Coronabus-19

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Não estamos todos no mesmo barco. Nunca estivemos. Alguns de nós estão no autocarro, à pinha, e não têm alternativa. Outros, os tais que escreveram uma carta a “pedir” ao governo para acelerar o processo de desconfinamento, à qual Costa acedeu caninanente, não precisam de transportes públicos.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    ” Então, e aqueles trinta deputados que estiveram na cerimónia do 25 de Abril? Esses não contam?
    – Ouvi dizer que a maioria deles ficou infectada. E passaram o vírus aos filhos, às noras, empregada e filhos desta. Isto já para não falar no montão de comunistas infectados, que deram entrada no Curry Cabral. Sim, os tais que foram ao 1.° de Maio. A maioria deles eram da margem Sul, dizem. Vieram pela calada da noite, como na música do Zeca Afonso.
    A culpa deste vírus sempre foi comunista. Primeiro, era o vírus comunista chinês, como diz o Mr. Trump(a), agora teve uma mutação, e virou virus comunista Tuga.
    Até dizem que em Fátima, o vírus era uma maldição comunista lançada sobre os crentes.
    Só ha uma maneira de acabarmos com o vírus. Fogueira e fim das manifestações.”

  2. Elvimonte says:

    O autor do post continua a não perceber que há pessoas que comem hoje aquilo que vão ganhar na próxima semana e se na próxima semana não ganharem nada ficam à mercê da caridade, da solidariedade e da fome.

    Talvez nunca o venha a compreender, nem mesmo com os números de desempregados na Europa, nos EUA e um pouco por todo o mundo mesmo à frente dos olhos.

    Talvez nunca venha a compreender que o confinamento, a paragem forçada da actividade económica e da actividade normal dos sistemas de saúde conduziram a excessos de mortalidade não atribuíveis ao vírus, como o demonstram todas as estatíscas nacionais e internacionais que não consultou, como o demonstra aquele artigo publicado na Acta Médica Portuguesa que não leu, como o demonstra aquelas afirmações do Prof David Spiegelhalter (chair of the Winton Centre for Risk and Evidence Communication at Cambridge University and a member of the government’s Scientific Advisory Group for Emergencies) que desconhece.

    Lamentável a todos os títulos.

    Porque não faz algo de útil, como escrever sobre a importância da vitamina D no desempenho do sistema imunitário, agora que a imprensa britânica já publicou títulos como “Terrifying chart shows how Covid-19 patients who end up in hospital may be almost certain to die if they have a vitamin D deficiency”e “UK public health bodies reviewing vitamin D’s effects on coronavirus”?

    Porque não escreve sobre o protocolo de tramento MATH+, na sua componente profilática, que realça a importância do zinco e de ionóforos deste (onde se inclui a “malvada” substância cujo nome já nem ouso referir) e cujos efeitos na imunidade viral estão cientificamente comprovados?

    • Rui Naldinho says:

      Por acaso leio com frequência o autor do texto. Contrariamente você parece não o ler. É pena. Faça uma busca aqui no Aventar de tudo aquilo que ele escreveu sobre a pandemia, e verá que as preocupações dele são iguais às de todos nós.
      O que o autor de texto pretende demonstrar é a falta de coerência dos agentes económicos, dos políticos, e de muitos fazedores de opinião, maioria deles ignorantes, arregimentados para escreverem e dizerem aquilo que quem lhes paga pretende que se faça.
      Se há infectados, é porque não há testes, numa 1.ª fase, como se os testes estivessem ali à venda na loja do chinês, na esquina. Ou porque se desconfinou, numa segunda fase. Se não se desconfina, a economia morre, claro. Se voltarmos atrás, e confinamos de novo, o país entra em bancar rota.
      Que tal assumirmos sem aproveitamentos políticos que deste vírus sabe-se pouco, faz-se o melhor possível em função das circunstâncias, e desconfina-se o país procurando dar aos mais vulneráveis, a trabalhar muitas vezes muito longe de casa, com horários diferenciados, as condições mínimas, por exemplo, de mobilidade urbana, garantindo-lhes alguma proteção sanitária.
      Ora, desde o início desta pandemia, há gente bem conhecida, com rosto, outros disfarçados de puritanas almas penadas, atrás de uma qualquer janela nas redes sociais, à espera que isto dê uma catástrofe. Até fazem figas. Parece que estão com azar. Agora, já só lhes resta a economia dar o berro. Os mesmos que nunca escreveram uma palavra sobre a mortandade que este vírus já provocou nos EUA, no Reino Unido, na França ou no Brasil. Países com as quais se identificam no seu sempre generoso, ” politicamente incorrecto”.
      Pode ser que tenham azar, e se fo*** de novo.
      Enquanto eles continuarem a ranger os dentes, a maioria dos portugueses vai poder dormir descansada. Mesmo com austeridade.

  3. Paulo Marques says:

    Que parte de “não estamos todos no mesmo barco” é que não percebeu? Que parte de “cientificamente comprovado” é que não percebeu?

  4. Luís Lavoura says:

    Não sei que autocarros é que o João Mendes frequenta – suspeito que nenhuns – mas a maior parte dos autocarros deste país não circula, nem usualmente nem, muito menos, atualmente, com passageiros em pé. A maior parte das carreiras não urbanas só circula com lugares sentados. Nas carreiras urbanas há lugares de pé, mas atualmente a lotação é geralmente tão baixa que todos os passageiros vão sentados.

    Ademais, se os autocarros fossem a causa principal do covid, então haveria atualmente surtos de covid por todo o país, e não somente em Lisboa.

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