A hipocrisia de António Costa

A hipocrisia do Governo neste momento, ao ameaçar com a demissão, não é maior do que a hipocrisia dos últimos anos.
Quando é para meter milhões e milhões não orçamentados nos Bancos, o Governo segue em frente como se nada fosse. O dinheiro aparece sempre e ninguém fala mais nisso.
Ao contrário dos Bancos, neste caso não há efeitos no Orçamento do Governo.
António Costa acaba de jogar uma cartada, última e desesperada, para tentar chegar à inalcançável maioria absoluta.
Mesmo não gostando de História, ele devia lembrar-se que assim perdeu o PS a maioria absoluta em 2009 e que assim poderá perder daqui a uns meses muito mais do que isso.
Embora ele já esteja habituado a perder eleições como se as tivesse ganho.

Comments

  1. Paulo Marques says:

    Está convencido que a situação económica é boa, que é que se há-de fazer?

  2. Fernando Manuel Rodrigues says:

    Não há efeitos no Orçamento? Porquê, não é para pagar retroactivos?

    O PSD cometeu “hara-kiri” político, e deu ao PS a possibilidade de obter uma maioria confortável, senão mesmo a maioria absoluta.

    Da parte da extrema-esquerda assistiu-se à demagogia habitual. E não me venham cá com argumentos àcerca dos milhões para os bancos. Por muito injusto que isso possa ser, são uma despesa única. O que aqui está em jogo é a assunção de responsabilidades de milhares de milhões PARA SEMPRE.

    Voltamos ao desvario socrático ou cavaquista (o famoso “monstro”).

    O PS o que tem a fazer é demitir-se e devolver a palavra aos portugueses. Veremos então…

    • Paulo Marques says:

      Posso vir com o argumento de controlo de capitais? De impostos aos “criadores de emprego”? De controlo de rendas? De que sem investimento não há melhoria das condições?
      Ou tão só de que é irrelevante porque o país não sobrevive a nenhuma crise?

  3. Julio Rolo Santos says:

    “Antônio Costa dá dinheiro a bancos e ninguem contesta”. Tem razão, Sr.Ricardo Ferreira e o Sr. que levanta o problema para justificar a trampa que acaba de ser aprovado no Parlamento para beneficiar os professores já levantou a sua voz para verberar está subserviência do governo aos bancos? Com uma primeira aprovação do diploma que dá aos professores um Euromilhões vale a pena esfregar as mãos de contente? Está convencido de que os seus amigos de direita vão honrar o seu compromisso com a aprovação do diploma? Desengane-se porque o passado recente não augura bons auspícios.

    • Ricardo Ferreira Pinto says:

      Meus amigos de direita o caralho. Trate-se e leia antes de debitar imbecilidades.

      • Rui Naldinho says:

        Ó Ricardo. Entre o direita e o caralho, não falta uma vírgula?

        • Paulo Marques says:

          Há caralhos que dão para a esquerda, há caralhos que dão para a direita.

  4. ” O que aqui está em jogo é a assunção de responsabilidades de milhares de milhões PARA SEMPRE. ”

    Sim, Fernando Manuel Rodrigues, e sempre a agravar-se !

    E pq a carreira dos professores com a respectiva progressão e avaliação ainda por resolver há anos tem estatuto especial e demais favorável, dá para comparar com revolta !
    Acontece pois ainda, para complicar, ter-se aberto uma cx de pandora, com toda a função pública a reivindicar igualmente, com toda a legitimidade.

    E ainda a hipocrisia e demagogia e jogos eleitoralistas e corporativistas interesseiros, em que a causa pública de todos nós fica prejudicada e em plano escorregadio….até onde ?

    Será que a noção de política para a maioria das pessoas se reduz e resume somente a mais tostanicos no bolso ?

    E para os políticos responsáveis eleitos e seus lóbis numa corrida ao pote e ao poleiro ?

    • Paulo Marques says:

      Não, a noção de política para a maioria das pessoas reduz-se somente a menos tostanicos nos bolsos dos outros para ver se não piora. Coisa que leva ao belo estado da Eurolândia.

  5. Julio Rolo Santos says:

    Sr. Ricardo Ferreira. Abstraindo o termo impróprio que utilizou num espaço aberto, se bem entendi, o Sr. parece ignorar, como fez Passos Coelho e muito boa gente até então, que para um partido poder formar governo, seja condição necessária e suficiente ter uma maioria relativa o que não é verdade porque o que conta é ter maioria parlamentar, foi o que aconteceu. O PSD teve maioria relativa mas não conseguiu formar governo por falta de apoio parlamentar que lhe permitisse governar. O PS, que lhe sucedeu na votação, foi convidada a formar governo tendo alcançado a tal maioria parlamentar. É estranho, não é? O PS perdeu as eleições mas está a governar com legitimidade democrática.

    • Paulo Marques says:

      A única condição necessária é que o presidente aceite que o governo tome posse, e o autor sabe disso.

      • Fernando Manuel Rodrigues says:

        Não, não é. Porque se o programa de governo não for aprovado no Parlamento, o governo cai. E o senhor sabe disso.

        • Paulo Marques says:

          Tem razão, são os dois. Na prática, as 3 coisas redundam frequentemente na mesma coisa, mas em teoria um governo podia ser uma série de entendimentos pontuais. Em que mundo e em que sociedade é que não sei.

  6. Hanna says:

    Aguardo ansiosamente a retirada do Costa porque nunva vai ter a maioria absoluta pelo povo.

  7. Julio Rolo Santos says:

    Hanna , e no lugar de Costa, quem gostaria que fosse? Não vale a pena comprar já os foguetes para festejar a saída de Costa porque isso não vai acontecer. Fique-se pelo roer das unhas.

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