Declarações do deputado ubíquo:
- “Não registei a minha presença, não mandei registar, não auferi qualquer vantagem monetária”
- “Não pedi a ninguém para me registar tal como estou convencido que nenhum deputado terá feito mesmo quando no exercício de cargos partidários ao longo dos anos”
- “Sou um homem honrado, com mais de 30 anos de vida pública e nunca ninguém me apontou qualquer irregularidade”
- “Dada a dimensão mediática que este caso atingiu, todos deverão perceber que sou eu o primeiro a querer que tudo seja devida e rapidamente esclarecido”
O deputado mostra-se surpreendido pela dimensão mediática do caso. E que caso é este? Trata-se, apenas, da fraude quanto à sua participação num plenário do Parlamento. José Silvano não ver porque é relevante uma questão de ética, ocorrida numa casa onde se deve dar o exemplo, revela tudo sobre si mesmo. Não teme mas recusa-se a responder a uma questão muito simples: como é que alguém usou a sua password? Só falta vir a brigada do spin dizer que foi um ataque dos hackers russos.
“Só falta vir a brigada do spin dizer que foi um ataque dos hackers russos.”
Não se ponha a dar-lhes ideias!
É que agora na era das “e-toupeiras”, nunca se sabe quem serão os “russos” de serviço…
e qwe interessa isso
Ora bem, nesse caso é melhor fazer uma investigação detalhada dos logs para ver que “erros” há no sistema. A bem da república, claro.
PSD: Obrigado pelo striptease
É evidente que o comportamento de José Silvano levaria a despedimento por justa causa num trabalho como o da maioria dos portugueses. Rui Rio devia ter feito o que não fez com Barreiras Duarte: ter sido rápido a afastá-lo das suas funções internas. Mas tenho de fazer alguns agradecimentos. De tanto ler o Observador, o Correio da Manhã e os seus avatares nos vários jornais estava convencido que todos os trafulhas se acoitavam nas sedes do PS e que toda a hipocrisia comia caviar nos acampamentos de verão do Bloco. Foi preciso que a direita fosse liderada por alguém que não é do agrado dos acólitos do passismo, com boas relações nas redações, para que descobríssemos alguns tesourinhos deprimentes do PSD. E alguns já lá andam há tanto tempo. Mas há um pequeno dano colateral deste striptease da direita: a oposição. Os deputados do PSD que querem apear o líder antes de serem apeados das listas têm-se esquecido que há um governo e que estamos a um ano das eleições. Longe de mim querer acabar com esta solidão da esquerda, em que o BE e o PCP têm de fazer, por falta de comparência, de governo e de oposição. E mentiria se dissesse que sofro ao ver o PSD transformando no campo de batalha de Verdun. Mas quando acabarem os ajustes de contas, que o sobrevivente venha cumprir a sua função.
Daniel Oliveira
Já la dizia a minha avozinha: zangam-se as comadres, descobrem-se a verdades. E ainda bem, mas temo que nunca se saiba nada do que por lá se passou no tempo da “Múmia Paralítica”.
O controle das presenças na AR com a utilização de um instrumento tão pouco eficiente e falível como o sistema de login/password, e assim porque aquela malta está interessada que assim seja.
Agora foi o Silvano a ser apanhado, porque foi para um local publico e onde deveria saber que iria ser controlado. Mas quantos não estão na AR, assinam o ponto com a PSW e vão à vidinha deles.
Mas não haverá maneira melhor de garantir que a assinatura seja feita pelo próprio e ás horas a que foi etc etc. ?
Claro que há. Com os sistemas biométricos sejam os sistemas “baratos” com a impressão digital, sejam os muito mais caros, com o uso da foto da retina, como no Aeroporto de Lisboa, há sistemas para todos os gostos e preços. Mas isso não permitia baldas e vinham logo os que não estão interessados que se acabem com isso irão dizer que isso era uma intromissão e contra a liberdade individual etc . A cartilha liberal do costume.
No entanto quando saem/entram de Portugal para fora da Europa no Aeroporto de Lisboa, têm que se submeter a isso.
os sistemas “baratos” com a impressão digital
Será barato mas, creio, é ineficiente. Eu da última vez que fui tirar passaporte não me conseguiram tirar a impressão digital. Quando fui tirar o cartão de cidadão conseguiram, mas somente após muitas tentativas em diversos dedos. Segundo me informaram os serviços, isto é comum – há muitas pessoas que têm as impressões digitais muito indistintas. Imagine que eu precisava de mostrar a impressão digital para aceder a um sítio, poderia ser impossibilitado na prática.
Uso impressões digitais para desbloquear o meu telemóvel. Funciona rápido e bem. Sempre à primeira.
O leitores das impressões digitais funcionam mal, quando o(s) dedos dos utilizadores estão húmidos ou as mão foram lavadas pouco tempo antes. As impressões digitais são perfeitamente distintas e funcionam bem numa grande maioria dos casos, como por exemplo mencionou Cordeiro e na maior parte dos sistemas de marcação de ponto existente neste momento.
Que não haja interesse na implementação de sistemas de identificação mais fiáveis, isso é outro assunto.
Essa fraude de tentar mostrar que se está no local, é muito antiga. Os brasileiros há dezenas de anos que usam ao que eles apelidam da “técnica do paletó”, que consiste em deixar pendurado na cadeira o casaco do fato, para que pensem que está presente. Em vigarices, temos muito que aprender com os “gaçadeu”.
Não há coincidências. Por um lado existiu o caso das unhas e, por outro, há um conjunto de gente que perderá o emprego se Rio chegar às eleições. E, depois, houve este Silvano que foi apanhado com a boca na botija. É a vida, como disse um dia um grande estadista.
Continua a parecer-me tão grave o caso Silvano em si como o caso Rio Rio, com a bagatelização do assunto e a sua arrogância, pondo-se a falar primeiro em iogurtes e depois a responder em alemão ao jornalista que o questiona a respeito. Riem-se dos portugueses na cara deles e continuam no poleiro.
E perante este e outros casos a tantos níveis de desleixo e/de gozo no gasto de dinheiro público ainda há quem ache que esta malta tem interesse em gerir bem o meu dinheiro. Nem digo gerir bem ou mal, digo ter interesse nisso.
Quanto menos o estado me roubar menos filmes destes, ou de autocarros, ou de submarinos, ou de obras para a Lena haverá. É tão simples.
Pois, pois. É uma linda letra para um “samba de enredo”! O problema é que, quando V. Exa. possa ter o azar de ter uma doença oncológica só um “roubo” do Estado aos outros cidadãos o poderá salvar.
Senão experimente entregar o seu dinheiro a segurdoras privadas, logo, no seu fraco raciocínio liberalote, a tipos “com interesse” em “gerir bem”. Os seguros de saúde não gostam muito de gerir doentes. Ao fim de um mês acabou-se tudo e, se quiser, vá lá bater à porta do Estado. Se não houver dinheiro, ele que “roube” a outros.
Mas o caso de V. exa. não me preocupa, visto que estará prestes a fazer as malas para o paraíso Verde-amarelesco, agora dirigido por um “fascistoide evoluído” onde não é preciso gastar dinheiro para se ter saúde. Basta a praia! Em caso de cancro, recorre-se a uma Igreja de Qualuer Coisa, eles fazem milagres…mas alto lá! Em troca do dízimo! As chamadas para o céu estão caras!
Você ainda não percebeu que eu não faço por ninguém a figura que alguns como você fazem no post anterior sobre a Venezuela!
Saúde? O Silvano, o Sócrates, o portas tem o que a ver com saúde?
E se não roubassem tanto em impostos para pagar a brilhante gestão pública e os salvamentos a bancos, as pessoas poderiam ter a opção de ter ou não seguros de saúde! Se quisesse ou não entregar era comigo, não com alguém que segundo vocês sabe melhor do que eu onde eu quero gastar o dinheiro que eu ganho com o meu trabalho.
Se o estado sabe melhor gerir o meu dinheiro do que eu se calhar devia pagar 100% de impostos! É isso?
Muito concretamente, você acha que o Silvano ou o Sócrates tem mais interesse em gerir bem o meu dinheiro do que eu?
Qual figura? V. Exa. já me viu aqui algum comentário sobre a Venezuela?
BECITAÇÃO: “Se o estado sabe melhor gerir o meu dinheiro do que eu se calhar devia pagar 100% de impostos! É isso?”.
Apesar de estar consciente de que é uma pergunta retórica e que V. Exa. sabe a resposta, mas faz que é para ver se “lá chegamos”, tenho a resposta: Sim! Deve pagar 100%…do que, por lei do Orçamento produto da vontade dos representantes dos contribuintes, tiver de pagar. Depois pode lamentar-se como eu, mas primeiro paga.
Quanto ao enredo dos seguros de saúde o problema, Herr Bessa, é que as pessoas, se estiverem em risco de vida e o seguro os mandar às malvas vão inexoravelmente bater às portas do Estado, a quem se apressam a pedir desculpa das opções passadas e a pedir clemência, especialmente se for PARA OS FILHOS, por exemplo. Um tratamento oncológico custa muito dinheiro. Não há privado que o aguente, especialmente se for PARA TODOS e não para os que têm dinheiro para pagar.
BECITAÇÃO: “Muito concretamente, você acha que o Silvano ou o Sócrates tem mais interesse em gerir bem o meu dinheiro do que eu?”.
Resposta:Esta pergunta é retórica, não é? é só para ver se eu lá chego, não?
Mas eu respondo: O dever de contribuir para que os serviços à comunidade funcionem faz com que aquilo a que chama “seu dinheiro” não seja seu. Se não, diga que não quer estar protegido e monte uma polícia e um exército próprio.
Silvano? Sócrates? Não. Acho que o melhor para gerir o seu dinheiro seria o Coronel Ustra. Infelizmente já faleceu! Por isso…talvez o Moro, ou o Alexandre Frota, mas não é cá. O melhor é ir andando.
“Sim! Deve pagar 100%…do que, por lei do Orçamento produto da vontade dos representantes dos contribuintes, tiver de pagar. ” Não é por isso que deixa de ser roubo! Se estivermos 3 numa sala e 2 votarem que o outro lhes deve um “imposto” continua a ser democracia e continua a ser roubado.
“O dever de contribuir para que os serviços à comunidade funcionem faz com que aquilo a que chama “seu dinheiro” não seja seu. Se não, diga que não quer estar protegido e monte uma polícia e um exército próprio.”
Autocarros sem altura é serviço à comunidade ou poderia ser melhor se fosse privado? Etc… Etc..
Segurança. Defesa. Saúde. Pouco mais. O resto é roubo para comprar votos.
Ó Xô Bessa: V. Exa. desculpa aqui um admirador de torcionários, que quer roubar a liberdade ao seu povo porque 57 milhões, isto é, a maioria decidiu. E vem viver para um país onde a maioria decidiu que os serviços públicos deveriam ser maioritariamente assegurados pelo Estado, pelo que é necessário pagar impostos. E V. Exa. já não aceita as decisões dessa maioria, ou dos seus representantes, chamando-lhe… roubo. É o que eu tenho vindo a dizer: V. Exa. é masoquista! Prefere viver numa ditadura socialista, que lhe “rouba o seu dinheiro” em vez de no paraíso liberalesco Verde-amarelesco. Está aqui a mais, percebeu?
BESSITAÇÃO “Segurança. Defesa. Saúde. Pouco mais. O resto é roubo para comprar votos.”
Ah! Envergonhadamente, Xô Bessa…Afinal o Estado tem uma missão e nela inclui-se…a Saúde! Ahhhh! V. Exa. “lá chgou” com as minhas perguntinhas sobre o que lhe aconteceria se tivesse uma doença oncológica. Ou pior, um familiar seu, que não fosse tratado como devia ser por decisões de V. Exa. de entregar o que o Estado “lhe rouba” a uma companhia de seguros.
Companhia essa que, por ser privada e dona do “seu dinheiro”, imediatamente consideraria uma pessoa com um cancro como um prejuízo insuportável. Bem, resta agora…o “Pouco mais”.
E sabe quanto é preciso pagar de impostos para sustentar um sistema de saúde verdadeiramente universal? Está disposto a ser “roubado” para tal?
Uma pergunta, Xô Bessa: V. Exa. conhece algum sistema de transportes públicos digno desse nome que seja lucrativo sem receber um tostão do Estado? Se souber, diga!
É claro que é uma pergunta retórica. Eu sei a resposta mas é para ver se V. Exa. “lá chega”.
O estado não lhe rouba dinheiro porque não é assim que o dinheiro funciona, de todo. Sem estado nem havia dinheiro na economia porque não havia nada a dar-lhe valor.
Que o estado faça outsourcing dessa função a um BCE com requisitos idiotas não altera o essencial.
https://www.huffingtonpost.co.uk/lee-carnihan/uk-tax_b_17700084.html
“E perante este e outros casos a tantos níveis de desleixo e/de gozo no gasto de dinheiro público ainda há quem ache que esta malta tem interesse em gerir bem o meu dinheiro. ”
Como se sabe, o “privado” é que é bom a gerir. Começa logo no Banco PRIVADO Português, passa pelo BPN, BES e BANIF, continua nos colégios privados que vivem do Estado, passa nos hospitais privados que vivem do sistema público ADSE, segue pela EDP que pratica dos mais altos preços de electricidade e podia continua por aí fora.
Não ganhe juízo, não. Essa argumentação de palas está gasta.
uma casa onde se deve dar o exemplo
Só se fôr por isso, porque na verdade trata-se de um caso corriqueiro de fraude muitíssimo comum na sociedade portuguesa.
Ou seja, pretende-se que os deputados não possam fazer aquilo que metade da população portuguesa alegremente faz.
O Silvano e o Rui tratam este caso com ar de impunidade, de gozo e arrogante sobranceria.
E se os chateiam muito, além do ” Quem não deve não teme” levam com a argumentação em alemão e em uma das linguas nativas da Polinésia.