Ensinar e aprender em tempo de crise
Tomada de Posição do Conselho Pedagógico da Escola Secundária de Camões
23 de abril de 2020
SOBRE A REALIZAÇÃO DE EXAMES NACIONAIS NO ANO LETIVO 2019/2020
Considerando que:
- A evolução da pandemia, conhecida como COVID19, é incerta quer em termos globais, quer no caso específico de Portugal.
- O pico da doença poderá ainda não ter sido atingido e, que na presente situação, quaisquer previsões para um eventual regresso às atividades letivas presenciais são totalmente prematuras.
- As condições definidas para a realização dos exames do ensino secundário por parte do Sr. Primeiroministro visam exclusivamente fazer deles um instrumento de acesso ao ensino superior.
- O recomeço das aulas presenciais previsto para maio tem apenas como objetivo a preparação dos alunos para os referidos exames.
- Essas aulas poderão pôr em causa a saúde pública de toda a comunidade escolar, obrigando ao levantamento do processo de isolamento, e que expõe a comunidade escolar a riscos desnecessários e de consequências imprevisíveis. Destaca-se, para este efeito, o facto de os jovens, por serem particularmente assintomáticos, se tornarem vetores de transmissão de grande risco.
- O novo calendário de exames irá inevitavelmente condicionar o início do próximo ano letivo, que deveria começar atempadamente de forma a poderem ser recuperadas as aprendizagens que ficaram atrasadas no corrente ano letivo.
O Conselho Pedagógico da Escola Secundária de Camões decide:
- Exigir ao Ministério da Educação o cancelamento dos exames do ensino secundário.
- Solicitar ao Ministério da Educação, em coordenação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que elabore novas formas de acesso ao ensino superior válidas para o corrente ano letivo e que não passem pela ponderação de qualquer tipo de exames realizados em 2020.
- Divulgar o mais amplamente possível a resolução ora aprovada junto de escolas, organizações representativas da comunidade escolar e população em geral.
Não será a Escola Secundária de Camões uma das que inflacionam a avaliação interna? De alguns colégios, então, nem vale a pena falar…
Independentemente do seu destino e opinião, considero de elementar justiça realçar a iniciativa deste Conselho Pedagógico.
Professores que escrevem disparates anti-científicos como “o pico da doença poderá ainda não ter sido atingido” deviam ter processos disciplinares. Senão, qualquer dia, ainda temos uns a ensinar criacionismo, o universo heliocêntrico ou reiki. Se têm medo, não inventem desculpas, metam baixa psicológica. Sem exames nacionais não há justiça no acesso à universidade (eu que o diga, por exemplo), algo que condiciona o resto da vida dos alunos, em especial dos de menores recursos. Anda esta gente a gabar a Malala e depois faz comunicados deste.
O número de infectados simultâneos continua a aumentar desde o primeiro, logo, o pico não foi atingido. Dito isto, não acho que chegue como motivo.
Senhor JPT fui eu que redigi o documento que foi aprovado no Conselho Pedagógico da Escola Secundária de Camões. Se quiser mover-me um processo disciplinar sinta-se à vontade. Eu sou Jorge Saraiva e sou o único professor do grupo de Filosofia do Camões que dá por esse nome, Mas depois não se esqueça de pôr uma velinha aos seus amigos Silva Pais, Casimiro Monteiro e Barbieri Cardoso
Querem passagens administrativas, como nos tempos do PREC? Usem máscaras e não haverá problemas de transmissão do vírus, codiv19.
Quais máscaras? As certificadas e que não se encontram? As certificadas para 5 lavagens a 10€? As que de certificado só têm o tecido? Olha-se para quem vende e a confusão é total, assumindo que ninguém vende gato por lebre de propósito.
Está tudo tão feito em cima do joelho e atabalhoadamente que mete medo.
Isso e se as máscaras ou o rastreamento de contactos resolvessem não havia epidemia em Singapura, mas aqui estamos.
Infelizmente ainda há quem ignore que o uso da máscara é a única forma de se proteger e proteger os outros. A própria DGS, parece ignorar isso indo ao ponto de apenas aconselhar e não obrigar o seu uso.. O . vírus (covid19) transmite-se unicamente pelas vias respiratórias (boca e nariz) e é esta parte do corpo que deve ser protegida obrigatoriamente. Não há máscaras para todos ou as que existem não são confiáveis? Já há empresas portuguesas a fabrica-las, oferecendo o material e a mão de obra mas, essas, parecem ser preteridas a favor das que são compradas na China, a tal que nos deu o vírus e agora vende-nos os equipamentos para nos defendermos dele. É o negócio da China.
A DGS não pode obrigar a nada, nem o governo fora de estado de emergência. Nem as máscaras evitam os toques inconscientes na cara e consequente transmissão para outros lado. Por outro lado, claro que ajudam, e qualquer coisa é muito, muito melhor que nada.
Mas quanto às máscaras nacionais, acho que não se compram por dois motivos: não estão à venda em qualquer lugar, e muita gente não faz compras online; são vendidas com durabilidade que não compensa face às descartáveis (cujos problemas de poluição provavelmente serão muito maiores, mas enfim). Aliado a isto, embora duvido que seja um factor, é fácil encontrar quem venda com certificação para 25 ou 50 lavagens quando só o tecido (ou pior, só parte dele) o está.
Não digo isto porque seja contra o uso de máscaras; é essencial. Digo isto porque não é uma panaceia, mas parece que muita gente espera que seja. Temo que corra muito, muito mal, até porque o R0 esteve muito pouco tempo abaixo de 1. E isso é maioritariamente culpa de preparação do governo, duvido que vá lá com os anúncios institucionais num par de dias.
Sr. Paulo Marques.
A DGS pode e deve, sim, obrigar ao uso da máscara a todos os cidadãos que ponham os pés fora de casa. A máscara não é um meio confiável? obviamente que sim pois é o único meio de se proteger e proteger terceiros. Há empresas a funcionar, há supermercados a funcionar e, segundo se consta, não há casos positivos entre os trabalhadores e sabe porquê? Porque usam máscara para se protegerem e protegerem os outros. A ignorância não salva vidas o que as pode salvar é a prodência
e o respeito que devemos ter uns pelos outros. Há um Banqueiro que afirmou que “dentro do seu Banco não entra ninguém sem máscara”. Esse Banqueiro é burro? Não, nós é que somos jumentos porque nos fazem se-lo.
Eu só digo que não resolve. Aliás, só saliento, porque quem o diz com conhecimento dos dados não sou eu.
Não que não se use e/ou obrigue, credo. Força nisso.
Correção ao termo “prudência” e não ” prodencia”.