A Sábado desta semana dá conta de uma série de investigações fiscais aos principais clubes portugueses. Essas investigações incluem fraudes, lavagem de dinheiro e desvios de dinheiro. “Todos suspeitos”, diz a revista.
Lida a reportagem, nada de novo relativamente ao que o Expresso avançou em 2018. E em 90 por cento dos casos, um elemento em comum, Jorge Mendes, o Dono Disto Tudo.
Como portista, fico muito contente que tudo seja denunciado. Infelizmente, nada de novo. Há anos e anos que o clube ganha milhões em transferências, mas o dinheiro desaparece como que por encanto. Principalmente depois de 2004, com os mais de 100 milhões em vendas, foi o descalabro, ao ponto do clube sofrer a humilhação de ser intervencionado pela UEFA.
Para algum lado há-de ir o dinheiro e o grande Rui Pinto já deixou em tempos algumas pistas, com as referências à família Pinto da Costa.
Que se investigue tudo até ao fim. Se for essa a única forma do FC Porto se ver livre desta SAD decrépita que está a levar o clube para o fundo, que seja.
Infelizmente, mais uma vez, nada acontecerá a ninguém. Não vai acontecer ao FC Porto. Não vai acontecer ao Benfica nem a Jorge Mendes – se estes caíssem, caia todo o regime com eles.
Neste país de ladrões de colarinho branco, como muito bem diz Joaquim Jorge, a PGR já se assegurou de que os poderosos nunca serão incomodados. Basta a procuradora Gago contrariar os seus subordinados.
Para a Justiça, o único culpado é o Rui Pinto.
O tal que de repente passou a ser bom para alguns. O tal que para outros passou a ser mau.
Para quem não estiver infectado por clubites, partidarites ou interesses, Rui Pinto não é parcialmente bom ou mau. Não. É todo bom (salvo seja).
Tudo o que divulgou e vai continuar a divulgar será sempre muito mais do que qualquer erro que tenha cometido.
Envolva Pinto da Costa, Luís Filipe Vieira, Ricardo Salgado, Antônio Costa ou Marcelo Rebelo de Sousa.
A revista Sábado, há falta de revelações “alucinantes” sobre as 100 perguntas do Sr. Carlos Alexandre a António Costa; o primeiro ministro tirou-lhes o pão da boca, estilo raposa matreira, publicando-as, resolveu falar de um assunto já gasto. Gasto e velho. Quase tão velho como República. Mas alguma vez o dirigismo desportivo foi um lugar recomendável?
Nem no tempo do futebol semi profissional. Eu ainda me lembro do Inocêncio Calabote e do Clemente Henriques, nos anos 50 do século passado.
Esta notícia demonstra sim, que o grupo jornalístico detentor da Sábado//Correio da Manhã, só consegue sobreviver no esgoto, tal como os ratos.
O segredo não é bem para onde vai o dinheiro das transferências – as amplas comissões são bem visíveis desde 2005, bem como as desculpas esfarrapadas da direcção.
Mas isso são pormenores, só para dizer que dificilmente a lavagem é um caso assim tão simples, senão já estava tudo dentro – dentro e fora da bola, bem entendido.
A política e o futebol são os ddt neste país tendo uma justiça como seus aliados. E depois queixam-se do aparecimento do chega e de outros que aí virão.
Fala como se o Povo se revoltar contra a situação é uma coisa má. O Chega é o Povo…quem ainda tem fé nos partidos do Sistema (esquerda, centro, direita) é um carneiro.
O Chega é um partido parlamentar, portanto parte do sistema. Tanto é, que o líder é avençado de um dos maiores corruptores do país muito antes de chegar ao poleiro.
Desculpe discordar de si, Paulo Marques. Aliás tenho muito apreço pelos seus comentários que sempre acompanho e aprecio, considerando-os sempre oportunos e assertivos. Contudo, neste caso, não posso partilhar, com imensa pena minha,da sua opinião. Mas é apenas, seguramente, uma situação pontual que não terá repercussão alguma no modo como continuarei a ler e admirar o modo lúcido como comenta e a forma clara como transmite as sua ideias não deixando quaisquer dúvidas a quem o lê. Isto mesmo dizem vários leitores destas caixas de comentários que o consideram o melhor de todos.
Caro Paulo, continue, por favor, a comentar! Os seus comentários são verdadeiros tratados de escrita com enorme qualidade e reflectem uma elevação de carácter e uma inteligência de nível superior que dificilmente será atingido.
Ah! Pois!
E para provar que é mesmo anti-sistema o Chega legalizou-se de maneira completamente diferente.
Que o diga o Xô Vaz que se fartou de percorrer os infantários e as esquadras deste país para recolher assinaturas de eleitores genuinamente anti-sistema. Isto sem contar com a avó do Xô Vaz que, de tanto entusiasmo, assinou umas trezentas vezes!
Para diferenciar o Chega, e já que o país está pejado de carneiros, o congresso pensa em adotar o burro como símbolo já que tem tido ultimamente muito sucesso nos States (que é o país de onde vêm os standards). O Vaz, aliás, até já foi escolhido num apertado “casting” para servir de modelo ao artista que vai desenhar o símbolo. Querem homenagear o incansável militante anti-sistema. É justo!
Mééé……!
O futebol como de costume a ser usada como Arma de Distração Massiva, como o Sistema está cada vez mais aflito até os podres do futebol servem, básicamente estão a sacrificar o Circo que apesar de importante está abaixo da política. Reparem como o Sábado (grupo Cofina) fala pouco acerca dos escandalos de corrupção que se acumulam…
A corrupção do empregador também não incomoda o Chega. Nem a compra de permanência no país por tuta e meia.
Pois, não entendi, mas alguém há-de explicar!
Não vou perder logo o “Pé em Riste”. O Ventura vai explicar isto tudo e desvendar outros factos pouco claros. Por exemplo a origem histórica do bigode do Vieira,(parece que remonta ao episódio de Martim Moniz, constituindo um amuleto para não acabar entalado) que vai ser a tese do seu próximo doutoramento, já que a do anterior foi queimada pela Inquisição.
De caminho vai desmascarar a atividade do grupo Cofina que paga a políticos para serem comentadores, uma promiscuidade inaceitavel. Para dar mais solenidade à coisa vai apresentar-se fardado já que em seguida entra de serviço na esquadra do Bairro Alto.
Méééééééé……….
Sem querer descuidar do racional no texto – com o qual concordo veemente – queria só deixar um reparo: “Antônio”? Erros acontecem, especialmente com correctores autográficos, mas num site que se bate, e bem, contra o AO90, diria que se submete a crítica desnecessária ao escrever António dessa forma. De resto, agradeço o trabalho e o projecto, do qual desfruto imenso.
Muito obrigado
*ortográficos, lol
Não me leve a mal, mas o Aventar não se bate contra o Acordo Ortográfico. Alguns autores do Aventar, sim, batem-se contra o Acordo Ortográfico.
Era o mesmo que dizer que o Aventar é um blogue fervorosamente portista, quando na realidade apenas alguns autores (entre os quais eu me incluo) o são.
Quanto ao «Antônio», é o que dá escrever o post no telemóvel. Obrigado pela correcção.