A voz menos autorizada para defender o SMO

Sou frontalmente contra o Serviço Militar Obrigatório, porque o cumpri. Respeito que outros possam ter opiniões diferentes, mas não quem o recusou cumprir…

Comments

  1. Miguel Bessa says:

    Á esquerda tudo normal. Muda o nome de robles para alegre, muda o tema, mas o princípio está lá. Leis para os outros que os próprios não cumprem. Todos têm deveres mas há uns que tem mais do que outros.

  2. Jorge says:

    O Manuel Alegre recusou o SMO? Porque diz isso? Nao gosto do personagem, mas creio que essa afirmação não é verdadeira

    • Rui Naldinho says:

      Eu também não gosto do personagem. Manuel Alegre recusou prestar o Serviço Militar no tempo da ditadura. Gostássemos ou não, era o Serviço Militar a que estávamos obrigados na altura.
      Independente das suas motivações políticas, concordo com o António. Não é a pessoa mais avalizada para vir falar deste assunto, sem que caia no ridículo. É óbvio que recentemente ganhou um processo judicial por difamação contra um ex oficial piloto aviador, da FA. Mas isso por si só não o torna uma pessoa credora de grande autoridade moral sobre o assunto em questão.

    • António de Almeida says:

      Ao que julgo saber, terá desertado. Peço desculpa se estiver errado.

      • Rui Naldinho says:

        Presumo que não tenha sido bem essa a situação ocorrida. Mas como é óbvio, como objector de consciência criou as condições para ser recambiado. Até aí, eu acho legítimo. Ninguém é obrigado a concordar com a guerra colonial. O que se passou a seguir é que me parece já pouco significante.
        Por outro lado, já não é tão legítimo vir hoje defender o SMO, quando ele se opôs ao mesmo, pois os jovens do século XXI também podem achar que o SMO é uma afronta à sua forma de encarar a vida.
        Eu discordo dessa postura. Mas isso sou eu que também fui militar

      • ZE LOPES says:

        1º – “Se “desertou” foi…militar!”; Ou não?

        E não poderão existir razões para “desertar”?

        Ou seja, a “não deserção” é um valor absoluto? Ou a “deserção” só vale para Coreanos do Norte, Cubanos, Russos e quejandos?

        V. Exa virou um cómico salazaresco, ó Almeida. Esta história tem barbas, já foi várias vezes desmontada, inclusivamente, em processos judiciais!

        Quem lhe disse que o Manuel Alegre “desertou”?

        E, já agora: se “estiver errado”, basta um pedidinho de desculpazinha de V. Exa., ó liberteiro? V. Exa. yem meios para indemnizar o homem (ou seja, o Manuel Alegre?)?

        Foi V. Exa. que aqui disse que, cumprindo o Serviço Militar Obrigatório o considerou inútil! Numa resposta a mim mesmo! Inútil só para si?

        Voltou então V. Exa. dos banhos para apanhar mais um “Hipócrita”! O Liberteiro Caçador de Hipócritas volta a atacar!

        A Liberdade pode esperar!

      • ZE LOPES says:

        Para que conste este comentário é obra de um irresponsável! No mínimo!

        • ZE LOPES says:

          Embora eu tenha de confessar que, aqui, existe um pleonasmo: um liberteiro responsável é coisa que não existe!

      • ZE LOPES says:

        E, já agora: pois, podia ter feito como Cunhal que não cumpriu o Serviço Militar Obrigatório porque o recusou e se exilou! Teria sido melhor, mas…

        • Ana Paula Horta says:

          Dantes o serviço militar servia apenas para combater quem não devia correndo o risco de morrer. Nunca foi pela defesa da Pátria. Era para defender interesses capitalistas e daqueles que foram para as colónias fazer dos pretos criados. É muito diferente de um SMO que servirá para defender Portugal e os portugueses de invasores. Não confundam o inconfundível. Portanto, sou a favor do SMO. Evita que jovens andem por maus caminhos, pelo menos enquanto o estão a cumprir, e aprendem a ser gente civilizada em vez de andarem em concertos, drogas e afins, deixando lixo por tudo o que é sítio. Já que os pais não os sabem educar haja alguém que o faça.

        • Ana Paula Horta says:

          Quando falar de Cunhal meta-se em sentido.

          • Carlos Almeida says:

            Tem razão, mas para a direitalha, no linguarejar de um coxo mental, que para aí papagueia de vez em quando, o SMO não lhe interessa.
            E percebe-se porque. Eles podem ser retrógados,, mas não são burros e aprenderam a não cometer o mesmo erro 2 vezes
            Sabem como é que se conseguiu tirar o sucessor do botas do poder, no 25 de Abril.
            Antes de 1957 ate 59, só entrava para a Escola do Exercito e depois Academia Militar os filhos dos militares, Juízes, Médicos, srs doutores e demais poderosos.
            Com os problemas da Índia, Angola etc a partir de 60, tiveram que que deixar entrar para a Academia Militar os filhos da pequena burguesia da província e até filhos de agricultores. Precisavam de carne para canhão e os filhos dos generais não estavam interessados.
            Enquanto nos anos de 57, 57 entravam na Escola do Exercito/Academia Militar cerca de 200 novos cadetes por ano, em 1961 entraram mais de 600 novos alunos e em 62 ainda mais. Todos eles filhos da “raia miúda” que nunca tinham tido hipótese dos filhos serem oficiais do Exercito, porque as vagas estavam cativas para os filhos dos Oficiais do Exercito e Médicos, Advogados, etc etc.
            Agora advinhem lá como é que sei disto ?

          • ZE LOPES says:

            Porquê? Era General? Mesmo assim não sei se ele quereria…ao contrário de muito labrego a que tive de o fazer, no SMO.

            Pois fique sabendo que o que digo no comentário é falso! Cunhal cumpriu o serviço militar, no caso numa “Companhia Diaciplinar” em Penamacor em 1939 (atualmente o quartel está musealizado para preservar a memória desses tempos. Conheci pessoalmente gente que, muito mais tarde, já nos anos 60 por lá passou

            Coloquei o comentário a ver se algum dos direitrolhas de serviço caia na esparrela.

  3. Paulo Marques says:
  4. Vila do Conde says:

    Pelo menos se conhecesse a obra do dito senhor não diria tamanho disparate. Nunca leu ” A Praça da Canção”. A ignorância é muito atrevida

  5. Manuel Félix da Costa says:

    Comentários??!
    Como disse alguém…. Fake news…!
    Mais uma vez a meter o pé na poça…

  6. antero seguro says:

    António Almeida impõe-se um mínimo de honestidade intelectual neste tipo de julgamentos não cedendo à demagogia barata. O serviço Militar deve ser obrigatório para servir os interesses do país ora acontece que ele respondeu à chamada e quando verificou que andava a matar e sujeito a morrer numa guerra de agressão e opressão a um povo que legitimamente se queria libertar dum colonialismo bacoco ele resolveu desertar. A tal contradição só existe mesmo na sua cabeça. Termino dizendo que não concordo com muitas coisa que ele Manuel Alegre fez enquanto como e enquanto militante do PS em que acabou por borrar o seu o passado.

  7. Carlos Almeida says:

    Caro Antero Seguro

    Concordo inteiramente consigo, mas comento a sua frase:
    “A tal contradição só existe mesmo na sua cabeça.”

    Não há contradição nenhuma. Na cabeça de certas pessoas, 44 anos depois do 25 de Abril, o Exercito e as FA em geral, só serviam antes do 25 de Abril, para garantir a manutenção do poder salazarista, o sistema colonial e outras coisas igualmente “democraticas”.
    Claro que ficaram tão surpreendidas com o facto do Exercito e a Marinha terem feito o que fizeram, que decerto ainda hoje não perceberam o que se passou.
    Se não houvesse SMO no dia 25 de Abril, se calhar este dia tinha corrido doutra maneira e hoje não estávamos aqui a discutir o SMO
    Ainda quanto ao voltar ao SMO. Se se recordarem, vão lembrar-se que foi a direita, pela mão do Dr Paulo Portas que acabou com o SMO. E não o fez apenas por demagogia e porque achava que os jovens tinham direito a não ter as suas vidas prejudicadas pelo SMO. Fê-lo por razões politicas, porque o SMO não interessa à direita e eles sabem isso. Só que não o dizem, têm aqueles escribas e papagaios a soldo, nos jornais e TVs que controlam, a lamentar a vida dos jovens se o SMO regressar.

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