António Costa, primeiro-ministro dos banqueiros e das betoneiras:
“É preciso termos em conta que, quando decidimos fazer esta obra, significa que estamos, simultaneamente, a decidir não fazer outra obra”, avisou o primeiro-ministro. “Quando estamos a decidir fazer esta obra, estamos a decidir não fazer evoluções nas carreiras ou vencimentos”, reconheceu. [António Costa, citado pela TSF, ontem]
Ontem concluiu-se o ciclo de indiferenciação face à PAF e recuou-se, até, à guerrilha baixo-ventre dos tempos de Maria de Lurdes Rodrigues. O “tempo novo” cheira a bafio.
Já sabíamos que não há dinheiro para tudo. Há a banca para pagar e, agora, chegou a vez das construtoras do regime.
Poderíamos pensar que chegámos ao grau zero da política. No entanto, Cavaco Silva, o betonador do país que agora se lembrou que precisamos de mais filhos e de menos estradas, fez questão de nos recordar que nunca dele saímos.
António Costa caucionou ontem com aquele discurso populista, aquela velha máxima, que ele tanto repugnava na oposição, ou será que aquilo era tudo a fingir(?) – privatizam-se os lucros sempre que possível, e sociabilizam-se os prejuízos sempre que necessário. Dessa forma, o dinheiro nunca chegará de facto para nada, ou melhor, nunca chegará para as funções que estão cometidas ao Estado, que não é de certeza salvar bancos, instituições essas que se eximem logo que possam ao filtro da austeridade.
E eu achava que 80% das autoestradas do país tinham sido construídas depois de Cavaco Silva..
E eu achava que betonar o país era bem mais do que autoestradas. Não será por acaso que tivemos o Betoneira Amaral.
PS (sempre) igual a si próprio!
Não fora a Geringonça e muito mais haveria a apontar…
chegou a vez das construtoras do regime
A que construtoras e a que obras públicas se refere?
Que eu tenha conhecimento, não há qualquer grande obra pública em preparação, exceto o IP3 – uma estrada que há muito se sabe que esá altamente carente de intervenção.
Certamente que não será o Costa a fazer as obras no IP3.
É um poucochito mais do que obras de manutenção. https://www.rtp.pt/noticias/pais/ip3-em-obras-para-ficar-com-perfil-de-autoestrada_n1085094
Ver ver o que ainda sairá até ao final da legislatura. As conversas do aeroporto e dos comboios estão de volta.
Eu tenho saudades dos tempos em que se decidia melhorar a vida das pessoas, que este discurso de que nada pode ficar melhor já chega. Principalmente quando fica para a Mota Engil.
Sou bipolar em relação aos professores: consideração enquanto exercem a sua profissão, desprezo quando põem os óculos escuros e se transformam em manifestantes e grevistas.
Foi assim com Sócrates (MLPintassilgo), caladinhos com P.Coelho e aí estão eles de novo.
Por acaso, não uso óculos escuros, mesmo quando faço greve. Vou explicar-lhe uma coisa: é possível exercer a profissão e participar em manifestações ou em greves, desde que não seja à mesma hora. Aliás, o dever de um profissional desrespeitado é dar-se ao respeito, protestando, se for necessário.
Quanto aos professores terem ficado caladinhos com Passos Coelho, tem a sua piada, mas faz parte dos mitos criados pelo PS. Não se preocupe: os seus amigos do PSD/CDS também se queixam de que os professores só atacaram Nuno Crato. O arco da governação é muito queixinhas.
http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2018-06-04-Anterior-greve-dos-professores-igual-a-atual-durou-semanas-e-o-Ministerio-cedeu#gs.Ljs9AbE
http://anabelapmatias.blogspot.com/2013/12/todos-contra-pacc_18.html
CD, nunca ouviu dizer: fracos com os fortes e fortes com os fracos. Não que sejam fortes, mas tais como aqueles meninos cobardes que em grupo se mostram muito valentões, os professores actuam assim, porque se sentem escudados pela santa aliança onde entram PCP e BE; de contrário estariam escondidinhos nos seus buracos, a resmungar, é verdade, mas muito baixinho.
Também se sabe que os animais reagem de forma diferente, conforme detectam medo ou não. Haja um entendimento político em outros moldes – daí os medos do PCP e do BE – e o discurso e os procedimentos mudam logo de imediato.
Na visão do Bento Caeiro, o nivelamento deve ser feito por baixo. Ou seja, em vez de se procurar que todos melhorem, a luta deve ser para que todos fiquem igualmente mal. Significativamente, ignora a questão central, que é aquela colocada no título do post. Há dois tipos de pessoas que optam por esta linha argumentativa: os tontos e os que vêm fazer o serviço de propaganda. É escolher.
“porque se sentem escudados pela santa aliança onde entram PCP e BE;”
Porque são estes que os contractam para cargos públicos? Aprovam as leis? Nomeiam os juízes que decidem que leis são para cumprir? Decidem os serviços “mínimos”? Arranja,-lhes tachinhos?
Que raio de escudo inútil, então.
“Também se sabe que os animais reagem de forma diferente, conforme detectam medo ou não”. V. Exa lá sabe. Não deve é generalizar. As generalizações são sempre prejudicadas pela distorção da realidade provocada pelo(s) preconceito(s).
“MLPintassilgo”
V.Ex.a ficou tão nervoso(a) que até trouxe a Pintassilgo para assombrar a Rodrigues.
“Sou bipolar em relação aos professores: consideração enquanto exercem a sua profissão, desprezo quando põem os óculos escuros e se transformam em manifestantes e grevistas”.
Sim, V. Exa é bipolar. Parece que umas pílulas de lítio resolvem o problema. Uma dose baixa, já que V. Exa até nem apresenta os piores sintomas. Pior são aqueles que afirmam “sou bipolar em relação aos professores: consideração enquanto dão aulas, desprezo quando têm férias ou querem receber um ordenado e se transformam em trabalhadores”.
Um PS que não deixa os trilhos de longa data, de falsidade e dissimulação, estimulos às gentes que, oportuna, se especializa(ra)m em servir-se!, e presentear os poderes.
O senhor Bento Caeiro deveria juntar-se ao Miguel Sousa Tavares e irem juntos fazer uma terapia qualquer. Pobrezitos, alguém lhes fez muito mal. Reguadas? Orelhas de burro? Lamento esses traumas de infância e quem vos fez tanto mal…
Para estes iluminados, portanto, esta corja trabalhadora deve ganhar cada vez menos e trabalhar cada vez mais (e pagar cada vez mais impostos, já agora), a fim de que os lucros de bancos e grandes empresas não sejam beliscados.
Todas as conquistas de 74 começam a ficar nebulosas. Há aqui comentários que me levam muito para trás no tempo, aí para antes da Revolução Industrial, Feudalismo…