José Calado, jogador do Benfica, foi porventura o primeiro a reagir da forma que se impunha ao ódio e violência no futebol português. Em Outubro de 2000, durante o Benfica – Braga, abandonou o jogo ao intervalo e recusou-se a regressar ao relvado depois de ser vítima de insultos homofóbicos durante toda a primeira parte. O jogo decorria no Estádio da Luz e os próprios adeptos do Benfica passaram os primeiros 45 minutos do jogo a chamar-lhe maricas e paneleiro por causa de um boato que então circulava em Lisboa relacionado com o cantor Melão.
20 anos depois, todo um país se levanta para defender Moussa Marega, jogador do FC Porto vítima de insultos racistas em Guimarães.
Os hipócritas dirão que o país evoluiu muito.
Mas é mentira. No Dragão, o único estádio que conheço, são frequentes os sons a imitar macacos – e não me parece que o objectivo seja o de homenagear o «querido Líder» dos Super Dragões. Até um jogador da casa é facilmente apelidado de «preto do caralho» se falhar algum passe ou perder um golo certo.
Nos outros estádios do país, de norte a sul, acontece exactamente a mesma coisa.
Se lhes perguntarem se é racismo, dirão que não é. E no entanto, usam a cor da pele para atingir. Da mesma forma que usariam a orientação sexual se algum jogador se atrevesse a admiti-la. Usam hoje e continuarão a usar no futuro, mesmo que de vez em quando um qualquer José Calado ou Moussa Marega obrigue os hipócritas de serviço a sair da toca.
Dir-me-ão que as coisas tendem a melhorar. Talvez, embora não tenha visto grande coisa até ao momento.
Mas sim. É possível que, daqui a muitos anos, se veja com estranheza o facto de o guarda-redes adversário ser chamado de filho da puta sempre que executa um pontapé de baliza.
É o apocalipse! Xuta-bolas ricos a serem insultados! E aquela de chamar ás mães dos árbitros de p*tas? É de um sexismo imperdoável para não falar de descriminação contra as trabalhadoras(es) do sexo. Infelizmente o xute-bolismo é um reflexo da nossa sociedade que caminha a passos largos para um HOLOCAUSTO-TERMONUCLEAR-ZOMBIE-CANIBAL de EXTREMA DIREITA. Precisamos de uma PIDE anti-fascista já!
(Pergunta á parte visto ser um assunto secundário em relação ao APOCALIPSE XUTA-BOLAS: Porque é que o processo que involve of Engenheiro Sócrates está parado e a caminho da perscrição?)
Pois pode ter a certeza.
Que o processo que involve o Engenheiro Sócrates não perscreve. Porquê? Pois, por razões ortográficas!
Pois, e até porque o Alechandre não deicha perscrever porcessos com gajos involvidos.
Porque a super séria e honesta ex-procuradora e o seu super-juíz afinal não fizeram o seu trabalho.
Quanto ao resto, a FIFA e a UEFA explicam.
Um preto é mais próximo do macaco porque não havia macacos no território gelado que pintou os pretos de branco, lhes esticou os cabelos e deu altura ao nariz.
É tão injusto dizer que um preto é próximo do macaco como dizer que um alentejano é lento e preguiçoso.
São generalizações estúpidas; será má-educação; mas equiparar isso a racismo só na cretinice do corretês dos progressistas de merda que que assolam o país.
Pois há que render homenagem!
É realmente comovente que, nestas horas dramáticas, apareça alguém com esta sublime estatura intelectual a bradar ao Mundo, sem receios injustificados, que “um preto é mais próximo” do próprio JgMenos!
Pena é que, do outro lado, haja próximos pouco interessados em estar próximos. São feitios!
Benditos Salazar e Cerejeira que tão ilustre filho concebestes e nos legastes. A Pátria, se não está salva, estará sempre, pelo Menos, a boiar!
Até um jogador da casa é facilmente apelidado de «preto do caralho» se falhar algum passe ou perder um golo certo.
Sim, isso é racismo, mas não é um racismo sistemático, militante e bem teorizado como, por exemplo, o que deu origem ao Holocausto.
O jogador só é vítima de insultos racistas quando faz algo de mal. Quando faz algo de bom, toda a gente o aplaude e diz “Ah gand’a preto!”.
O racismo português é assim. Não é um racismo sistemático, contínuo e bem estabelecido. É um racismo que só castiga quem faz algo de mal (para nós).
Até um jogador da casa é facilmente apelidado de «alentejano do caralho» se falhar algum passe ou perder um golo certo.
Sim, isso é racismo, mas não é um racismo sistemático, militante e bem teorizado como, por exemplo, o que deu origem ao Holocausto.
O jogador só é vítima de insultos racistas quando faz algo de mal. Quando faz algo de bom, toda a gente o aplaude e diz “Ah gand’alentejano!”.
O racismo português é assim. Não é um racismo sistemático, contínuo e bem estabelecido. É um racismo que só castiga quem faz algo de mal (para nós).
É só um ‘racismo do caralho’!
Ora pois!
JgMenos é realmente um erudito de alta cravadeira intelectual que não não pára de nos surpreender! Quem mais poderia demonstrar tanta ternura por um tema tão árido e polémico como o racismo?