O pressuposto é travar a evasão fiscal. Como se sabe, esta é massivamente praticada por quem mantém contas de 50 mil euros em bancos nacionais. A fuga ao fisco não vem de quem tem os meios para usar offshores e para adquirir bens urbanos e rústicos a pronto pagamento, por exemplo.
Na prática, o que vai acontecer é uma coisa muito simples. O fisco vai ficar a saber se há espaço para aumentar ainda mais os impostos. Afinal de contas, se a alguém sobra 50 mil euros parados no banco é porque os impostos não levaram tudo, havendo espaço para optimização.
Para memória futura, a “medida contou com os votos favoráveis do PS, do BE e do PCP. O PSD votou contra e o CDS-PP absteve-se“. Sublinhe-se que o partido dos contribuintes (*) se absteve.
(*) Quem por curiosidade visitar os “pingback” deste “link” descobrirá que os posts referenciadores foram apagados. Mas a Internet não perdoa, como se regista aqui e aqui.
A constatação a que se chega com esta Lei, aprovada com pompa e circunstância pelos geringonços de serviço, “como se dessem um passo de gigante para acabar com a malandragem”, é a de que se privilegia a caça ao pardal, em detrimento dos “abutres e falcões”, provavelmente espécies protegidas pelo Poder político e pela Justiça Tuga, como aconteceu recentemente com Duarte Lima.
Duarte Lima recebe na sua conta um depósito de 5 milhões de euros, da conta de Risalina Ribeiro. Afirma que este dinheiro provinha de serviços jurídicos prestados à cliente (engana-me que eu gosto!), entretanto assassinada. Como o ónus da prova cabe à falecida, ex proprietária do dinheiro, fica a “dúvida irredutível”, de como é que aquela massa toda foi parar à conta dele.
Se estes gajos fossem mas é à merda, não seria pedir muito.
A campanha em curso de qualificar os geringonços como os protectores dos coitadinhos tende a passar a ideia subliminar que se vigiam desde já os ricos acima de 50.000 euros e que o futuro trará provavelmente o seu confisco.
Comunada sem tomates para revoluções joga com os seus mitos.
O quê? Uma prédica na Igreja Universal do Reino da Coelha à quinta-feira? Há! Já sei! Estava prometido o milagre da fruta! Há tomates e tudo! A Coelha seja louvada, carago!
Não me parece descabido achar “O fisco vai ficar a saber se há espaço para aumentar ainda mais os impostos.”…
Não sei qual é a capacidade de um país, mesmo de grande dimensões, atacar o regabofe que são os offshores.
Uma coisa acredito, se a Europa e a América do Norte fossem essas democracias tão fantásticas, como alguns acham que são, faziam guerra aos offshores e veríamos como acabava.
Não acredito que os offshores durassem muito tempo…
Mas depois como é que os Salgados e os políticos vendidos escondiam o dinheiro das falcatruas?
Os offshores não são uma mera questão económica, são também uma questão democrática!
Exactamente!
Está bem, blá blá blá
Acabar com as zonas negras ou cinzento carregado devia ser a prioridade, mas isso não é coisa que se aguarde mto de um PS que continua a servir algumas castas
É necessário criar instrumentos que combatam a evasão fiscal. Não falta gente com patrimônio de milhões sem justificada a sua origem. As manifestações de fortuna ao dispor do fisco é das ferramentas mais eficaz para repor alguma justiça mas, há muitos outros caminhos que os poderes caciqueiros impedem de trilhar: empresa na hora, a reposição de imposto de selo sobre as grandes fortunas, a revisão dos regimes de mais valias que castigam quem vende a casa de uma vida e dá autênticas borlas a outras e a revisão do sistema de tributação por métodos indiretos que só beneficia quem não colabora ou de má fé não declara o que deve, são exemplos. O dever de pagar impostos num regime democratico não pode subalternizar-se a uns ditos direitos de sigilo que a mais das vezes pelas piores razões apenas dão avanço a uns milhares de velhacos que faz da maioria de todos parvos. Neste particular o ônus da prova devia até inverter-se fazendo jus ao dito: quem cabrito vende e cabras não tem…
Andar à caça de quem tem 50 mil euros é procurar riquezas onde eventualmente se pratique evasão fiscal? Está bem, está. Não sei em que mundo é que você vive, mas no meu nem para pagar um T0 em lisboa dá.
Os “socialistas” muito responsáveis não querem saber se as pessoas têm muito ou pouco. A UE manda ter as contas certinhas e eles tiram a quem se manda que se tire, a bem da carreira.