Fake furacão

O presidente dos EUA, numa das suas habituais homilias de factos alternativos, decretou, via Twitter, que o furacão Dorian atingiria o Alabama, apesar de nada fazer prever tal cenário. Para justificar mais uma diarreia cerebral, deu uma conferência de imprensa na Casa Branca, onde apresentou o mapa da rota do furacão, alterado a marcador. O botão nuclear está muito bem entregue.

Comments

  1. Fernando Antunes says:

    O Trump depois de se ter envolvido em prolongado processo judicial com a actriz porno Stormy, já se considera um expert em “storms” e dá-se ao luxo de contradizer o Serviço Nacional de Meteorologia, várias vezes. Por sinal, adulterar/falsificar previsões meteorológicas oficiais do Governo é ilegal e dá direito a prisão nos Estados Unidos.

    Dizem que a gaffe inicial terá sido porque confundiu Bahamas com Alabama, e em vez de corrigir o erro e pedir desculpa à população pelo alarmismo, como qualquer pessoa normal e adulta faria, tenta estupidamente convencer a opinião pública que ele estava certo e a rota do furacão é que se enganou.

    Por isso é que este famoso comediante de trampa resolveu corrigir as previsões da tempestade com um marcador, o que não deixa de ser um toque de classe, muito “Presidencial”, pelos parâmetros do despautério em que se transformou a realidade no ano de 2019. Neste caso, devíamos corrigir o famoso ditado — “the pen is mightier than the ‘storm’” é a versão correcta, até porque já ninguém usa espadas.

  2. já uma sorte ele não decretar que os furacões não existem

  3. j. manuel cordeiro says:

    Um bronco. Com a particularidade de ser um bronco com poder.

    Os americanos que votam nele, uma valente maioria, pelo que parece, fazem jus ao epíteto de broncos com que frequentemente são brindados. Só um país de broncos elegeria este triste.

    • Ele não ganhou o voto popular. Nas eleições presidenciais dos EUA, o presidente e vice-presidente não são eleitos diretamente pelo voto dos cidadãos. Na verdade, ele até perdeu por um par de milhões de votos.

      O problema são os estados rednecks, com o seu fundamentalismo religioso e intolerância social. Existe uma parte da América que não se importaria de viver na Gilead do Handmaid’s Tale. Acredito, no entanto, quer pelas sondagens de 2016 como pelas de agora, que Bernie Sanders é bastante mais popular que Trump, portanto não acho justo, como qualquer outro estereótipo, que se diga que é um país de broncos.

      Porém, é verdade que os broncos que tem, tal como no Brasil, são de uma estupidez sem freio.

      • j. manuel cordeiro says:

        Correcto, ele não teve a. maioria dos votos. Mas teve uma maioria significativa de broncos que votaram nele e que ainda o suportam, apesar de tudo o que tem sido Trump.

  4. Paulo Marques says:

    E coisa não acaba por aqui, o homem continua a embirrar. Vai-se a ver e tinha um trenó chamado Alabama… (roubado ao Trevor Noah)

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