Os portugueses que vão votar dão uma lição de civismo

Acabo de votar numa das escolas reservadas para o efeito e por verificar, in loco, o civismo de tantos e tantos portugueses no momento do voto.
Ele é estacionamento dos carros em cima do passeio, em cima das passadeiras, nos lugares de deficientes, em segunda fila, enfim, onde calha. Em qualquer sítio que garanta ficar à porta do local de voto.
Ufanos por estarem a cumprir o seu dever, esses portugueses regressam a casa felizes. O seu civismo foi posto à prova e, mais uma vez, a exemplo do seu Querido Líder, ultrapassaram o teste com distinção.

Comments

  1. vai-te catar

  2. Rui Naldinho says:

    Há uma coisa que eu lhe posso garantir. Os agentes da autoridade, PSP e GNR, têm instruções específicas para multar sem vacilações, sempre que um veículo não autorizado para esse efeito, esteja estacionado em zona reservada a deficientes. Mais, se o estacionamento estiver reservado a uma matrícula em concreto, sejam deficientes ou não, levam multa todos aqueles, com excepção de ambulâncias ou carros das autoridades, em serviço, aí estacionados.
    Já vi os agentes da autoridade perdoar algumas multas por estacionamento em segunda fila. Mas nunca em lugares reservados a deficientes.
    Há erros que não se perdoam. Um deles é estacionar num lugar reservado a quem por qualquer fatalidade desta vida, ficou limitado na sua mobilidade. Isso para além de ser uma falta de respeito, é desprezo por outro ser humano, menos afortunado.
    As ordens superiores nas polícias são rigorosas:
    MULTA

    • Ricardo Pinto says:

      Pois, mas para isso era preciso que a Polícia passasse por lá.
      Seja como for, a tolerância zero devia ser para tudo o que ponha em causa os direitos dos peões.

      • João says:

        E que tal ter chamado a polícia? Também era um acto de civismo, certo?

    • Luis says:

      Aqui em Braga, mesmo chamando a polícia, não se multa quando um veículo sem dístico está estacionado em local reservado a deficientes.
      Os exemplos vêm de cima.

  3. Julio Rolo Santos says:

    Já estacionei em zona reservada a deficientes, por não me aperceber da presença do sinal, tendo recebido a multa meses mais tarde, que paguei e não bufei, e ainda, como medida acessória, a indicação da inibição de conduzir por trinta dias e do desconto de pontos, que julgo não ter sido sancionado por ter justificado o motivo do estacionamento irregular. Acontece mesmo aqueles que se julgam os mais pudicos até caírem no mesmo erro. Quanto ao votar, sinto que cumpri o meu dever cívico, contrariando aqueles que reclamam e reclamam contra tudo e contra todos, sem se darem ao trabalho de levantarem o rabinho da cama, para cumprirem o mais elementar dever que em democracia, se chama, VOTAR.

  4. estevesayres says:

    Eu foi a pé votar, e votei num partido contra a União (?) Europeia!

  5. Luis says:

    “Dever cívico” é não usar os nossos impostos para salvar bancos e ter os banqueiros à solta.
    “Dever cívico” é não prometer mundos e fundos na oposição e oferecer mundos e fundos aos “amigos do partido” quando se está no poder.
    “Dever cívico” é não oferecer reformas douradas no PE a culpados da bancarrota.
    “Dever cívico” é proteger o consumidor contra os abusos das empresas do regime, PPPs, EDP, Galp, ….
    “Dever cívico” é garantir o acesso à justiça a todos sem para isso ter de se hipotecar a casa.
    “Dever cívico” é combater a corrupção endémica neste país metendo os corruptos na prisão.
    “Dever cívico” é não tornar o parlamento em escritório de part-time de deputados advogados dos interesses económicos.
    “Dever cívico” é não ter de esperar meses para um simples cartão de cidadão.

    Fartei-me de votar e nada mudou por isso deixo esse “dever cívico” aos que acreditam que os partidos em que votam, e que colocaram Portugal no penúltimo lugar da UE, vão mudar alguma coisa.

  6. Julio Rolo Santos says:

    Mas, para transformar dever cívico em coerência cívica, que é o que tem faltado aos partidos da governação, é preciso escolher quem faça diferente e essa escolha só se faz VOTANDO. Todos temos defeitos a apontar a quem nos governa mas. quando chega a altura de escolher quem possa fazer diferente, falta a coragem a 60 e tal porcento para o fazer. Então em que é que ficamos? Os partidos tradicionais não servem? Escolham-se outros, a variedade é grande, a qualidade, só experimentando.

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