A Bronx Tale

In such a language as German or Latin the adjective would have one definite ending indicating more or less distinctly gender, number, and case, but all of these are left indefinite in English combinations like a heavy sleeper, the dirty clothes-basket, a public schoolboy, a practical joker, etc.
Otto Jespersen

I think that it is the obligation of the people that have created, and perpetuate and benefit from, a system of oppression to be the ones that dismantle it.
— Joaquin Phoenix

SONNY
You’re worried about Louie Dumps. Nobody cares. Nobody cares!
A Bronx Tale

***

Em Janeiro, estive no Bronx, o borough nova-iorquino onde ainda não pusera os pés. Nos últimos anos, não encontrara ainda pretexto para me deslocar ao território dos Yankees — além disso, o Chez Bippy e afins ficam em Queens. Aproveitei uma manhã triste, de chuva, no dia do regresso a Bruxelas, para andar a passear por ruelas e parques, passando à porta da Rafael Hernandez Dual Language Magnet School, descendo a avenida Jerome, subindo a avenida Shakespeare, virando para a rua 167, na direcção da avenida Woodycrest, olhando com um sorriso para os turistas que faziam acrobacias na escadaria do Joker — alguns dos acrobatas retratavam-se (efectivamente, sem cê) e retratavam outros como eles, aperaltados e maquilhados a rigor, enquanto davam pontapés no ar, equilibrando-se com segurança naquele recanto sujo do Bronx profundo. O Five Boro Bike Tour não passa por aqui. A rua 166, mesmo ao lado, também tem uma escadaria, mas ninguém lhe liga. Cá está ela.

Foto: Francisco Miguel Valada (Bronx, NYC, 4 de Janeiro de 2020)

Terminada essa agradável manhã no Bronx, voltei para Manhattan e desenferrujei os dedos no piano do Port Authority Bus Terminal. Chegado a Bruxelas e lida a correspondência do Natal, verifiquei que nada mudara: o Acordo Ortográfico de 1990 continuava a fazer vítimas, na leitura e na escrita, e os responsáveis por esta situação continuavam no faz-de-conta habitual.

E hoje, primeiro dia útil de Fevereiro, mudou alguma coisa? Efectivamente, nada mudou.

No sítio do costume, como é óbvio, está tudo exactamente na mesma.

***

Comments

  1. Pedro Vaz says:

    Hollywood? Não é essa coisa a maior arma de propaganda da “Military Intelligence” dos EUA? Não é essa coisa onde o “casting couch” para mulheres, homens e crianças é o standard e toda a gente sabe disso?

    Nesta altura do campeonato só carneiros lorpas é que recebem lições de Hollywierdo…

    1:14

    -“The Casting Couch even applies to children?”
    -“Oh yeah…”

    Por estas e por outras tornei-me em um “populista de extrema direita”…deixei de ser lorpa.

    • POIS! says:

      Pois, é complicado!

      O que V. Exa. passou lá pelos sofás quando queria ser ator dos “Morangos” (não foi só lá que estas coisas aconteceram…) deixa traumatismos. É uma boa razão para se ter tornado populista de extrema-direita mas se tivesse provado torresmos de baleia, sido atacado por um bando de avestruzes tresmalhadas ou ouvido o último disco do Tony Carreira de uma ponta à outra também seriam boas razões..

      Agora não precisa é de ser tão modesto. V. Exa. não deixou de ser lorpa. Nesse particular aspecto dá cartas e continua em grande forma.

      • Pedro Vaz says:

        Curioso POIS!…porque os “casting couches” dos Morangos subitamente tornaram-se todas/todos activistas políticos de instagram. É só feminismo, “we are one/no borders”, selfies com o Marcelo dos Sentimentos, coitadinhos dos “refugiados”, etc, etc…

        Estás a ver como apesar de seres um carneiro lorpa com uma certa dose de doença mental ainda consegues ver umas coisas?

        • abaixoapadralhada says:

          Para os neo nazis travestidos de anti globais, os que não pensam como eles são doentes mentais.
          Interessante, mas não surpreendente.
          Mas reparo que o “nosso” salazarista de estimação, não tem aparecido. Será que está doente ou converteu-se ao anti globalismo deste novo cromo.

        • POIS! says:

          Pois é, Xô Vaz!

          Os “Morangos” estão no Instagram. V. Exa., como se limitou ao “couch” e ficou a ver os outros pela TV anda por aqui. É tudo uma questão de estatuto. Uns tiram “selfies” com o Marcelo, V. Exa. prefere agarradinho ao Venturinha a beijar-lhe a barbinha. São preferências que todos temos de respeitar.

          Já tinhamos notado que V. Exa. vinha para aqui brincar aos psiquiatras para afastar a frustração de a sua mana não querer mais brincar consigo aos médicos. É para preencher o vazio interior. Temos de ser tolerantes.

          Mas não precisa de estar de quarentena. A lorpice não se transmite. De outro modo a sua famelga estaria podre de lorpa.

          Quanto ao resto, V. Exa. é um menino muito mal educado. Foi isso que a sua mãezinha llhe ensinou quando era pequenino, quando o sentava ao colo enquanto aparava o bigode? Ai o menino!

    • anticarneiros says:

      Mé……

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