As oportunidades áureo-pútridas do Mercosul

Franguinho com salmonela,  elevado índice de resíduos agrotóxicos em alimentos, na água potável, e que, potencialmente, contamina o solo, provoca doenças e mata pessoas, destruição da floresta amazónica, incentivo ao consumo de carne barata e muito mais, tudo associado a esse irresponsável acordo comercial UE-Mercosul – envolto nas impolutas vestes da batalha contra o proteccionismo.

Vale tudo.

Em França, na Alemanha, os agricultores ao menos fazem-se ouvir contra este ataque pérfido. Em Portugal, é só notícias de prosperidade e oportunidades douradas.

Fica um atestado de incompetência também à comunicação social em Portugal.

 

Comments

  1. Luís Lavoura says:

    Em França, na Alemanha, os agricultores ao menos fazem-se ouvir contra este ataque pérfido. Em Portugal, é só notícias de prosperidade e oportunidades douradas.

    Em todos os acordos comerciais há protecionismos que se desfazem e, por isso, há beneficiários e prejudicados.

    Em acordos comerciais passados, por exemplo com o Paquistão, Portugal foi seriamente prejudicado para benefício da Alemanha. Abriu o mercado europeu aos têxteis paquistaneses, prejudicando a indústria têxtil portuguesa, para que a Alemanha pudesse exportar carros para o Paquistão mais facilmente.

    É normal que os agricultores franceses e alemães, que ganham milhões com a proteção da União Europeia às suas culturas prediletas (trigo e vaca), fiquem chateados por irem ter de concorrer com os muito mais eficientes brasileiros. Os agricultores portugueses, pelo contrário, que produzem azeite e vinho, serão beneficiados.

    A mim não me choca nada, bem pelo contrário, que por uma vez na vida os agricultores portugueses sejam beneficiados em detrimento dos franceses.

    • Ana Moreno says:

      Olá Luís, colocar as coisas desse modo é muita, muita estreiteza de vistas. Procure ver assim: https://aventar.eu/2019/06/30/mercosul-o-historico-momento-de-mais-um-prego-no-caixao-do-planeta/

      • Nascimento says:

        Estreita?Vistas ???o Laboura?Nã. O animal sabe da poda. E da INTENSIVA ?Ui, nem se fala… nã é? ó Laboura!!? Daqui por uns anos vais ver semear merda no Alentejo continua assim …mas, isso nã importa aos animais citadinos que só mamam no” fast” e ás vezes nem isso…enfim,um liberaloide ( da treta) este Laboura.
        Curioso, no mês passado tive cá em casa um amigão franciú ” o meu amigo René Barbu” na conversa, veio á baila a agricultura, ambiente, e “as Abelhas”!!! E logo ele que é agricultor e tem ( tinha) abelhas…Sabes a resposta? Nã há ! é tudo residual…O MEL! ?? Quando fui ao armário buscar um kilito do PURO ( contrabando Alentejano sim senhor!!! e que se f…da! dura anos!!!), os olhinhos dele! meteu lá o dedinho e … FICOU-ME COM POTE DO MEL!!!Malandro do Barbu…eheheheh percebes-te? queres um desenho? ou és tão parvo , tu e os tótós liberaloides que julgam safar-se quando esta merda rebentar-lhes nas fuças( ou nas fuças dos seus parentes)??? Só há uma TERRA E O QUE COMERES …CAGAS!Dass…

    • Paulo Marques says:

      Não são mais eficientes, são mais pobres e com menores custos de vida. Os agricultores europeus ganham apenas o primeiro e todos ficamos à mercê de mudanças cambiais.
      A qualidade da comida e do ambiente ficam como problemas para quem sobreviver.

  2. ” …A qualidade da comida e do ambiente ficam como
    problemas para quem sobreviver.. ”

    Pois é, Paulo Marques ! assim será, e o sofrimento geral que se avizinha é assustador ! que aliás já aí está, não há é ainda consciência inteira de que as causas são estas e afins !

    Ana, estamos nesta enquanto sobrevivermos embora porcarias dessas não as comamos porque estamos informados e podemos rejeitá-las em escolhas menos más,
    mas aqui estaremos perseverantes nesta luta de uma guerra que sabemos perdida mas ainda com muita espadeirada a dar !

  3. JgMenos says:

    A todo o tempo se reclama pela floresta amazónica, mas para cuidar do pinhal de Leiria só se fala de longe em longe e pouco..

    • Paulo Marques says:

      Isso acabou, o Rio descobriu uns milhões no traseiro e aquilo que era economicamente impossível há poucos anos agora é o futuro.

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