Eutanásia: Mataram, mas não querem deixar morrer

 

Mataram milhares de portugueses fruto das suas políticas governativas. Porque não era possível salvar vidas a qualquer preço. Longe vão os tempos em que só restava esperar que os portugueses morressem.
No entanto, agora querem impedir que um adulto, consciente e de livre vontade, decida abreviar o seu sofrimento extremo.
Querem impedi-lo a qualquer preço. Que o povo deve ser ouvido, dizem. Como se algum dia tivessem tido algum interesse no que pensa ou no que diz o povo.

Comments

  1. António Miguel says:

    Apenas 2 apontamentos: Cavaco Silva ouviu o povo para receber o que recebeu do BPN? Passos Coelho fez referendo para roubar aposentados e funcionários públicos, cortar vencimentos aos professores, vender a EDP? Porra, estes animais estão mais do que amestrados à política que mata portugueses! Basta de tantos abestados!!

    • Rui Naldinho says:

      Essa é apesar de tudo, a parte em que eu menos me sinto revoltado, mesmo tendo apanhado por tabela com as suas decisões políticas.
      Gostaria de perguntar a esta gente se alguma vez se indignaram com os milhares de crianças que morrem diariamente nas maternidades de Angola?
      Quantas vezes se indignaram com o lastro de mortos deixados pelo tribalismo e apartheid durante décadas e décadas nas masmorras africanas?
      Quantas vezes se indignaram pelas centenas de milhares de mortos, consequência directa da guerra do Iraque, por causa de umas pretensas armas químicas que afinal não existiam?
      Um presidente que nunca foi capaz de estancar a entrada do Senhor Teodoro Obiang, um carniceiro da pior espécie, na CPLP, está agora preocupado com as minhas escolhas pessoais em fim de vida.
      O falso moralismo desta gente, isso sim, irrita-me bastante.
      Não sei se numa fase aguda de uma doença irreversível, já em fase de pré agonia, eu teria coragem de pedir o fim da minha própria vida, duvido bem que sim, mas essa é uma escolha pessoal, só minha.

  2. Isabel Conde says:

    Qualquer pessoa tem o direito de pôr fim à sua vida. Não que eu o aprove, mas reconheço que é um direito de cada um. Portanto, se alguém se quiser suicidar, que o faça. Mas que o faça sozinho. Que não seja cobarde ao ponto de querer implicar outros na sua morte!

    • Ricardo Pinto says:

      Está a brincar?
      Certamente percebeu que estão em causa as pessoas que não conseguem fazê-lo devido ao facto de a doença os ter tornado fisicamente incapazes. Um tetraplégico, por exemplo, é um covarde por querer morrer?

      • Luís Neves says:

        Um tetraplégico pode suicidar-se… Vá lá… Pense um bocadinho… Com a cabeça de cima!

        • Homo sapiens says:

          Va lá… não pense tanto, para não sair asneira!

          « As tetraplegias são frequentemente consequências irreversíveis de patologias neurológicas ou neurocirúrgicas graves.
          O doente tetraplégico que sobrevive torna-se uma pessoa desprovida de autosuficiência que terá necessidade de assistência contínua durante toda a vida. Assim, necessita da intervenção de outras pessoas não só para lhe assegurar uma certa mobilidade, mas também para realizar os atos cotidianos necessários à sobrevivência, como comer ou praticar a higiene pessoal, ou vários tipos de auxílios muito complexos, como por exemplo:
          Cadeiras de rodas especiais que se podem comandar com o queixo (controle mentoniano);
          Aparelhos verticais eletro-hidráulicos para assegurar a posição ereta;
          Respiração assistida. »

          Já estou a imaginar um tetraplégico a suicidar-se…!
          Então se for sob as suas orientações, ainda deve ser mais engraçado.
          Você deve estar o confundir a tetraplegia com as patetices do Mr Bean.

          • POIS! says:

            Pois, mas…

            Desculpe mas não está a considerar outras possibilidades perfeitamente viáveis. Esperar por um terramoto, por exemplo. Ou pela queda de um avião em cima de casa.

            Também pode experimentar ler, com auxílio evidentemente, os volumes das memórias de Cavaco todos seguidos. Eu não tenciono experimentar mas, um vizinho meu, leu uma página e meia e acabou no hospital. Os tipos do INEM viram-se à rasca para lhe controlar os espasmos. Consta até que a ambulância chegou aos soluços às urgências.

      • Isabel Conde says:

        Eu a falar no geral, e o senhor preocupado em dar ênfase à excepção que faz a regra! Enfim, é com raciocínios assim que este país vai de mal a pior em todos os aspectos…

        • Ricardo Pinto says:

          E no geral, quem não tem capacidade de se suicidar tem obviamente de pedir ajuda a alguém. Se pudesse, certamente que se suicidava, mas não consegue.
          Não é covardia, é incapacidade.

          • Isabel Conde says:

            E já se perguntou qual é a percentagem de pessoas que se querem suicidar? Ou das que querem ser eutanasiadas? Em Portugal, suicidaram-se 1.450 pessoas, em 2016. Nesse mesmo ano, houve apenas 20 pessoas a recorrer à eutanásia no estrangeiro. Num universo de 10 milhões de pessoas, justificar-se-á a histeria generalizada acerca da legalização da eutanásia? Perante os números, não deveriam os parasitas que se sentam na AR dar melhor uso ao dinheiro dos nossos impostos? Como sempre, os portugueses são tão pequeninos em tudo que qualquer assunto serve para tentarem uma importância que jamais terão.

          • Abaixo apadralhada says:

            A maldita padralhada prefere que existam ainda os suicídios com o veneno para as baratas, com os horrorosos sofrimentos que se seguem.

            Maldita padralhada

          • @Abaixo a padralhada: claro, de modo a terem o merecido castigo pelo pecado!

    • Julio Rolo Santos says:

      Isabel Conde, estou estupefacto com o que pensa sobre a liberdade de cada um poder decidir sobre o que fazer numa eventual situação de sofrimento insuportável, para além do razoável, e tenha que recorrer a uma morte assistida sem consequências para terceiros. Para que tal seja possível, só com a aprovação de uma lei que permita a despenalização da eutanásia. Acha que mesmo que seja só uma pessoa a recorrer a este serviço não se justificaria uma lei deste teor? Se hoje pensa assim é porque nunca lidou com uma situação de sofrimento cujo enfermo só pedia que o deixassem morrer e isso, só seria possível com a intervenção de terceiros e com uma lei que o permitisse. Pense por si e deixe de servir de correia de transmissão de outros interesses, religiosos ou outros, seja simplesmente coerente consigo própria. A hipocrisia não vingará.

  3. Luís Neves says:

    E também se pode curar… Tèm aparecido algumas notícias sobre isso…

    • Sim, um doente terminal poderá ser curado pela intervenção de São Nuno Alvares Pereira.
      Afinal conseguiu curar uma senhora que se queimou a fritar peixe. Basta aguardar que São Nuno apure a sua técnica de modo a lidar com casos mais graves.

  4. JgMenos says:

    A histeria é sempre um argumento tão forte!!!

    • POIS! says:

      Pois mas…

      Se tiver mais algum a coisa fica melhor composta. Experimente!

    • Deve ser por isso que só lhe vejo comentarios histericos.

    • Paulo Marques says:

      Quando a fé vacilante é o único argumento, só sobra mesmo a histeria para impedir o parlamento de trabalhar.

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