Assembleia (in)útil

[Francisco Salvador Figueiredo]

 

Na última semana, na Assembleia da República, foi rejeitado o voto de congratulação da Iniciativa Liberal pela aprovação, no Parlamento Europeu, da Resolução que condena de igual forma os regimes totalitários do fascismo e do comunismo. Não vale a pena declarar a minha opinião, pois ela é óbvia. A partir do momento que é totalitário e retira a liberdade às pessoas é igualmente mau. E aqui não importa se o comunismo matou mais ou os nazis mataram assim e assim. O que importa é a atitude e a motivação. Não se trata de um número, mas sim de uma forma de pensar. Se eu entrar numa confeitaria e roubar 5 pães, mas outro roubar 7 pães, isso não faz de mim melhor ou pior. A atitude de ambos está errada.

Agora vamos falar do assunto tendo em conta os nossos interesses como país. A Iniciativa Liberal entrou muito bem, com uma ótima proposta e que se revelará na vida dos portugueses. Seguem-se 3 pontos das vantagens desta proposta:

Exatamente isso. Nada. Gastou-se tempo na Assembleia da República a discutir algo que em nada beneficiará ou prejudicará os portugueses. Está um homem nas filas de espera de umas Urgências há dois dias… Mas calma, o comunismo foi considerado tão mau como o nazismo e isso é que põe um homem como novo. E esta “proposta” da Iniciativa Liberal mostrou uma atitude muito pouco liberal. Ora, se o Estado não deve intervir na vida privada das pessoas, e bem, é o Estado que tem de definir quão mau é um regime? Não me parece. Não é o Estado que tem de condenar o Comunismo. São as pessoas que o têm de condenar ao não votar em quem defende essa mesma ideologia. Por exemplo, para as pessoas não aceitarem um discurso nazi, não é necessário o Estado reprová-lo. Basta ter bom senso. A Iniciativa Liberal esteve mal, pois é uma proposta sem nenhuma utilidade. De salientar a incoerência, para variar, do PS. Na Europa, vota a favor. Em Portugal, vota contra. Enfim, socialistas a serem iguais a si mesmos.

Comments

  1. JgMenos says:

    45 anos a engolir inutilidades que transformaram o país numa mediocridade.
    Uma dessas inutilidades é a condenação do fascismo na constituição, do que a comunada faz a utilidade de varrer toda a direita a fascista e os cretinos vão-se encolhendo.

    • Paulo Marques says:

      Pois é, há 45 estávamos no topo da Europa, bastava mandar os jovens suicidarem-se em África a custo de um colonialismo inútil que todos nos levavam a sério e tentavam imitar a nossa pobreza e analfabetismo.
      Ninguém sabe é como é que Cavaco, Barroso, Santana, Ferreira Leite, Rio e por aí adiante nunca foram chamados de fascistas, deviam ser todos vermelhos.

      • JgMenos says:

        …porque todos eles se dão ares de esquerdalhos.

        • Paulo Marques says:

          Se a concepção de direita do Menos é mais ou menos o Pinochet, não se admire então.

    • POIS! says:

      Pois!

      Tem razão em se lamentar, Sr. Mais!! O encolhimento não lhe faz nada bem! A coisa propaga-se ao cérebro, como se demonstra pela sua produção.

      A solução? Tente o Pilates. Dizem que dá resultado.

    • Abel. Barreto says:

      O Sr. menos parece um boi a marrar contra uma parede! Sempre com essa história da esquerdalhada… Toque de disco, homem!
      Diga alguma coisa útil e deixe de se assemelhar a uma mosca que não me larga a orelha. Já chateia! Mas se calhar o objectivo é mesmo esse, e nesse caso pergunto se não terá mesmo mais nada que fazer. Se for o caso, é triste.

  2. antonio says:

    metade desses 45 anos fomos governados por fascistas e todos ou quase acharam muito bem… é que o 25 de Abril também foi obra de muitos fascistas.
    Eles queriam acabar com a guerra (para não andar sempre com a mala às costas) e pouco mais.

  3. Luís Lavoura says:

    Bom post. Gostei, integralmente.
    O Estado português não tem nada que se imiscuir na vida interna dos outros países. Não tem nada que dizer que eles são maus por serem comunistas ou fascistas ou o que forem. São os cidadãos portugueses que devem dizer isso, dentro da sua liberdade pessoal.

    • JgMenos says:

      Só que a proposta nada tem com países e sim com ideologia totalitária.
      E não condenam o comunismo porque a comunada está por aí pronta a instalar o seu regime totalitário, assim não lhe dêem nos cornos.
      São democratas e constitucionalistas por que não podem ser o que querem.
      Entretanto vão minando e fracturando quanto podem…e a cretinagem cheia de tolerância democrática!

      • Chega, Menos! says:

        Ó Menos, a vida anda a correr-te mal. Estás muito repetitivo. Muda a cassete!

      • Paulo Marques says:

        Só que nem todo o “comunismo” foi totalitário, já os fasços dizem sempre ao que vêm.
        De resto, serve para o quê, se até Portas e Coelho se deram bem a fazer negócios com a Venezuela ou a China, supostos comunistas sem nada em comum.

  4. Fernando says:

    Capitalismo é sinónimo de roubo.

    Há uma maioria que produz a riqueza e depois há uma minoria que se apossa da riqueza que não produziu.

    E os Capitalistas apoderam-se da riqueza com a ajuda do Estado.
    O Estado é essencial para o regime Capitalista como tão bem se viu com a falência da Banca, no Chile de Pinochet e agora com o golpe na Bolívia.

    Este é o sistema económico dominante.

    Quando é que a “Iniciativa Liberal” vai propor o voto de repúdio do Regime cleptocrata Capitalista?….

  5. Mr José Oliveira Oliveira says:

    Nunquinha! Nunquinha, como diz a minha amiga brazuca!

  6. Rui Silva says:

    O autor estará então também de acordo que o :
    “Voto de Condenação pelo ataque por forças israelitas” no nosso parlamento em 2/6/2010 foi uma autentica perda de tempo, uma vez que não resolveu nenhum problema de nenhum português ?

    RS

    • Paulo Marques says:

      Continuando o raciocínio, será que Churchill devia ter ficado caladinho dia 5 de Outubro de 1938?

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading