Iniciativa do Bom Senso

“Nada como uma boa crise para transformar um bom liberal num intervencionista”. Sim, eu sei, só alguém de muito má índole poderia dizer isto numa altura como esta. Esse alguém é o mesmo agressor de velhinhos que nós temos como Primeiro-Ministro.

Ontem, na Assembleia da República, tivemos a excelente prova do que vale António Costa. Não passa de um político que coloca o poder à frente do bom senso. Anima a malta de esquerda, tenta irritar a direita, mas pior do que tudo, prejudica a vida das pessoas. Portugal não conseguirá andar para a frente, enquanto políticos derem mais importância aos seus jogos do que ao povo. André Ventura aproveita para criticar o Presidente, Costa usa uma crise para criticar os liberais, o Bloco usa a mesma crise para criticar os ricos. Enquanto os meninos brincam aos debates de 5º ano para depois contar em casa que são os maiores, há pessoas que estão doentes e há outras quantas com medo do que pode acontecer. Recorrendo a uma intervenção do Ricardo Araújo Pereira, para não me acusarem de me apropriar de nada “a la Bloco”, no filme Abril do Moretti, há alguém diz “Diz alguma coisa de esquerda!”. Aqui era necessário um “Diz alguma coisa com bom senso”.

Na mesma intervenção, António Costa aproveitou para mostrar os seus dotes humorísticos para chamar Iniciativa Estatal à Iniciativa Liberal. Daqui a 3 anos e meio, quando forem votar, lembrem-se que no dia em que ultrapassámos os 30 mortos, o António Costa falou em “boa crise” e que aproveitou o momento para criticar outros. As pessoas que faleceram não mereciam isto. Os profissionais que todos dias se sacrificam não mereciam isto. Os portugueses não mereciam isto. Mas foi o que escolheram.

Nota: Um obrigado a Rui Rio pelo ato de coragem. Apesar de não concordar com as suas ideias, nunca deixarei de o admirar por ser um homem sério e leal ao que acredita. Alguém que não precisa de saber a cor política para elogiar ou criticar o outro. Que todos os políticos fossem assim sérios. Do André à Catarina, mas não o Costa. Ontem, perdi a esperança.

Força a todos nesta luta sem cores. Fiquem em casa e cuidem dos vossos.

Comments

  1. Ao que chegou o Aventar ... says:

    Ao que chegou o Aventar …

  2. Rui Naldinho says:

    Desculpe-me a franqueza, mas António Costa ontem respondeu à letra, ao deputado do Iniciativa Liberal. E respondeu bem. Aquele indivíduo não passa de um mero populista, tenha lá ele os canudos que tiver.

    • Francisco Figueiredo says:

      Populista? Que o diga do André Ventura, sim, concordo. Do Cotrim não. Aliás, falta-lhe um bocadinho de populista para transmitir melhor as suas ideias.

      • POIS! says:

        Pois mas…

        Não se pode transmitir o que não se tem. É uma velha máxima jurídica e da vida!

        Enfim, como diria o velho liberal francês Jean Cotrin de Fugueiréde “la téorie liberale est belle, les crises de pandémie est que donne cap d’elle”.

        • Francisco Figueiredo says:

          O Liberalismo não é lindo, o Liberalismo dá a possibilidade de haver coisas lindas. Num momento ímpar como este, parece-me que está a ter a atitude mais séria de todas. Ignorar que é importante um Estado forte nesta altura seria uma atitude à Costa, mas em modo liberal.

          • POIS! says:

            Pois mas…

            Um Estado forte não se cria de um dia para o outro quando há crises! isto não é como dar ao interruptor: ora Estado para cima, ora Estado para baixo!

        • Francisco Figueiredo says:

          O Estado deve estar preparado para assegurar a segurança do seu povo e suas liberdades individuais. O Liberalismo não implica que o Estado seja inútil, simplesmente defende que as pessoas não devem viver para o Estado. E sejamos honestos, a Iniciativa Liberal está longe de ser realmente liberal, e ainda bem. Não se pode liberalizar de um dia para o outro. Seria o mesmo que uma pessoa fosse expulsa de casa e perdesse o apoio de repente.
          Medidas como se dar a possibilidade de escolha das pessoas em escolher a escola dos filhos, mostra a seriedade do projeto da IL. Economicamente é igual, mas desta forma é dada liberdade de escolha e responsabilidade às pessoas.

          • Paulo Marques says:

            Como exemplo da “seriedade”, apresenta algo completamente irrealista e/ou beneficia quem mais tem para pagar um bem escasso. Regulado por um musculado.

          • Francisco Figueiredo says:

            Irrealista? Não confunda as ideias da IL com as ideias do Chega.

          • Paulo Marques says:

            Ora diga lá como é que todos podem escolher a hipotética melhor escola. Ou até como é que se define a melhor escolha inteiramente racional para cada indivíduo, ou como é que se informa para a fazer.

          • Francisco Figueiredo says:

            Tem razão. Uma pessoa não se consegue informar sobre o que é melhor para si. O Estado consegue escolher o melhor para um povo inteiro. Está tudo dito.

          • Carlos Almeida says:

            Se Figueiredo

            “Medidas como se dar a possibilidade de escolha das pessoas em escolher a escola dos filhos, mostra a seriedade do projeto da IL”

            Mas essas medidas são as mesmas dos Jesuitas, que andam assim a mamar do Estado Português há mais de 300 anos. Está tudo dito

          • Francisco Figueiredo says:

            O objetivo é, futuramente, as pessoas não precisarem de apoio do Estado para colocar os seus filhos na escola. Mas ainda necessitando, ao menos têm liberdade de escolha. Já o dinheiro que o Estado gasta é o mesmo. Não se trata de interesses económicos.

          • Paulo Marques says:

            Uma pessoa consegue, milhões não o fazem. Mesmo admitindo que o consigam fazer para toda e qualquer transacção monetária, a realidade é que não o fazem.
            Quanto a não precisarem de apoio monetário, pois claro, qualquer um tem facilidade de colocar os filhos numa escola qualquer, independentemente da distância.

          • António de Almeida says:

            Muitas pessoas já escolhem a escola dos filhos. Pelo menos em Lisboa. Não utilizam dinheiro, apenas favores e influência.
            Porque não querem os filhos misturados com algumas companhias.
            Quando a escola não pode rejeitar alunos problemáticos, junta-os numa turma.
            Estou a falar do que ouço. Nos meus tempos de estudante já acontecia, pelos vistos não mudou muito…

  3. o chico é o maior a fazer redacções.., mostra ao avô que ele dá te 25 tostões….

    • Francisco Figueiredo says:

      Vá lá, ao menos sabe que Chico é com Ch.

      • Chico, és um intelecto superior, a subtileza dessa admoestação não está ao alcance de qualquer filho de pedreiro que melhor faria se se ficasse pelo cimento e a talocha… És uma pessoa de bem. Bem hajas.

        • Francisco Figueiredo says:

          Mas nunca me peça para lhe fazer uma casa, nem sequer uma pequena obra. Daria bem para o torto.

  4. POIS! says:

    Pois mais um poste…

    De Sua Excelência a Florzinha Liberalesca Figueiredo. Tanta gente a sofrer e ele a mandar postes. Francamente!

    • Francisco Figueiredo says:

      A minha parte como cidadão está a ser cumprida. Mas acho que foi um excelente elogio dar tanta importância a um “poste” no Aventar como a uma intervenção na Assembleia. Obrigado pelo bom humor matinal.

  5. Luís Lavoura says:

    Confesso que não entendo que mensagem pretende o autor deste post fazer passar.

    • POIS! says:

      Pois eu digo-lhe…

      que o Sr. acaba de entender perfeitamente!

  6. Luís Lavoura says:

    As [30] pessoas que faleceram não mereciam isto.

    Talvez o autor deste post não tenha noção de que em Portugal morrem, em média, umas 300 pessoas por dia.

    Em face deste facto, morrerem 30 pessoas, no decorrer de vários dias, devido ao covid-19, é basicamente irrelevante.

    Para me explicar melhor: o acréscimo de mortalidade devido ao covid-19 é, em Portugal, baixíssimo.

  7. Luís Lavoura says:

    cuidem dos vossos

    Isso na cultura portuguesa não é problema nenhum. Os portugueses são sempre exímios em cuidar dos seus, da sua família próxima.

    O problema dos portugueses é a sua tremenda falta de civismo, ou seja, o seu desprezo pela sociedade em geral.

    Em vez de recomendar aos portugueses que cuidem dos seus – coisa que eles sempre farão – o que é necessário é recomendar-lhes que cuidem da sociedade em geral.

  8. Francisco Figueiredo says:

    Não podemos comparar uma morte por uma pandemia com mortes que há todos os dias. Uma pandemia pode ser travada, mas não lhe posso garantir que todos os carros vão travar a tempo quando há pessoas no meio da rua. Não comparemos.
    Em relação ao “cuidem dos vossos”, é uma forma de dizer que qualquer um entende. Os portugueses conscientes de certeza que estão em casa a ler os meus textos no Aventar, é bom para a saúde pública e para a leitura. E obrigado pelo comentário.

  9. POIS! says:

    Pois ora bem!

    Que “o liberalismo não é lindo” já se cá sabia mas, vindo de onde vem, é um comovente ato de reconhecimento.

    Se dá a possibilidade de haver coisas lindas não sei porque é que nunca vi tal promessa cumprida. Cá para mim o Reino Liberal não é deste mundo até porque os pecadores não deixam.

    Eu referia-me era às teorias liberais. Essas sim são muito belas. É pena que as crises dêem logo cabo delas. É a isso que o Grande Liberal Jean Cotrin de Fugueréde, no seu francês impecável, se deve estar a referir na máxima que cito.

    • Francisco Figueiredo says:

      As teorias liberais são lindas como qualquer outra teoria. Ninguém quer ficar a meio caminho, todos querem atingir algo perfeito. Não sendo possível, é tentar chegar o mais perto possivel. O Liberalismo não é lindo nem deixa de o ser, mas dá liberdade às pessoas de definirem o seu rumo.
      Mas sim, apenas medidas liberais fazem crescer um país econcomicamente, e Portugal está a precisar dessas medidas.

      • POIS! says:

        Pois mas…

        Não é “ficar a meio caminho” nem “o mais perto possível”. Diga antes “ficar onde convém”. Assim, liberal nos lucros, socialista nos prejuízos e comunista nas crises.

        Aliás, deve ser porque a populaça não vai na fita que “o mais perto possível” das doutrinas liberais foi o imposto em ditaduras, como é o caso do Chile do Liberal Pinochet..

        Foi a confirmação das ideias liberais dos Grandes Liberaleiros Hayek, Friedmann e outros da Escola de Sim Cago que produziram o célebre lema:

        “quer tu queiras, quer não queiras, hás-de ser liberal!”.

  10. JgMenos says:

    O Costa é grosso e socialista.

    Combina assim a grosseria com o sentir-se dono disto tudo – donos do Estado, de que acreditam serem os inventores, e donos do que é dos outros, porque têm uma matilha para instalar no Estado, regada a impostos e mordomias.

    Chefe da alcateia esquerdalha, sempre que pode dá-se ares de macho alfa capaz de lhes manter o território.
    A figurinha não o ajuda, mas não se poupa a esforços.

    • Francisco Figueiredo says:

      Bastava ter dito socialista e assim não insultava os grossos.

      • abaixoapadralhada says:

        Sr Figueiredo

        Parabens por esta frase:

        “Bastava ter dito socialista e assim não insultava os grossos.”

        Com ela desmonta toda a conversa pseudo liberoide anterior.

        Acabou de concordar com um Salazarista. Olhe que Sá Carneiro e Balsemão, fizeram parte da ala liberal do parlamento dominado pelo Marcelismo fascista.

        O liberalismo foi uma uma teoria datada e nasceu e morreu há 200 anos

        • Francisco Figueiredo says:

          Eu tenho o direito de criticar os socialistas como bem me apetecer. Não deixo de ser liberal por isso. O Liberalismo permite que cada um pense como quiser, mas limitar isso à sua vida e não impor aos outros.

          • abaixoapadralhada says:

            “Eu tenho o direito de criticar os socialistas como bem me apetecer.”
            Claro que tem evidentemente, como eu tenho e não sou “liberal”. De resto ninguém lhe leva a mal por isso.
            Mas no contexto deu o seu apoio a um auto declarado salazarista, foi só isso que critiquei.

          • Francisco Figueiredo says:

            Então, ainda bem que ao menos temos liberdade de expressão. Assim, podemos ter opiniões salazaristas e anti-salazaristas, dando lugar ao debate. Não se combate totalitarismo com atitudes totalitárias.

          • abaixoapadralhada says:

            Se o Sr Figueiredo acha que pode haver um debate com os Salazaristas, das três uma:

            1 – Não conheceu o Salazarismo
            2 – Tem menos de 50 anos e do Salazarismo só ouviu contar
            3 – Ainda não leu todas as pérolas do “nosso salazarista de estimação” aqui no Aventar

            Mas como diz o POIS e muito bem, “doutrinas liberais foi o imposto em ditaduras, como é o caso do Chile do Liberal Pinochet..”

            E desse passado não se podem livrar, de resto também não devem querer.

            Repare que sendo Sá Carneiro um liberal, não fundou um partido liberal, mas um partido populista (Partido POPULAR Democrático). Porque terá sido ?
            Em parte por populismo sim, mas também porque sabia que as ideias liberais não faziam sentido em democracia, ele que fora um liberal em ditadura e aí fazia sentido.
            O liberalismo corre no sentido da Historia em 1820, corre contra o sentido da Historia, passados que foram 200 anos.

        • JgMenos says:

          FFigueiredo

          Não se apoquente com o debaixodasfraldas, que vive numa feroz luta contra o salazarismo desde uma data não determinada, suspeita-se que pelo menos desde o seminário ou até desde a catequese.

          Pretende dar a entender que conheceu o Estado Novo, mas sobre ele só tem o discurso que é de uso na esquerdalhada abrilesca.

          Mas não o contradiga que ele fica triste,

          • POIS! says:

            Pois realmente…

            É muito difícil de enganar um perito em Estado Novo como JgMenos! Pelos vistos estava entre os íntimos dos íntimos de Salazar e Cerejeira. Ainda lá tem em casa uma farda da Mocidade Portuguesa autografada por Salzar em recompensa dos bons serviços prestados e uma hóstia abençoada por Cerejeira durante a visita do Paulo VI..

      • POIS! says:

        Pois não me diga! Ah! Ahhhhh! Ahhh!

        Ai que o Figueiredo é tão cómico! Ai que nem posso! Ah! Ah! Ahhhhh!

        Já vi que V. Exa. prefere os grossos! Ahhh! Ahhhhhh! Ahhhh! Não me ria tanto desde que o outro caiu da cadeira!

        • Francisco Figueiredo says:

          O Fidel também manda um abraço.

          • POIS! says:

            Pois mas…

            Saiba que não aceito abraços de defuntos! Já que tem contacto com ele, diga-lhe que não é por mal mas estou de quarentena.

            Aliás, o liberalismo de V. Exa. tem algo de messiânico e religioso. Não me espantaria que V. Exa.fosse o destinatário uma revelação das almas do outro mundo, com quem, pelos vistos, mantém comunicação. É a confirmação da minha tese de que o Reino Liberal não é deste mundo.

          • abaixoapadralhada says:

            O Fidel ?
            Que é que tem Fidel de Castro com esta conversa ?

            Ja me lembro, lutou para defender a terra dele contra os Liberais Yankies

            E isso chateia os liberoides PT em 2020

          • Francisco Figueiredo says:

            Repito, não é por um Estado se transformar liberal que passa a ser perfeito. O liberalismo simplesmente dá liberdade para que as pessoas desenvolvam os seus talentos e que sejam recompensadas pelo seu trabalho sem depender do Estado e sem este a sacar metade do seu dinheiro.
            Incrível, como Portugal é o único país que não cresce na Europa, e as pessoas teimam em insistir em ideias que falharam em todo o lado.

          • Paulo Marques says:

            Se não cresce, coisa que não era verdade, não é por as pessoas não poderem ser recompensadas pelo seu trabalho com a precariedade, ou por falta de empreendedorismo em criar cafés e cabeleireiros em cada esquina.
            Lá que isto falhou em todo o lado tem toda a razão, só no mais maior país modelo foram 3,3 milhões recompensados ontem.
            Mas se o estado leva metade do dinheiro, é porque são as regras do mui nobre império que exige que assim seja.

    • Paulo Marques says:

      A gente percebe, prefere que seja o seu dono o dono disto tudo e o beneficiário dos impostos (ou de não os pagar), sempre tem emprego garantido. E se tem o dele, os outros que se fodam.

    • POIS! says:

      Pois tá bem!

      O Costa chefe da alcateia esquerdalha? Tá bem! E quem é o seu chefe, Sr. Menos? Sim, o chefe da vara direitrolha?

    • POIS! says:

      Pois e a grande diferença entre o Sr. JgMenos e Costa é que este é socialista e Menos é salazaresco.

      Quanto ao resto…

      • Francisco Figueiredo says:

        Ambos dão demasiado poder ao Estado para meu gosto. Deixa para lá!

  11. Paulo Marques says:

    E o Francisco anda a brincar aos contos de fadas, como se o capitalismo alguma fez fosse meritocrático. Estou a vê-lo daqui a umas décadas dizer que agora que estamos numa crise climática, é altura dos estados intervirem, quando, como hoje, o fazem com uma mão atrás das costas. Só que aí é mesmo tarde demais.

    • Francisco Figueiredo says:

      Sim, o capitalismo é mertitocrático. Ganha mais quem vende mais, quem produz mais. Não interessa o que eu penso ou o que o Paulo pensa, muito menos o que o Estado pensa. Se algo não vende, não são as pessoas que têm de sustentar negócios que ninguém quer consumir.
      Os Estados têm uma ótima intervenção no combate à crise climática, tanta, tanta, que até é a Greenpeace é talvez a melhor associação nesse combate, uma ONG.

      • POIS! says:

        “Se algo não vende, não são as pessoas que têm de sustentar negócios que ninguém quer consumir”.

        Pois, como por exemplo…

        …as unidades de saúde quando a generalidade da população é saudável e não há pandemias!!

        • Francisco Figueiredo says:

          Unidades de saúde serão sempre necessárias. A saúde e a educação serão sempre procurados.

          • POIS! says:

            Pois ficamos então a saber que…

            Não usar e, portanto, ninguém pagar é sinónimo de “procurar”.

            Temos um novo génio da Economia! Alô academia sueca? Estão à espera de quê?

            V. Exa. inteire-se de como funciona o “sistema” de “saúde” liberal dos EUA, o “pagamento à peça” dos cuidados, o preço astronómico a que subiram os exames e os medicamentos por via do “livre jogo da oferta e da procura” e veja no que está a dar!

          • Francisco Figueiredo says:

            Sim, é. Se eu quiser ver um teatro de uma companhia qualquer, vou lá e pago. Ninguém me tem de obrigar a pagar nem um cêntimo. Não é o Estado que decide no que devo investir. A não ser que seja na sua única missão, manter a segurança do povo. E garantir os mínimos na saúde faz parte disso.

          • Paulo Marques says:

            Se eu quiser ir a um hospital, vou ao primeiro que aparecer. Ninguém me obriga, é certo, é uma escolha. Também há quem escolha não se vacinar para poupar dinheiro, é a liberdade.
            E se quiser combinar os preços com os colegas e esconder o custo dos procedimentos, que é que o estado tem a ver com isso? Nada, pois claro. O consumidor até gosta de pagar 2000$ para chamar uma ambulância e 30000$ para ter um filho, é a racionalidade económica. Podem sempre juntar-se aos outros empreendedores no GoFundMe para evitar a bancarrota por custas médicas.

      • Paulo Marques says:

        Bom, se a definição de qualidade é o que mais vende, a qualquer custo, qual nutricionistas quais quê, o McDonalds tem a melhor comida do mundo. E não se percebe porque é que o Nobel da Literatura não foi dado a E L James.
        Nem se percebe a preocupação com restrições ao amianto, ao teflon, ou ao aditivo chumbo na gasolina: as pessoas compravam mais, logo era o melhor que havia. Maldito estado. E depois ainda se mete com criadores de emprego como a Dona Branca, o malandro.

        Não, a teoria de que a maior parte da população devia morrer nem sequer funcionava. Nem são as acções individuais, para quem tem dinheiro para isso, que mexem a agulha. O mais provável é acabar como a agricultura biológica, que não quer dizer nada e não informa ninguém, mas soa a bom.

  12. Abstencionista says:

    Com um sistema de saúde fortemente abalado pelas cativações, pois o dinheiro é pouco e vai prioritariamente para os bancos e dívida, só esta estratégia parece ser a correcta para defender os mais frágeis – ficar em casa.
    Claro que a economia vai sofrer um abalo de caixão à cova com uma crise futura a ser, segundo os entendidos, superior à de 2008.
    Mas se a crise de 2008 teve origem na tremenda corrupção entre banqueiros e políticos com os reguladores a verem, cúmplices, pelo canto do olho, os irmãos metralha a roubarem os bancos, esta crise terá uma “boa causa”.
    Pergunta-se se é possível conciliar as duas coisas, a defesa dos cidadãos doentes e a defesa da economia?
    Na prática isso já foi tentado, mais recentemente no U.K., mas o Boris teve de dar uma volta de 180º e hoje só fala em salvar o NHS – e as pessoas em casa.
    Não me esqueço que este governo é parente chegado do governo da bancarrota mas, para já, está a revelar competência e sentido de responsabilidade a gerir um processo muito duro.

    • Carlos Almeida says:

      Foi com a estratégia de ficar em casa que no principio do século 20, se conseguiu debelar a “Gripe Espanhola”, embora com 50 milhões de mortos, numa altura em que não havia muitos conhecimentos científicos sobre o assunto. Se não fosse essa técnica tinham morrido muitos mais.

    • Francisco Figueiredo says:

      Não, não é possível conciliar de forma perfeita. Mas há que fazer o melhor que se pode, através de uma colaboração de todas as partes. Desde os privados aos públicos. No entanto, um país que está a ter uma ótima postura é a Irlanda, que tem uma economia bastante liberal. Quando se produz riqueza, é normal que se esteja melhor preparado.
      Ainda bem que somos europeus. Com a mentalidade que Portugal tem, seríamos uma Venezuela se não fosse o nosso contexto político.

      • POIS! says:

        Pois, e vai uma “canzone italiana”:parcialmente vertida:

        “Parole, parole, parole,
        Per “parolos, parolos, parolos”,
        i liberali, liberali pensano,
        che siamo tutti “tótós” e “tolos””

      • Paulo Marques says:

        Quando se aldraba as contas à custa do resto da “federação”, está-se melhor preparado, quer o Francisco dizer.
        Era mais provável sermos o Chile do que a Venezuela, não faltam bons alunos do auto-colonianismo na província.

    • Paulo Marques says:

      Mas alguma coisa o leva a crer que alguma coisa mudou no mundo financeiro? O endividamento privado, empresas e famílias, é basicamente o mesmo, tudo financiado a crédito fácil para mascarar as políticas de salários de miséria para ter alguma competitividade com a Alemanha. Os produtos financeiros também são o mesmo, a bolha imobiliária e turística ainda maiores.
      A defesa da economia é “fácil”, basta reconhecer que os limites não são dos números nas contas, mas dos recursos reais, incluindo o trabalho, que estes números mobilizam. Se houvesse uma Garantia de Emprego que incluísse não sair de casa, as pessoas não saiam mesmo.

  13. António Fernando Nabais says:

    Muitos parabéns pela estreia aventadora, grande Francisco. Muitos anos de postas, mesmo – ou sobretudo – porque raramente concordarei contigo.

    • Francisco Figueiredo says:

      Muito obrigado, professor. É uma honra. No dia em que concordar bastante com algo que eu diga, avise-me. Estarei a dizer algo de errado então! Abraço

  14. António de Almeida says:

    Bem vindo ao Aventar, Francisco Figueiredo.

  15. Orlando Sousa says:

    Bem vindo Francisco!

  16. Pedro Vaz says:

    Rui “Bilderberg” Rio é mais um fantoche do Globalismo que quer o PSD a servir de muleta ao PS ainda mais do que o que sempre foi desde o dia 1. O Nacionalista Sá Carneiro não queria daí a CIA e o SIS fazerem o que fizeram…

    • Francisco Figueiredo says:

      Não o considero um fantoche. O meu elogio é à postura dele, não às ideias políticas.

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