Nuno Melo não tem a certeza de que o Vox seja de extrema-direita

E já que os comunistas também não têm a certeza de que a Coreia do Norte seja uma ditadura, parece-me que estão quites.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Digamos que em matéria de “estupidezes”, ambos se anulam.
    Nunca percebi muito bem, o que leva esta gente, PCP e CDS, mas há mais, mesmo noutros partidos, ainda que com temáticas diferentes, a defender coisas que de forma óbvia, saltam à vista de todos, mesmo dos aficionados, não bater a bota com a perdigota. Ou seja, a realidade contradiz o discurso.

    Faz-me lembrar o complexo do corno manso.
    “Eu sei que ela ou ele me engana, mas como não quero dar parte de fraca/o, o melhor é fingir que está tudo bem!”
    Como já se percebeu, para o CDS, uma democracia sem VOX, é como um jardim sem cornos!

  2. Abraham Chevrolet says:

    Pense o que quiser: quando Portugal,Espanha,França,Itália, Bélgica, Holanda,Dinamarca, Noruega,Suécia, Finlândia, Polonia,Romenia,Bulgária, paises do Baltico,Tunisia,Persia,Irão, Grécia, China,Japão estiverem alguém mostrará a diferença entre comunistas e fascistas,como em 1942.

    • Paulo Marques says:

      Estiverem onde?

      • Abraham Chevrolet says:

        Estiverem debaixo do poder dos nazis-fascistas.
        Apagou-se uma linha ao publicar e pensei que este assunto já não está na moda…mas quem esquece a História está condenado a repeti -la.

    • ZE LOPES says:

      Parece-me que V. Exa. está com problemas no carburador, ó Chevrolet!

      • ZE LOPES says:

        Quando houver um jogo de futebol entre a Pérsia e o Irão, por favor, avise-me. Gosto de futebol exótico. O outro não me interessa!

  3. João Sequeira says:

    Em contrapartida, eu tenho a certeza de que o Nuno Melo é parvo.

    • ZE LOPES says:

      Aliás, lá ma minha terra, quando um tipo manda uma bojarda a comparar o Aliança ao Vox há logo quem atire “O quê? Não sejas melo!”. É o que diz o povo. Lá na minha terra.

  4. Nuno M. P. Abreu says:

    “Entende a História como o alfa e ómega da cultura, pois se o Homem a conhecesse e interpretasse, jamais cometeria os erros que são repetidos diariamente”.
    in Pequena biografia de Ernesto Vaz Ribeiro

    Ao ler isto decidi fazer aqui um flashback das minhas intervenções neste fórum. Mas entendi que para as justificar teria de fazer também um pequena retrospectiva da minha atribulada vida. Naturalmente os maledicentes profissionais que neste espaço habitam sentenciarão, instintivamente, que isso não passa de mais um afagar do “meu enorme ego”. Seja
    Todavia, no meu consciente entender, faço-o por três ordens de razões:
    a – porque nada tenho a esconder do meu passado;
    b – porque toda a teoria de vida tem de assentar em experiências vividas;
    c – porque, como referiu Sartre, mais que autodeterminados, nós somos maioritariamente o que fizeram de nós.
    Nascido numa família da classe média baixa, profundamente religiosa, sou o mau da fita, irreverente e revoltado, fugindo da missa para ir para o futebol.
    No quinto ano reprovei na secção de letras, tirei um 2 a Inglês, e para não atrasar um ano fui fazer directamente a admissão ao Instituto Industrial do Porto que permitia tal exame a quem tivesse passado na secção de ciências e fizesse um exame prévio a Português.
    Passei e matriculei-me em Electrotecnia e Máquinas. O primeiro ano ainda correu. No segundo, já mais ambientado ao Porto, conheci o Serafim, o internacional do Porto que frequentava o Instituto, me levou a treinar na Antas e perdi-me pelas ruas das Portas do Sol e do Cativo, por trás do emblemático Teatro de S. João.
    Perdido o ano por faltas, regressei para trás do balcão da mercearia dos meus pais a pesar quilos de arroz e quartas de sabão, perante o olhar reprovador de tios, avós e o olhar dorido de meus pais.
    Decidi fugir de casa. Durante meses fui juntando pacientemente moedas de cinco escudos, por cima dos barrotes que sustentavam o telhado do sótão de casa.
    Dias antes de fazer anos, que sabia ir ser momento de sermões colectivos, pus o plano em marcha, fiz a mala e pela madrugada fiz-me à estrada deixando uma carta de despedida revelando a minha amargura e terminando com um: “não me procurem senão é pior”.
    Ainda estive uma semana numa pensão barata, literalmente, porque cheia de baratas, ali perto de Santa Apolónia. Conheci amigos nas mesmas condições. Fomos para uma casa abandonada em Benfica e mais tarde para o bairro da lata da quinta da Musgueira. Escrevi aos meus pais dando a morada que um coadjutor da freguesia do Lumiar, mesmo em Frene ao S. João de Brito me facultou, disse-lhes que estava tudo bem e fiz-me à vida.

  5. Nuno M. P. Abreu says:

    Arranjei emprego como marçano na rua dos Fanqueiros, e ali estive dois meses até que me minha mãe me escreveu a dizer que tinha de ir lá passar o Natal ,porque Natal sem um filho não era Natal , que me deixava voltar . E eu, porque o patrão me não autorizou, despedi-me e fui.
    Olharam-me já com outros olhos, senti-me com vontade de ficar mas o orgulho foi tanto que voltei à Quinta da Musgueira de novo sem emprego e apenas com cinquenta escudos que à socapa o meu pai me meteu no bolso ao despedir-se de mim.
    Foram tempos difíceis a recolher folhas de anúncios de jornais na estação do Rossio, a comer restos de sandes abandonadas, a oferecer-me para lavar pratos em restaurantes contra um prato de comida.
    Até que um dia, cansado, sem horizontes, resolvi dirigir-me à Presidência do Concelho para expor o meu caso a Salazar.
    Salazar era no seio da minha família um homem às direitas que segundo o meu avô tinha endireitado o País. Não tinha quaisquer outras referências. Certo é que num belo dia depois de subir a escadaria do palácio depois de atravessar os guardas, dirigi-me a um funcionário sentado numa secretaria, devidamente fardado, que me perguntou o que pretendia . Disse-lhe que vivia em condições miseráveis e que queria expor o meu caso a Salazar. Disse-me que sim senhor mas primeiro tinha que marcar uma entrevista com o secretário particular dele, que na altura era o Dr. Batalha Ribeiro e que se ele, achasse justificação então falaria com Salazar.
    Tudo bem”- respondi- Quando pode ser?
    E o funcionário marcou-me a entrevista para dai a três dias, a segunda feira seguinte. Bem lavado e com a melhor roupa que tinha encoberta com uma gabardina branca lá me apresentei no dia marcado. Fui recebido, contei-lhe a história, perguntou-me de onde era. Depois de confirmar, mandou-me esperar um pouco e disse-me que iria falar com o Secretário Geral da Presidência do Concelho, Dr. Diogo Paiva Brandão.
    Passados largos minutos, entrei para aquele gabinete, contei de novo a minha história, fez-me algumas perguntas e, passados minutos, chamou o 1º escriturário daquela secretaria que me entregou cem escudos depois de me mandar assinar uma papel em que disso dava conta. Disse-me para ter juízo e ir lá de novo no fim de semana.
    Subi a correr rua de S Bento até ao largo do Rato e senti-me o homem mais sortudo do mundo. Afinal o meu avô tinha razão. O Salazar era um gajo porreiro!
    Á hora marcado lá estava de novo em S. Bento que já se me ia tornando familiar. Em duas semanas era a terceira vez que lá entrava. Aí foi-me dito que afinal o meu avó que tinha um armazém de adubos fornecia o pai do secretario geral da Presidência do Concelho que tinha uma quinta perto da minha casa a que chamavam mesmo a Quinta. E que após conversa telefónica com ele tinha recebido instruções para me dar um bilhete de comboio de regresso a casa.
    Recusei-me a recebê-lo. Agradeci a ajuda que mas não regressaria a casa sem ter autonomia . Acabou por me perguntar o que sabia fazer. Disse-lhe que aprendera a escrever à máquina e quando sai de lá sai com instruções para começar no inicio da semana seguinte, como escriturário eventual ,para tratar da correspondência particular do Salazar que seria despachada pelo Dr. Batalha Ribeiro a ganhar oitocentos escudos por mês. Só tinha uma condição : abandonar de imediato a Quinta da Musgueira.

  6. Nuno M. P. Abreu says:

    3
    Decorridos mais seis meses, depois de me emancipar, concorria para agente da inspeção de trabalho, obtive um lugar e fui para Évora. Ai comecei a perceber que na lei, havia lugar a filhos e enteados, que havia lugares que não podiam ser inspecionados. Num deles, em Reguengos, onde existia uma pequena unidade de produção de têxteis artesanal, onde as leis não eram cumpridas mas que pertencia à Fundação Gulbenkian tutelada por Azeredo Perdigão tínhamos que fechar os olhos. Acabei por me sentir um boneco e decidi demitir-me de Agente de Inspecçao. Mais tarde fui tirar um curso de técnico de aplicação de máquinas na África do Sul .
    Foram muitas as voltas que a minha vida deu. Desde Gerente de um empresa moçambicana nomeado pela Frelimo, até vendedor de coelhos e galinhas no mercado de Guimarães, depois de regressar a Portugal. Há quinze anos faço um enfarte de miocárdio. No processo dá-se conta que sou diabético e passado um ano que tenho um cancro. Durante três anos sou operado três vezes e passo a doente profissional, cuidado por três médicos de especialidades diferentes . No fim entreguei tudo a meus filhos, fui estudar biotecnologia e passei a interessar-me mais pela história da vida. Um rapaz que foi meu companheiro na meninice, que fui buscar a casa a mando do meu avô, quando os pais morreram de tuberculose, em 1951, para viver em minha casa e que me acompanhou em todas as minhas traquinices e arrastei para a Musgueira, morreu de cancro. Com uma história rica escrevi a sua biografia. Isso levou-me a conhecer melhor as gentes da minha terra. Há quatro anos escrevi um livro contando a origem da minha terra e das sua gentes. Com uma edição de apenas 500 exemplares esgotou no dia do lançamento. O meu neto passou a gostar de História. Matriculou-se na Universidade nesse curso. E agora em conjunto estamos a preparar as origens da nossa freguesia que remontam ao Parochiale Suevorum Encontramos pelo caminho Gil Martins que a autarquia passou a escolher como figura primeira, encontramos a filha Teresa Gil que nos obrigou a encontrar outras Teresas figuras cimeiras do inicio da nossa nacionalidade.
    Depois de toda a controvérsia levantada com Ernesto Vaz Ribeiro, depois de tentar conhecer um pouco da sua biografia dei comigo a pensar: mas que vais tu fazer para o Aventar? Perdes tempo. Desconcentras-te dos teus objectivos e magoas ao que parece gente que até tem um pensamento estruturante parecido com o teu.
    Afinal também tu nesta fase da vida pensas que “a História é o alfa e ómega da cultura, pois se o Homem a conhecesse e interpretasse, jamais cometeria os erros que são repetidos diariamente”.
    Gastar-me a provar isso é o meu actual objectivo de vida .A vir a este espaço jamais virei para dialogar. Citarei frases que considere oportunas ou proferirei frases opinativas sobre discursos. Jamais me envolverei em dialéticas estéreis onde grande parte das vezes a emoção tolda a razão.

    • Nascimento says:

      Por acaso este espaço ( Aventar) faz parte dos AA?Livra!
      Mas ” prontes” pá,tá- bem…

  7. Caro Nuno Abreu, admiro o desassombro de publicar aqui estes seus textos com a sua estória de vida …arriscando a que quem dela tome conhecimento não o compreenda ou o critique
    Fiquei um pouco pensativa valorizando a sua valentia e conquistas numa vida tão cheia de dificuldades e problemas mas de luta e determinação sempre por aquilo que são os seus princípios individuais, familiares e cívicos e pela cultura adquirida pessoalmente.

    Mas não se exponha demasiado, eu assim faço comigo,
    que não devo nada, mas temo !

    Fique bem.
    e não se envolva mesmo em dialéticas estéreis com provável pouca acção em cidadania interventiva. !

    • Nuno M. P. Abreu says:

      Cara Isabela:
      Fi-lo pelos meus netos. Obrigado.
      A critica honesta é fundamental para a evolução cultural do homem. Abdiquei de muita coisa na vida. Abdiquei de ser um grande empresário que as circunstancias me proporcionaram. Dei em vida tudo aos meus filhos, menos uma biblioteca de cerca de 7 mil livros que reuni durante a minha vida, É aqui que passo cerca de dez horas por dia,cinco dias por semana. Hipotequei muita coisa na vida. Só não hipotequei o pensamento.

  8. Então um convite/sugestão em tema prazeroso e imune a dialéticas estéreis :

    já que dá o devido valor ao conhecimento da história, viaje até este site de alguém com muito saber e talentos, e deixe-se perder nesses múltiplos caminhos de uma história fascinante e mal conhecida e mal ensinada neste Portugal de tantos feitos e feitios !!
    verá que se vai render e esquecer do tempo a passar, mas que foi bem empregue, insh´alla !
    Eu que me rendi de paixão pela cultura marroquina ( árabe e berbere) em todos os seus saberes, cores e sabores e música e beleza natural feita de contrastes,
    encontro aqui caminhos de me sentir bem de onde é depois difícil de sair, tanto me apraz !

    https://historiasdeportugalemarrocos.com/

    SAUDAÇÕES !

  9. Nuno M. P. Abreu says:

    Vi atentamente as histórias de portugalemarrocos. Obrigado.
    Nem de propósito.
    Como referi aqui, edito mensalmente uma revista da minha freguesia. Na revista deste mês,que saiu hoje, publiquei:
    Há dias o Papa Francisco visitou a Marrocos, oitocentos anos, depois de um outro Francisco, de quem adoptou o nome, ter enviado àquela nação africana seis franciscanos italianos para converter o Miramolim.
    Entre Maio e Junho de 1219, partiram de Assis, seis frades menores com destino a Portugal para, em Gibraltar, passarem o estreito com destino a Marrocos.
    Daqueles seis, só cinco chegaram a Portugal. Frei Vital, que comandava o grupo, morreu em Aragão. A comitiva passou a ser dirigida por Frei Bernardo, presbítero, pregador famoso, que falava árabe.
    Foram recebidos em Coimbra pela rainha Dona Urraca, esposa de Dom Afonso II. A rainha perguntou-lhes se, estando tão perto de Deus, dada a sua santidade, lhe poderiam dizer quem morreria primeiro, se ela, se o rei.
    Bernardo fez uma profecia:
    – Morrerá primeiro quem primeiro vir os nossos corpos degolados, as nossas relíquias.
    – As vossas relíquias? – Interrogou a rainha.
    – Sim, iremos para Marrocos e aí seremos imolados em nome de Jesus Cristo. Alguém trará de lá os nossos corpos sem vida. Quem dos dois, primeiro os vir, será quem primeiro morrerá.
    Certo é que, chegados a Marrocos, ficaram em casa de D. Pedro Sanches que reunira um grupo de soldados cristãos para ajudar o califa almóada Yusuf al-Mustansir numa revolta interna que enfrentava.
    Os franciscanos desataram a pregar em mesquitas, a torto e a direito, a tentar converter à fé de Jesus Cristo aquele califa.
    De tanto insistirem, mesmo depois de Pedro Sanches ter obtido por duas vezes para eles o perdão, acabaram mortos, queimados e arrastados pelas ruas. Pedro Sanches conseguiu reunir os seus ossos e os crânios, ainda com carne e, chegado a Leão, encarregou o cavaleiro Afonso Pires, de Arganil, de os ir entregar pessoalmente ao rei, Afonso II.
    As relíquias chegaram à Igreja de Santa Cruz de Coimbra, entre Novembro Dezembro de 1220, e foi nesta data que ocorreu o célebre “Milagre da Burra”. O animal que transportava as duas arcas ficou imóvel diante da igreja monástica de Santa Cruz e, abrindo-lhe as portas, dirigiu-se para o altar onde permaneceu até as apearem. Perante esta situação, as relíquias que deveriam ser entregues na Igreja principal de Coimbra ficaram depositadas, desde então, no mosteiro crúzio , facto que viria a provocar uma degradação entre os titulares da igreja catedralícia e os do mosteiros de Santa Cruz que durou séculos!
    E quem era Pedro Sanches? Era irmão do rei Afonso II e, consequentemente tio de Sancho II, o rei que passou a sua infância em Polvoreira com o nosso Gil Martins, de quem, diz a história, foi seu irmão colaço.
    Morreu nas Baleares de quem era o Senhor.
    São hoje conhecidos como os proto-mártires de Marrocos!
    Uma boa noite.

  10. ……de onde tirou toda essa estória/lenda ? que mais lenda parece que história verdadeira !

    Proto-mártires de Marrocos ?

    Envie isso nos comentários ( no final de cada tema tem hipótese de comentar ) para o Arquitecto Mendes Paula do blog PortugaeMarrocos que lhe enviei,
    e vai ver o que ele lhe responde !
    Gostaria que o fizesse para saber a opinião dele, pois ele costuma responder aos comentários e perguntas que lhe enviam . ( já o fez a mim mais do que uma vez )

    E como pode ter visto como diz ” atentamente as histórias de portugalemarrocos ” em tão pouco tempo,
    se aquele blog é um sem fim de temas diversos, tratados profundamente por quem é muitíssimo competente, sabedor e credenciado, com temas tão variados e tratados ao pormenor de rigor histórico, analisados por ele e registados in loco ( até em fotos ) e estudos de alta qualidade e em bibliografia extensíssima ? !

    Tem que perder (ganhar ! ) muito tempo a consultar o que lhe interessar, comece e vai ver que depois vai ser difícil abandonar, tão aliciantes são as visitas que ali fazemos !

    Veja este tema, o que mais se assemelha, que me lembre, a este que aqui descreve, Nuno Abreu :

    https://historiasdeportugalemarrocos.com/2016/06/30/cativos-portugueses-em-marrocos/

    ( o Aventar suportará neste espaço de comentários o absurdo de usurparmos neste post s/ extrema direita esta nossa troca de cromos……. tão diferente …? )

    Fiquemos por aqui e por agora.

    • Nuno M. P. Abreu says:

      Cara Isabela:
      Na verdade, na estória que contei da minha freguesia, há parte histórica documentada e parte eventualmente estória. Esta refere-se apenas ao encontro dos franciscanos com a rainha e á lenda da burra. Tudo o resto é factual tanto os documentos disponiveis o permite confirmar.
      Os cinco franciscanos que chegaram a Lisboa e foram mortos em Marrocos existiram historicamente e estão aliás na origem da alteração de ordem religiosa de António de Lisboa, o Santo António das Mortáguas, de agostiniano para franciscano, quando em 1220 , conheceu as suas relíquias e a sua, deles, piedade.
      D. Pedro de Urgel, como aparece na Wikipédia, foi um príncipe português que fez carreira em Marrocos e em Aragão que se afastara de Portugal dado o caos em que entrou após a morte do pai, Sancho I, o Povoador que deu jus ao nome, deixando 19 filhos, onze do casamento, e oito bastardos que quase todos marcaram a história de Portugal que foge aos compêndios. Devido ao testamento em que nomeou as filhas rainhas, três das quais foram declaradas beatas, em caso inédito na Igreja, provocou tal sarilho que só terminaria verdadeiramente após a morte em Toledo, de Sancho II, em 1248, “confirmada” por Martim de Freitas , um homem da minha terra, que após isso entregou as chaves de Coimbra, a Afonso III.

      PS. Naturalmente vi os sumários dos artigos para que me encaminhou interessando-me naturalmente mais por uns que por outros. Interessei-me mais, por exemplo,aquele sobre o estreito de Gibraltar pois já havia escrito sobre isso explicando a origem do nome, a montanha do Tarique, associando logo um rei mouro que atravessou o estreito para impedir a conquista de Toledo pelo avô do Afonso Henriques. Deu origem assim à lenda do miradouro da pedra do rei mouro, que reporta uma história de amor encantadora, lembrando-me que os mouros também tinham sentimentos. Lembrei aí a ponte de Alcântara sobre o Tejo percebendo que al cantara é apenas a designação de ponte em árabe, fazendo perceber a origem da toponímia da Alcantara Lisboeta. Acabei em El Cid . o Campeador, o filme que me empolgou em jovem com o protagonismo de Charlton Heston e que fiquei a não gostar porque foi ele que matou aquele rei mouro que estava especado naquele miradouro apenas para estar perto da sua amada.
      Mas vou parar. Porque quando deixo o coração falar jamais consigo impedir os dedos de teclar.
      Saudações.
      PS. Vou tentar fazer uma pergunta como me aconselhou..

      • Nuno M. P. Abreu says:

        Nota. Os protomártires ( tudo junto e não como escrevi) são os primeiros mártires de uma região. Se clicar em Protomártires de Marrocos encontrará muitos trabalhos sobre isso e são inúmeros os mosteiros em Portugal que ainda conservam relíquias suas.

    • OK ! e bem haja, Nuno Abreu, que a seu tempo lá irei com mais vagar que o tempo escasseia e tanto que há neste mundão de aliciante para aprendermos sempre e a vida tão curta, raios !

      Apenas este recorte que retirei já da net in
      ” REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES ”
      e confirmaria o que eu lhe havia dito :

      …”
      .É a partir de uma das obras hagiográficas mais antigas consagradas aos Proto-
      Mártires de Marrocos, que podemos traçar o percurso, martírio e introdução do seu
      culto. Baseado num manuscrito medieval, em latim, oriundo do já desaparecido
      cartório do Mosteiro de Santa Cruz, o ” Tratado da vida & martyrio dos cinco Martires de
      Marrocos enuiados per são Francisco ”
      foi impresso em Coimbra, a 7 de Fevereiro de 1568.

      Curiosamente, o autor, anónimo, na primeira edição portuguesa conhecida do
      Tratado revelou um prematuro e altivo espírito crítico relativo à veracidade de todos
      os acontecimentos registados. Ressaltando alguma possível incongruência histórica

      no códice, informou que os episódios foram narrados de “differentes maneiras”, justificando
      que, naquelas vivas eras de fé do primeiro quartel do século XIII,
      “nam avia tã pouco primor e cuydado descrever e perpetuar as cousas tã gloriosas
      e dignas de memoria”.

      Fique bem, aqui nos encontraremos, …se nos permitirem sermos ” okupas” : )

      …que tanta celeuma politiqueira tuga está acontecendo com jogos eleitoralistas e demagógicos qb,
      e o povão a saber de política somente em termos de + tostanicos no bolso e muito, mas muito corporativismo interesseiro !!

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