É só escolher do cardápio (a imaginação dos professores é infinda) e verter em acta (atenção ao acordo ortográfico, senão vem para trás).
“Não fica a fazer nada no 8. ano.”
“O aluno já tem 3 retenções.”
“Não dá mais.”
“Se 5 colegas subirem a nota, ele passa.”
“Está tão bem integrado na turma!”
“Tem tanto potencial!”
“Ao menos fica com o 9. ano feito!”
“É uma vítima daqueles pais.”
“É tão educado!”
“Quem é que sobe?”
“Ele pró ano vai para um curso.”
“Está é uma história triste. Vou contar o que se passa.”
“Coitadinho!”
Lá está… O “eduquês” em toda a sua glória, e o mito da “escola inclusiva”. Tem 8 negativas, deveria simplesmente ser passado para outro tipo de ensino, após uma cuidada avaliação da situação. Mas NUNCA continuar numa turma “normal”, onde será um peso morto, a prejudicar o progresso de todos.
Pois, o problema está em que as retenções não são politicamente correctas. E a única alternativa possível, que é haver tipos de ensino diferentes, uns de vocação mais académica e outros de vocação mais utilitária (como é norma nos países germânicos e escandinavos) parece que gera a mesma objecção. Sendo assim, ou alguém inventa um terceiro modelo que seja politicamente correcto, ou não teremos, a prazo, ensino público de espécie nenhuma.
Há décadas que andamos nisto.