O furacão político disfarçado de tempestade

António Costa aproveitou a situação de dormência mediática do país, causada pela tempestade Leslie e pela respectiva cobertura televisiva pensada para as audiências, para anunciar a aprovação do Orçamento de Estado 2019, para tentar remediar o caso Tancos e para fazer uma profunda remodelação do seu governo.

É clara a aposta no tempo mediático para resolver assuntos que, noutra ocasião, atrairiam atenção e escrutínio sobre si mesmos. Há neste truque político um certo ar de fuga ao debate. Outros também o terem usado não o torna menos merecedor de repúdio.

Quanto às substituições, é de reparar nas que não foram feitas. O problemático Ministro da Educação manteve-se no cargo, o que demonstra que as trocas e baldrocas a acontecerem no ensino e na relação com os professores têm o aval do governo. E a Ministra da Justiça irá continuar o mesmo rumo da não resolução da situação endémica de uma justiça que não funciona.

(Em cima Esq./Dir). Ministro da Defesa Nacional João Gomes Cravinho, ministra da Sáude Marta Temido. ( Em baixo Esq./Dir) Ministra da Cultura, Graça Fonseca e ministro da Economia Pedro Siza Vieira [Imagem e legenda: SIC]

Comments

  1. pois é, concordo com o texto, e resumindo vou para a parte final do mesmo: &, sr. costa, que tal 1 novo Ministro da Educação? que tal, 1 novo Ministro da Justiça? E, já agora, concomitantementre, se for possível: uma nova Educação e uma nova Justiça?
    Não achamos que já tarda, olhe que sim.

    & a gente, por aqui na mó-de-baixo, estamos a ficar 1 tanto ou quanto: impacientes.

  2. JgMenos says:

    Cenário preparatório de uma ano de ‘ares de direita e mamas de esquerda’.

    • Paulo Marques says:

      Dizer mal já sabemos que sabe, mas quer o quê, afinal? O problema era não seguir Bruxelas à risca, depois era gastar a mais em coisas que o PSD fez campanha e não investir, depois era não gastar dinheiro a melhorar serviços que a PAF ia cortar, depois era criticar sanguessugas ao mesmo tempo que se queria que se oferecesse parte do estado… alguma proposta aí no meio do vazio?

    • ZE LOPES says:

      Para quem ainda não saiba JgMenos acaba de ver reconhecido o título de DMT (Dono das Mamas Todas)! Não é surpresa, mas é incrível como demorou tanto tempo! País de burocratas!.

  3. JgMenos says:

    Para a economia da treta consumista, um advogado.
    Para a cultura progressista, uma que saiu do armário como afirmação política.

    Bons indicadores geringonços.

    • ZE LOPES says:

      Como é que sabe que saiu do armário? V. Exa. está lá dentro?

    • Paulo Marques says:

      Se ainda não percebeste que o consumismo e a dívida privada são o essencial do neo-liberalismo, tá muito má essa cultura. Não só já não é às escondidas, como é matemática da preparatória – se o dinheiro tem que sair do estado com superávit (com a impressora proibida) e a balança comercial negativa porque só pode haver poucas super-potências “competitivas” (além do “planeamento” fiscal), o guito há-de sair do bolso de quem?
      Cultura, cultura era investir no consumismo do que vem da Fox, presumo – ia dizer hollywood, mas aquilo é só muçulmanos comunistas gays disfarçados de judeus, como diz a trupe do Menos.

  4. JgMenos says:

    Energia há já que baste.
    Galamba=zero investimento.

    • Paulo Marques says:

      Com tanto obscurantismo, olhe que não.
      Quanto ao investimento, é o défice que o seu querido líder tanto queria.

    • ZE LOPES says:

      Não me diga que vai faltar a luz! Lá vamos ter que requisitar V. Exa. para pedalar ao gerador! É público que V. Exa. é um ás da bicicleta estática! O país não vai, certamente, notar qualquer diferença!

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