E as aulas de Religião e Moral, deputado Bruno Vitorino? Também têm que parar?

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Perante o anúncio de uma sessão de esclarecimento sobre questões de género e LGBTI, feita no âmbito da disciplina para a cidadania e igualdade de género e sem carácter obrigatório, o deputado Bruno Vitorino (PSD) soltou a sua indignação no Facebook, numa publicação entretanto desaparecida em combate, vá-se lá saber porquê.

Ao ler esta publicação, de um deputado que, à partida, será um tipo esclarecido e dotado de inteligência, lamento desde logo que Bruno Vitorino ache que miúdos de 11 anos sejam alguns ignorantes que devem ser deixados em paz, porque, imagino, achará o senhor deputado que podem apanhar alguma doença, se confrontados com a realidade LGBTI, ainda para mais no contexto de uma disciplina que aborda o tema da igualdade de género. A partir de que idade poderão, no entender de Bruno Vitorino, ser as crianças portuguesas expostas ao perigo da existência da homossexualidade? Será que o simples facto de assistirem a tal sessão os homossexualizará?

Assim sendo, pergunto eu, então e as aulas de religião e moral? Podem os adultos (e as conferências episcopais, que aparentemente têm uma palavra a dizer no sistema de educação de um estado laico) avançar sobre este campo junto de crianças? Com associações religiosas à mistura? Sem que o deputado Bruno Vitorino se indigne???

Poderia também perguntar “Que porcaria é esta?”, mas não quero usar da mesma rudeza e deselegância do ilustre tribuno, ainda que me faça alguma confusão que, desde tenra idade, se doutrinem as nossas crianças com contos e fábulas, que contrariam a ciência, e que, é meu entendimento, podem condicionar o seu desenvolvimento e a sua capacidade de distinguir realidade e ficção.

Felizmente, tanto as aulas de Religião e Moral, como as a sessões de esclarecimento como esta, dependem da autorização dos pais. E, espero eu, da vontade dos filhos de nelas participar. Em suma, só lá está quem quer. Mas, quer-me parecer, não era disso que se tratava. É que, a avaliar pela publicação em cima, tudo não passou deu uma jogada política, de carácter eleitoralista, num ano de várias eleições.

Senão vejamos: a decisão de organizar a referida sessão coube ao agrupamento escolar. Mas o deputado Bruno Vitorino aproveitou a oportunidade para se pôr em bicos de pés e gritar “VERGONHA GOVERNO SOCIALISTA” e “VERGONHA MINISTRO DA EDUCAÇÃO”. Mais do que a vergonha alheia que me causa tamanho oportunismo, vindo de alguém que tem obrigação de saber que nem o governo, nem o ministro, determinam este tipo de decisões, choca-me o aproveitamento e a demagogia, a roçar o fanatismo, que a explosão de Bruno Vitorino encerra.

Por outro lado, desde quando é que uma associação deve ser impedida de interagir com o ambiente escolar? Acaso existem áreas ou temas proibidos? Que espécie de democracia defende um deputado que se opõe a que uma associação LGBTI vá a uma escola falar de temas relacionados com a sua área de intervenção? Era importante perceber onde quis o deputado chegar com as suas declarações, sob pena de serem interpretadas como uma acusação de que a referida associação se preparava para forçar os alunos daquela escola a serem homossexuais. Se assim fosse, tal associação deveria ser sancionada e impedida de entrar em qualquer escola. Caso contrário, o deputado deve um pedido de desculpa à associação e outros aos portugueses, por querer fazer deles parvos, em nome de uma agenda eleitoral e ideológica.

Comments

  1. Miguel Bessa says:

    Estamos então a colocar a religião e as causas LGBT no mesmo patamar?
    Ok. Realmente. São ambas dogmáticas e doutrinárias! Pelo menos atualmente a inquisição católica já não existe.

    A alienação é tanta que leva a confundir os valores judaico cristãos de igualdade e respeito pelo outro com as “causas”. Nem percebe sequer que se há valores que conduzem ao respeito inequívoco pelas causas lgbt são os valores judaico cristãos!

    • Luís Lavoura says:

      os valores judaico cristãos de igualdade e respeito pelo outro

      Deve estar a gozar!

      A igualdade e o respeito pelo outro são valores atuais, presentes, que nada têm a ver nem com o judaísmo (que, pelo contrário, é altamente desigual – o judeu distingue-se do gentio) nem com o cristianismo (que em fases passadas foi tudo menos respeitador do outro).

      • Fernando Manuel Rodrigues says:

        Nasceram, portanto, de geração espontânea? Por acaso sabe alguma coisa sobre o Cristianismo e a doutrina de Cristo (para além das “fases passadas”).

        E que dizer das “fases passadas” do comunismo/marximo/leninismo? Parece-me que também não são nada abonatórias.

        • ZE LOPES says:

          É o chamado “argumento Portocarrero (de Almada)”:

          “Por acaso sabe alguma coisa sobre o Cristianismo e a doutrina de Cristo (para além das “fases passadas”) (?).

          Pois é. Quando alguém coloca o dedo na ferida “não sabe nada” sobre cristianismo.

          Devolve-se ao remetente:

          “Por acaso sabe alguma coisa sobre o Marxismo e a doutrina de Marx (para além das “fases passadas”)?.

          • Fernando Manuel Rodrigues says:

            Por acaso… sei. Já por lá passei, mas fiquei esclarecido. “E que dizer das “fases passadas” do comunismo/marximo/leninismo?”

            Devolvo novamente ao remetente. Se quiser ajuda com a “contabilidade”, é só dizer… também se arranja.

        • ZE LOPES says:

          Pois olhe que ninguém diria!

    • ZE LOPES says:

      E devem ser também os “valores judaico-cristãos” que levaram V. Exa. ao “respeito” por um tal Bolsonaro que louvou publicamente, em pleno Congresso, um torturador – o Coronel Ustra – que chegou a torturar prisioneiros e prisioneiras em frente aos filhos crianças!

      Ou seja: “estamos” então a colocar a religião e a tortura no mesmo patamar?

    • Ricardo Almeida says:

      Claro que não!
      A religião é algo criada por humanos e para humanos. Por muito que os beatos chorem, a bíblia (assim como o corão e demais textos “divinos”) foram escritos por humanos e como tal são o resultado da sua imaginação. Não se sabe bem por quem mas a beleza do conceito de fé é tornar tal facto irrelevante. Logo, por definição, esta é opcional e subjectiva. Daí que volta e meia apareçam “convertidos”, que é basicamente malta que decidiu mudar de fábula favorita. O facto de o fazerem sem qualquer problema ou penalização diz mais sobre a irrelevância e a natureza imaginária da religião que outra coisa.
      Por outro lado, ao contrário da religião, as pessoas não escolhem a sua orientação sexual, também ao contrário do que os religiosos acreditam (que estranho). É algo que acontece. Pode ser biológico, pode ser social ou quiçá até uma combinação de ambos, mas o que é certo é que, tal como a raça e o sexo, é algo que nascemos com e há que lidar com isso de forma natural.
      É exactamente a naturalidade que se vê no espectro de orientações sexuais face à artificialidade religiosa que torna estes dois conceitos incomparáveis. Ridículo é as escolas contarem com uma disciplina, ainda que opcional, para cobrir uma necessidade fictícia enquanto mantém os alunos alegremente ignorantes face à realidade, que em alguns casos até é a deles.

      • Fernando Manuel Rodrigues says:

        “Por outro lado, ao contrário da religião, as pessoas não escolhem a sua orientação sexual, também ao contrário do que os religiosos acreditam (que estranho). É algo que acontece. Pode ser biológico, pode ser social ou quiçá até uma combinação de ambos, mas o que é certo é que, tal como a raça e o sexo, é algo que nascemos com e há que lidar com isso de forma natural.”

        Ena pá.. Temos aqui mais um “cientista” cheio de certezas. Já agora, porque não manda uns bitaites também àcerca das Leis e do Direito. Assim como assim, este país de repente descobriu que está cheio de gente que sabe tudo sobre tudo e mais alguma coisa.

        Desde a Biologia até ao Direito, ele há “especialistas” a crescer por cá que nem cogumelos depois de um dia de chuva.

        • Paulo Marques says:

          Não é preciso ser especialista, mais depressa se cria 10 suicidas do que se (faz de conta) que se muda a orientação sexual.

        • Ricardo Almeida says:

          A sexualidade é um espectro e não uma escolha binária como os religiosos gostam de dizer a si próprios para conseguirem adormecer. Não é nem uma escolha nem muito menos binária. Custa-me a crer tal alarvidade, principalmente em países onde homossexuais enfrentam a morte diariamente, fruto de legislações homofóbicas. Se realmente fosse uma escolha, eu diria que as chatices não compensam a curiosidade, mas isto sou eu que gosto de não estar morto.
          Mas isto é algo facilmente provável, até fora da espécie humana. Experimente esticar o seu conceito de informação e cultura para além do que lê na bíblia e depressa vai reparar num mundo que nada têm a ver com o imaginado pelos senhores que a imaginaram (milhares de anos atrás ainda por cima…).
          Apesar de o deixar irado, nada disto é subjectivo ou pessoal: são conclusões empíricas, muitas formuladas por pessoas muito mais experientes e sábias que a minha pessoa.
          Que os fanáticos religiosos passem a vida com palas nos olhos para não arriscar ferir as suas delicadas sensibilidades morais, não é problema meu.
          Triste mesmo é alguém andar uma vida inteira sujeito a preconceitos que não são mais que frutos da imaginação de escribas aborrecidos nas margens do Jordão à uns quantos milénios atrás…

          • Fernando Manuel Rodrigues says:

            Resumindo… Não sabe pevas sobre o assunto (nem sobre os demais que abordou nesta segunda publicação). Leu umas tretas numa cartilha, e depois vem para aqui debitar um chorrilho de disparates, complementados com os habituais adjectivos “cartilheiros”.

            Enfim… o costume. Esperar por mais seria esperar demais.

          • Paulo Marques says:

            E, no entanto, membros humanos do mesmo sexo continuam a ter relações, tal como em muitas outras espécies de mamíferos. Malditos comunas.

    • Paulo Marques says:

      «os valores judaico cristãos de igualdade e respeito »
      Desde que se seja uma combinação (que varia, pouco, ao longo do tempo) de branco, homem, da família correcta, só se foda para a procriação, virgem antes do casamento, se apoie a morte dos infiéis, vá à igreja todos os domingos bem arranjadinho, não se ponha em causa o sofrimento do plano divino, nunca se questione os pecados da batina, se aceite que a mulher é propriedade do homem, e por aí adiante, é só igualdade e respeito.

  2. Rita says:

    O Marxismo adoptou o Pós-Modernismo como estratégia de destruição da nossa Sociedade Ocidental bem escorada nos valores de Liberdade e Morais que evoluíram dos valores Judaico-Cristãos.
    Pois podem tirar o cavalinho da chuva que apesar de terem infiltrado as instituições como as universidades de pseudo-intelectuais que propagandeiam tudo o que lhes cheire a destruição ao nossos valores e “way of life” , serão rechaçados pelo simples povo que contem em si e nas ancestrais tradições mais sabedoria que os vossos Derridas, Foucaults e todos os outros que por inadaptados e cheios de problemas mentais nunca se sentiram aceites , teorizando por isso que toda a sociedade devia ser arrasada ( daí o Marxismo os terem adoptado como mentores ).
    Enfim… a moda passará e mais uma vez ficarão na História como responsáveis por estes tempos ridículos.

    Rita

    • ZE LOPES says:

      Absolutamente de acordo! Nem sei como há gente que ainda liga a esses Derridas e Foucaults, gajos que levaram uma vida dissoluta e que se governaram à custa da caridade alheia.

      Derrida poucas vezes saíu da tasca que frequentava em Montmartre. Só o fazia para se colocar à porta de uma ou outra universidade a entregar papéis a quem contriibuía para os copos. Fez a mesma figura por esse mundo fora. Numa das vezes, na Pontifícia de São Paulo, como eram católicos, convidaram-no a entrar, por caridade. Estava em tal estado que a assistência se sentiu embriagada pelo discurso. Era caipirinha a mais.

      Também passou uns dias à entrada da Porta Férrea de Coimbra até que os archeiros expulsaram para a saudosa tasca do Pratas. Passando por lá, o Reitor achou-lhe piada e levou-o a dar uma volta pela Sala dos Capelos, onde roubou uma borla e ficou automaticamente doutorado.

      Foucault não era menos inadaptado. Ainda escreveu uns livros sobre coisas e tal mas cedo viu que o que estava a dar era o sexo e foi por aí. Escreveu uma “História do Sexo” em três volumes que começa com uma data de gajos barbudos e gajas peludas a transar numa caverna , passa por uns reis barbudos e umas cortesãs peludas a transar num palácio e acaba com uma data de barbudos a transar com uma data de peludas num quarto, mas com transmissão direta no instagram.

      Derrida nunca escondeu que queria ser corretor de bolsa, mas nunca o aceitaram por falta de gravatas. Foucault não escondia a ambição de ser cabeleireiro mas nunca acertava com o “rinse”. Mais inadaptados não podia haver.

      Quando um dia se encontraram, prontamente combinaram em arrasar com a França toda e depois com o resto. Para começar ainda tentaram deitar o fogo à Torre Eiffel mas não conseguiram devido á pronta intervenção dos coletes amarelos.

      O nosso “way of life” vai triunfar! Ou não fosse V. Exa. uma reconhecida astróloga, a Professora Doutora Mestre Rita, Grande Medium Vidente com poderes herdados dos magos dos antigos iImpérios do Senegal e Gabú que afasta e amarra pessoas com toda a “souplesse”, resolve problemas de alcoolismo, impotência, mau-olhado, magia negra e marxismo.

    • Paulo Marques says:

      Ó Rita, pegando nos valores judaico-cristãos, quem foi o homem que lhe deu autorização para abrir a boca?

  3. Fernando Manuel Rodrigues says:

    O …. de serviço, que publica opinião quase diriamente, sobre tudo e mais alguma coisa (ele vai desde o fabrico da cerveja artesanal até à origem do Cosmos, sem esquecer as questões de Direito, em doses de sapiência capazes de fazer corar de inveja o burro do alcaide – o tal que descobriu que deixar de comer era uma excelente medida de poupança) veio agora colocar no mesmo patamar as aulas de Religião e Moral e uma “sessão de esclarecimento (???) sobre LGBTI”.

    Não vou sequer tentar esclarecer a diferença entre a beira da estrada e a Estrada da Beira (quem sou eu perante tamanha sumidade iluminária?).

    Somente lhe pedirei humildemente que, dado que eu não fui bafejado pela sorte de, no meu tempo, ter tido tais “sessões de esclarecimento”, se digne, do alto da sua imensa sabedoria, esclarecer-me (e aos demais “ignorantes”) sobre essas questões candentes, importantíssimas para o nosso avanço cultural, científico e civilizacional.

  4. Paulo Marques says:

    É quase como que, sei lá, estivéssemos a falar de adolescentes em idade de pensar em sexo a toda a hora e com as hormonas a fazerem-lhes imensa confusão. Uma pessoa pensa, pá, se calhar era boa ideia alguém dizer-lhes que é tudo normal e que hão-de perceber o que gostam e sejam felizes com isso.

    Parece que não, o que os conservadores de serviço querem é que digam amén ao padre na posição que ele peça, que é o que gente séria faz quando é pequenina.

    • Paulo Marques says:

      E pais bem educados não questionam, pois claro.

    • Fernando Manuel Rodrigues says:

      Com 11 anos, pensam em sexo a toda a hora?… Pois, você lá sabe o que a casa gasta.

      Assim como assim, prefiro (pretendo e exijo) que a escola gaste o seu tempo e os seus recursos (que são pagos com os nossos impostos) a ensinar-lhes as ciências, as artes e as letras, que é para isso que a escola deve servir, e deixem as questões dos LGBTI para si e para os seus.

      Quero uma escola, não uma madrassa.

      • Paulo Marques says:

        Tenho memória, você não tem? E nem havia Internet. É preferível que aprendam a realidade na escola do que disparates pelos colegas. Nunca ninguém se lembra do que se falava e ouvia em puto.
        Os camaradas do Fernando também exigem que se ensine ciência, mas não essa coisa do aquecimento global que é anti-capitalista; ou sobre a importância das vacinas porque só causam doenças; as artes é só formá-los para o desemprego e parasitismo; e as letras é só para profissões de mulheres.

        • Fernando Manuel Rodrigues says:

          Tenho memória, tenho. No que toca ao sexo, lembro-me bem quando comecei a pensar nisso… e não foi aos 11 anos. Já você deve ter sido precoce – problema seu.

          Quanto ao resto, nem vou responder. Um arrazoado de disparates, que não me atingem minimamente. Demonstram apenas que lhe falham os argumentos.

          • Paulo Marques says:

            Sou fenómeno raro, por isso é que gravidez adolescente é coisa que não existe.
            Fico à espera do programa de educação elaborado pelo especialista Fernando, então.

  5. aires says:

    A final o Jurista Arnaldo Matos tinha razão quando preferia certas declarações: Como esta: “Isto é tudo um putedo”!

  6. A impressão que me dá é que o pessoal dos “valores morais” deve julgar que nessas palestras aparecem uns senhores assim muito cheio de maneirismos dispostos a ensinar os meninos a sexarem de forma, digamos, “alternativa”.
    Ou então imaginam acções de recrutamento para o modo de vida LGBT.
    Se a primeira hipótese me parece inverosímil, até porque seria um caso de policia. A segunda hipótese como seria? “jovem, se tens a 4ª classe vem ser homossexual como nós; hoje somos poucos amanhã dominaremos o mundo”?
    Acho que as coisas não funcionam assim.

  7. Luís says:

    Antes de comentar gostava de saber quem foram os elementos do LGBTI que foram à escola e qual foi o discurso.
    No entanto dá-me ideia que foram explicar às crianças que o Robin Hood e o Frei Tuck, o Zorro e o Tonto, o Asterix e o Obelix e o … eram casais.

    • Paulo Marques says:

      Acho que não, mas já o Egas e o Becas não enganavam ninguém.

    • O Mickey, a Minie e o Pateta. Aquilo era um menage a trois. Só pode.

  8. JgMenos says:

    O LBGT é uma associação que legitimamente promove os interesses dos seus associados.
    Um deles é naturalmente o recrutamento de novos membros.

    Nada como abrir as escolas a esse recrutamento, esclarecendo as criancinhas que, para os actos solitários, há um vasto leque de alternativas disponíveis .

    E os paizinhos? Tomados da esquerdalhice idiota ainda dão uma c’roa?
    Quanto a vergonha, é coisa que o progressismo haverá de retirar dos dicionários.

    • Paulo Marques says:

      Os contadores de contos de empreendedorismo já não o chateiam, que a futura dívida à banca de tal disparate é divina.

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