O Aventar não é de Esquerda

Há dois dias, saiu na SIC uma peça sobre Fake News. Não nos pronunciando sobre o conteúdo da peça, algo que apenas faz sentido em publicações individuais, dada a inexistência de uma linha editorial no blog, não podemos deixar passar em branco uma imprecisão jornalística, nomeadamente a afirmação sobre o Aventar ser “um blog de esquerda“.

O Aventar é, desde o seu início, um blog pluralista, com autores de todos os quadrantes, políticos e não só. Quem lê o Aventar com continuidade, poderá constatar que assim é. Cada autor publica sobre os temas que bem entende e quando acha oportuno. Daí poderá resultar um maior número de posts considerados “de esquerda” – tanto quanto estas categorias ainda sejam referenciais válidos. Apenas artigos assinados pelo autor Aventar constituem posições colectivas de comum acordo.

O Aventar é, há 9 anos, um espaço pluralista, de controvérsia e de saudável debate. E assim continuará a ser.

Comments

  1. Vade retro says:

    Vade retro

  2. Rui Naldinho says:

    O Aventar pode por princípio, não ser um blog de esquerda. Não vou discutir isso, pela simples razão de que não conheço os Aventadores, com a proximidade suficiente, do qual possa extrapolar quaisquer convicções ideológicas.
    Contudo, as circunstâncias dos últimos anos, nomeadamente os anos da troica; gostemos ou não, ainda estamos meio atordoados com os seus efeitos, vieram afinar um discurso mais distante e mais crítico, dos chamados partidos do centro político, ou se quiserem da direita liberal.
    Podem dizer-me que não foi o Aventar que mudou, mas sim o discurso ao centro, que se deslocou, ou se preferirem, se esvaziou, mas de uma coisa eu estou certo, aqui as vozes contra esta direita atual, tão saudosa do anterior regime e das velhas práticas, basta ver como se regozijaram com a vitória de Trump, primeiro, e mais recentemente com a de Bolsonaro, são em maior número. Isso satisfaz-me. Deixa-me pelo menos mais descansado.
    Já não é mau, nos dias que correm.

  3. Não percebi a relação “Peça da SIC”; “Fake news”; “Aventar”; “Blog de Esquerda”.

    • Lucinha Pisarro says:

      Konigvs,
      Eles queriam falar sobre o assunto é não sabiam como…
      Aí saíram com esta! Rs
      Só rindo mesmo!!!!

      • ZE LOPES says:

        Pois pois. Essa mistura de Nióbio com feijão com arroz do “Chef” Déjaller Bolsonaire (prato mais conhecido por “Nióbio à la Ustra Bolsoneuse”) dá muito para rir! Dizem que é um efeito secundário! è preciso ter cuidado!

    • Elvimonte says:

      Partindo do princípio que viu e ouviu a peça da SIC com atenção, causa-me estranheza que não tenha percebido. É que está lá tudo. Até o pedido feito a alguém que escrevia no Aventar, por personagem da direita, para lançar um ataque contra um político da… direita.

      • Não vi a peça da SIC… talvez o faça depois.
        Obrigado pelo esclarecimento.

      • j. manuel cordeiro says:

        “Até o pedido feito a alguém que escrevia no Aventar, por personagem da direita, para lançar um ataque contra um político da… direita.”

        Noto que viu a reportagem. Só lhe ficava bem ter acrescentado que o entrevistado referiu que não o fez. O que só eleva quem assim decidiu.

        • Elvimonte says:

          Então permita-me que seja rigoroso e passo a corrigir-me.

          Até o alegado pedido feito a alguém que, alegadamente, escrevia no Aventar, feito por alegado personagem da direita, para lançar, alegadamente, um ataque contra um alegado político da… direita, pedido esse que, alegadamente, viria a ser rejeitado.

          Com todo o alegado rigor, alegadamente.

    • j. manuel cordeiro says:

      “Não percebi a relação “Peça da SIC”; “Fake news”; “Aventar”; “Blog de Esquerda”.”

      O mote da peça foi falar do direita política e do falso relógio da Catarina Martins. Pelo meio, o jornalista achou por bem ouvir alguns bloggers, numa tentativa de ouvir a esquerda e a direita. Bom, falhou quanto ao blog de esquerda, mas acertou na escolha de vozes desses quadrantes.

      Mesmo assim, não se percebe porque razão se ouviram blogs neste contexto. Não era para ser uma amostra do espaço mediático, pois jornais, televisões e rádios não foram chamados à reportagem. E também não foi para trazer fontes de fakes news pois, novamente, jornais, televisões e rádios não foram para aqui chamados. E se estes, antes de todos os outros, foram fontes de fake news. Dantes chamavam-se boatos, assassínios de carácter e campanhas negras.

      O Fernando Moreira de Sá já explicou porque é que a reportagem é um completo tiro ao lado.

      https://aventar.eu/2018/11/12/a-que-sector-da-sociedade-portuguesa-se-destinam-as-fake-news

      O jornalista se quisesse fazer um bom trabalho não poderia ter deixado de analisar o caso Maria Luz. https://aventar.eu/tag/maria-luz

      Ou os casos das crónicas do Miguel Sousa Tavares com dados sabe-se lá de onde sobre a educação, só para citar um exemplo na imprensa.
      https://guinote.wordpress.com/2018/06/26/o-texto-completo-da-resposta-a-mst-esperando-eu-que-fiquemos-por-aqui/

      Ou o inenarrável Prós e contras.

      • ZE LOPES says:

        Há um lapso, J. Cordeiro: trocou o Sousa Tavares pelo Esteves Cardoso. Foi sem intenção, mas o seu a seu dono. Pelo segundo, mantenho consideração.

      • Já vi a peça da SIC, e de facto deixar os média de fora parece-me mal. Querendo dar a entender que o “mal” vem só dos blogues, quando não é verdade, e até a própria comunicação social portuguesa apelida a coligação de Esquerda de “Geringonça” tentando descaradamente denegri-la. Quero ver se passo na biblioteca para ler o artigo sobre Fake News do Diário de Notícias.

        No seu comentário creio que o Cordeiro quereria dizer, pelo link que deixou, Miguel Sousa Tavares e não o Miguel Esteves Cardozo.

  4. antero seguro says:

    Temos de perceber que a comunicação social escrita e falada está hoje completamente contaminada e submissa pelo que tem necessidade de catalogar os outros sempre na esperança que a a não cataloguem a ela. Quanto mais confusão, melhor eles vão levando a água aos seu moinho.

  5. Lucinha Pisarro says:

    Sei… rs
    Não é o que parece há anos!

    • ZE LOPES says:

      Já acabou? Já?

      Ah! Ah! AAaaaaah! Ai que a Lucinha é tão cómica! Ai que piada! Ai que nem posso! Ah! Ah! Aiiiii!

      Já não me ria tanto desde o discurso de vitória do Bolsonaro! Até chorei com aquela oração do Pastorício!

      Aliás, se sentisse o Alexandre Frota pelas costas eu também rezava!Ah! Aaaah!

      Vou ali beber um copo de Nióbio a ver se me passam os soluços!

    • Paulo Marques says:
  6. Miguel Bessa says:

    Ui ui. Não se pode catalogar um blog de ser de esquerda. Mas os autores mais participativos chamarem fascistas, racistas etc a quem discorda já está bem?

    • António Fernando Nabais says:

      Ui, ui, pode, pode, tanto pode que pôde. E o blogue pode responder, discordando (ou discordar é o mesmo que dizer aos outros que não se pode? Não é, pois não?). E os autores mais participativos podem chamar fascistas e racistas a quem quiserem, podem, esteja bem ou não esteja. Está bem assim ou queria com natas?

    • j. manuel cordeiro says:

      ” a quem discorda”
      Ser-se racista ou fascista não é uma questão de opinião ou de se concordar ou não. Ou se é ou não é.

    • ZE LOPES says:

      Esqueceu-se do xenófobo!

      Foi o que V. Exa me chamou quando a propósito de um louvor do Bolsoneiro (que V. Exa. aqui apoiou porque “evoluíu”) a um torcionário que chegou a torturar presos em frente a filhos crianças, lhe disse que, se estava farto de viver em democracia deveria dar às patas para o paraíso Verde-amarelesco. E levar consigo os peeneerres, Venturas e companhia!

      Ainda cá está?

  7. Paulo Marques says:

    A Sick é aquela coisa que tem um fetiche por inventar casos contra o FCP, fazer críticas políticas com dois pesos e duas medidas e paga ao MST? E que só critica a banca quando vão ao bolso do do dono?
    Acabaram os espelhos no pasquim, foi?

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