, já tinha mesmo saudades de ti.
Ainda vieste a tempo, dão tardava, como se passa em outros lados, já só faltava colocar o poster e pedir Améns.
Mas eis que para minha felicidade e saúde mental, aqui estás.
Bem-Vindo sejas e agora vou dar o tema: “expliquem lá como o Pacto Germano Soviético, não foi um pacto e apenas foi um acto de esperteza por parte dos soviéticos, como um tal Paulo defende.
Depende o quando se acredita que Estaline era surdo e não ouvia o bigodinhos a dizer qual era o verdadeiro inimigo. Alias, ainda hoje, para os neo-nazis, os comunas e os judeus continuam a ser associados.
Daí a uma aliança…
“PACTO, ENTRE OS NAZIS E OS BOLCHEVIQUES, QUE TANTO OVACE PROVOCOU AO ÁLVARO BARREIRINHAS CUNHAL E AOS COMUNAS STALINISTAS PORTUGUESES, E QUE ESTES TANTOS MALABARISMOS CONTINUAM A FAZER NA TENTATIVA ANEDÓTICA DE O NEGAR”
Pacto Molotov-Ribbentrop
Tratado de não-agressão Germano-Soviético
Oficialmente: Tratado de Não Agressão entre a Alemanha e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Assinado 23 de Agosto de 1939
Local, Moscovo, RSFS da Rússia, União Soviética
Signatários, União Soviética, Alemanha Nazi
Línguas, Alemão e Russo
O Pacto Molotov–Ribbentrop, também conhecido como Pacto Nazi–Soviético, Pacto de Não Agressão Germano–Soviético ou Pacto de Não Agressão Germano Nazi-Soviético, foi um pacto de neutralidade entre a Alemanha Nazi e a União Soviética assinado em Moscovo em 23 de Agosto de 1939 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros Joachim von Ribbentrop e Vyacheslav Molotov, respectivamente.
A este pacto seguiu-se o Acordo Comercial Germano-Soviético em Fevereiro de 1940.
O pacto estabelecia esferas de influência entre as duas potências, confirmadas pelo protocolo suplementar do Tratado da Fronteira Germano–Soviético, alterado depois da invasão conjunta da Polónia.
O pacto manteve-se em vigor durante dois anos, até ao dia do ataque da Alemanha às posições soviéticas na Polónia Oriental durante a Operação Barbarossa em 22 de Junho de 1941.
Conheço o tratado, enganei-me um pouco nas motivações, tal como o Bento se enganou sobre as motivações da França/UK. É a vida.
Fizeram, como o resto das potências, para saírem a ganhar à custa dos outros.
https://www.quora.com/What-were-the-reasons-for-Joseph-Stalin-and-Adolf-Hitler-to-sign-the-Molotov-Ribbentrop-pact-outside-of-power-reasons
Mas também não tenho intenções de defender a USSR. excepto para dizer que a alternativa de ser disputada pelas outras potências não era grande alternativa.
Não esquecer nunca o papel da esquerdalhada que passa o tempo a zurzir regimes moderados e tolerantes para acabar sob a pata ou a confrontar-se com regimes autoritários.
Os falsos paladinos dos coitadinhos acabam a promover a sua proliferação ou a exercer o cargo.
A gente sabe que o Menos os quer espezinhar ainda mais, mas tem azar, a gete não deixa.
O problema, segundo JgMenos, é o facto de estarmos em presença de falsos paladinos dos coitadinhos. Sim, porque se fossem verdadeiros ele agradeceria piamente o que por ele fizeram…
O episódio do sr Solana só ilustra o facto de que os EUA são apesar de tudo um Estado de Direito, onde as leis se aplicam a todos. É claro que em Portugal um tal episódio é inconcebível – bastaria o sr Solana dizer ao agente fronteiriço “Você sabe quem eu sou?”, como uma vez Valentim Loureiro disse a um guarda que o ia autuar por estacionamento ilegal, para tudo se ter resolvido. Mas nos EUA a lei é a lei e Solana tem que a cumprir, por mais importante que seja ou tenha sido, e portanto, se esteve no Irão então não pode entrar nos EUA. É a vida.
Trump faz à imigração e ao muro na fronteira o mesmo que fazia Obama. A diferença entre Trump e Obama está na quantidade de vaselina que usam para sodomizar os media: Trump não usa!
João Mendes: Muito bem exposta a situação de nosso mundo. Até quando estes acontecimentos abusarão de nossa paciáncia?
CABEÇA SEM JUÍZO PAGA O CORPO
Tal como o mundo saído da Primeira-Grande Guerra produziu o fenómeno Hitler, o mundo pós Segunda-Guerra teria de produzir gente como Trump. E, tal como o primeiro teve grande aceitação, este também tem
A Sociedade das Nações começou por criar a situação que levou ao que hoje se passa na Palestina; os países árabes, que já vinham sendo humilhados, viram agravada a sua situação e apenas são vistos como e porquanto produtores de petróleo, do qual poderiam ser espoliados por quem tivesse o poder.
Por outro lado, as potências mundiais com o seus amigos de ocasião – caso dos países europeus – renderam-se por completo às politicas e interesses americanos e levam a guerra e o conflito aos confins da terra.
A que se juntou o agravamento da situação na Palestina, com o apoio de Trump – ao deslocar a embaixada dos EUA para Jerusalém -, com as atitudes da Arábia Saudita face aos seus vizinhos – com o apoio dos EUA e, mesmo de Israel. O apoio dado por estes aos grupos radicais islamitas – Daesh, Al-Qeda, tal como já fora com Bin Laden – só pelo facto destes serem contra o Irão xiita.
Por outro lado a Europa – amolecida, por ter ficado à sombra e subserviente dos EUA – só acorda quando vê as suas fronteiras invadidas por gente que se viu deslocada, precisamente pelas suas políticas e complacência: conflitos em África e apoios a Primaveras Árabes em países como a Síria e a Líbia – com morte Kadafi – já precedidas do ataque ao Iraque – com morte de Saddam Hussein – e tudo o que se tem seguido a partir daí.
Como é óbvio toda esta atitude de inquietação, por parte dos que antes colaboraram, a juntar aos problemas que desde há muito tempo tem nas suas fronteiras com o México – ao qual, como se vê, não são apontadas críticas pelo que lá se passa – levam o imperador a ficar inquieto e a querer mostrar que ainda controla o império: como é o caso da guerra económica.
Quando assim acontece, e tal como no passado, à asneira segue mais asneira e o circulo será imparável.
Agora uma coisa é certa, Trump, tal como o governo de cada nação, tem o direito e o dever de defender as suas fronteiras e de só deixar entrar quem quiser. Custe a quem custar, porque se não queremos entregar as nossas finanças ao interesses financeiros globais, também não podemos – com os mesmos resultados para os países – escancarar as nossas fronteiras.
Globalização é má em todos os sentidos, seja ela financeira ou demográfica e as nações, para seu bem e segurança, terão de defendidas para serem preservadas.
O problema… é que não há problema nenhum com a imigração tal como ela existe comparando com os nativos. Especialmente na América, onde adoram dar tiros uns aos outros.
Sim, Bento Caeiro, apenas não poderei concordar consigo qd afirma …” Trump, tal como o governo de cada nação, tem o direito e o dever de defender as suas fronteiras e de só deixar entrar quem quiser” …
Aqui entram os deveres de solidariedade em jogo, e os direitos humanos, e o problema humanitário da tragédia de pessoas como nós que fogem de condições extremas em que a sobrevivência em condições minimamente dignas não é possível .
Talvez que o Ocidente dito civilizado e desenvolvido tenha que se assumir como responsável por tantos problemas históricos em África e médio oriente, e que os países ricos se virem para que possam ser resolvidas nos países de origem as causas da migração dramática e trágica que está a acontecer e que se agravará .
Veja-se o que se passa desde há muito na Argélia em que soubemos agora de migrantes do sahara escorraçados pelas autoridades argelinas e obrigados a recuar e a morrerem aos milhares no deserto !
Problema demasiado grande e trágico para o mundo todo o que se está a passar, em que a maioria continua indiferente e insensível, desumanamente insensível …..mas a vibrar em excessos patrioteiros com futebol e outras mediocridades .
Veja e atente, e pode reflectir, que tem aí com quê , penso eu de que : http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2018/06/o-pequeno-chora-o-grande-rosna.html
Isabel, por muita boa vontade que tenhamos, o mundo é terrível e as nações não nasceram e não nascem da solidariedade entre elas: antes pelo contrário, nascem do conflito e da oposição – Catalunha, Portugal, guerras coloniais, etc; e, pode crer, sempre e sem excepções, as fraquezas de umas serão logo aproveitadas por outras – Kosovo, berço sérvio, roubado com apoio da NATO à Servia.
Eu, e muitos como eu, só não queremos ser apanhados pela atitude dos bonzinhos e idiotas-úteis. E é a esta fraqueza que a Europa está a ser testada neste momento e, pode crer, se fraquejar e não se mostrar forte – tal como existe – pode desaparecer.
Isto não impede, pelo contrário, implica uma atitude de apoio para com aqueles que estão – a maioria – nestas condições pelas políticas e acções levadas a cabo pelo dito mundo ocidental; também como é óbvio será de pedir e chamar à responsabilidade os governos locais e organismos como a ONU e a OUA.
Não serão, como é óbvio, as populações dos países europeus a terem de suportar tudo isto, mormente porque culturalmente pouco ou nada nos identifica e, mais do que isso – mais pela outra parte, como se tem visto (ataques na Europa) – nos opõe.
“Eu, e muitos como eu, só não queremos ser apanhados pela atitude dos bonzinhos e idiotas-úteis. ”
Excepto em ser uma boa, obediente e lucrativa colónia germânica.
Pela minha parte, identifico-me mais com os proletários estrangeiros do que qualquer pessoa que vá a Bruxelas, mas, dentro de limites, compreendo e aceito que discordem. Não concordo é que seja grande choque, somos bons a matar e a abusar uns dos outros com ou sem estrangeiros.
O outro problema é que calha a todos.
http://www.theportugalnews.com/news/portuguese-in-uk-complain-of-post-brexit-abuse/38703
O Javier Solana até merecia era logo ser mandado para a cadeira eléctrica, mas adiante.
É assim, felizmente hoje em dia temos o Google Maps
“www.google.com/maps/place/Border+Crossing+Sculpture/@48.9932816,-122.774006,11893m/data=!3m1!1e3!4m16!1m10!4m9!1m3!2m2!1d-122.7902875!2d49.0166581!1m3!2m2!1d-122.7576548!2d49.0039959!3e2!3m4!1s0x0:0xcdebbade59bd6384!8m2!3d48.9998309!4d-122.7549367”
Por aqui se vê que desde a Marginal de White Rock até à fronteira säo 3km, por estradas com muitos edifícios e marcos de fronteira. Nöo viu nada?
Näo me lixem, a tipa estava perdida ou estava drogada!
Näo admira que os polícias näo tenham acreditado nela…
O imbecil Trump faz muitas, mas esta da tipa… a culpa näo é dele.
Bento Caeiro. esta ” boazinha idiota-útil ” como apelida quem sente este problema como sendo de direitos humanos em causa, pergunta-lhe se, como afirma ” esta Europa está a ser testada neste momento e…, se fraquejar e não se mostrar forte – tal como existe – pode desaparecer.”
É esta europa que tem que ser forte como diz com comportamentos xenófobos cada vez mais entranhados trumpadamente de europeus deste exemplo revoltante ? :
https://www.dn.pt/portugal/interior/preta-de-merda-queres-apanhar-um-autocarro-apanhas-no-teu-pais-9517487.html
Ser forte é bater nos que não se podem defender, desde a primária até à morte.
Ser forte, Isabel, é defender as nossas fronteiras e não aceitar discursos e atitudes que, alegadamente, sendo solidárias mais não são que processos para nos levarem a aceitar o que muito rapidamente nos irá causar muitos problemas – como a entrada descontrolada de gente que nada tem a ver connosco e que, na primeira oportunidade, actuará contra os nacionais dos países que os recebam.
A maior parte da gente que por aí está a entrar, muito rapidamente lhe ensinará o que é um verdadeiro xenófobo.
Esta acusação vulgarizada de xenófobo – quando mais não se quer que defender o nosso modo de vida (Países, Nações) – faz lembrar a atitude dos judeus, quando alguém os ataca pela sua atitude para com os palestinianos: são logo chamados de anti-semitas – esquecendo mesmo que semitas são também os árabes.
Não esqueça Isabel, que não existe maior xenófobo que um portador de ideologia ou teologia intolerante (estas afirmam-se no ódio ao estrangeiro) e esses, agora, são os islâmicos sunitas (em relação a nós), e os sionistas (em relação aos palestinianos e aos xiitas).
… cansei, fique na sua !!!
No entanto atente e escute durante a sua sesta alentejana outro modo de se ser forte, os tais que classifica como ” bonzinhos/idiotas-úteis ”
por ex.
https://www.rtp.pt/play/p303/e353671/ultima-edicao
“como a entrada descontrolada de gente”
Ainda bem que ninguém fala nisso, então.
“como a entrada descontrolada de gente que nada tem a ver connosco e que, na primeira oportunidade, actuará contra os nacionais dos países que os recebam.”
Já deixamos entrar a família Merkel e a família Drumpf, tarde demais.