Hoje é um dia negro para a democracia portuguesa, escreve João Miguel Tavares e, por uma vez, dou-lhe toda, mas TODA a razão. Não apenas por deixar o primeiro-ministro de ir ao Parlamento de quinze em quinze dias para passar a ir de dois em dois meses; não apenas porque “Hoje é o dia em que um partido da oposição – custa a crer, mas a proposta nasceu do PSD – decide que o governo necessita de menos escrutínio e deve prestar menos contas ao Parlamento”; não apenas porque “Hoje é o dia em que os dois maiores partidos portugueses atraiçoam os valores da liberdade, da representatividade, da réplica política e do confronto de ideias, em nome de uma visão autocrática da democracia que poderia ser subscrita por Viktor Orbán.“ Mas principalmente porque hoje é o dia em que esses dois maiores partidos portugueses espezinham a democracia amordaçando a cidadania, pois, “com origem numa iniciativa do PSD, sobe de 4.000 para 10.000 o número mínimo de assinaturas necessárias para que uma petição seja discutida em plenário.“ E “na especialidade, foi também aprovado o alargamento de matérias que podem ser objeto de iniciativas legislativas de cidadãos, mas ‘chumbado’ outro dos objetivos do diploma original do PAN: reduzir de 20.000 para 15.000 o número mínimo de cidadãos que pode apresentar um projeto-lei à Assembleia da República.“
Num abrir e fechar de olhos, estes dois partidos arrogantes e anti-democráticos matam assim, como se de moscas se tratasse, a possibilidade de levar a plenário tudo aquilo que importa a cidadãos empenhados, que exercem a cidadania no seu amplo sentido e se esforçam por intervir na configuração da sociedade, como é próprio de democracias vivas e fortes.
Esta é a expressão mais cabal daquilo que de nós querem estes partidos: que lhes demos o nosso voto para depois fazerem o que lhes dá na real gana; que lhes demos o nosso voto para depois nos mandarem calar; que lhes demos o nosso voto para depois nos comandarem.
Hoje é um dia negro para a democracia portuguesa.
PS e PSD são ambos farinha do mesmo saco. A diferença está apenas na moagem. Os grandes responsáveis pela monumental dívida portuguesa, e não o povo, como nos querem fazer crer, desejam agora o escrutínio dos seus actos, mas apenas numa altura em que tudo se torne irreversível, diante das decisões que tomam nos gabinetes, restaurantes, ou mesmo em Bruxelas, bastas vezes polémicas e com laivos de compadrio e favorecimento de amigos, diria eu. Escrutínio sim, mas perante aquilo a que se chamaria, o facto consumado.
Parece-me que socialistas nesta matéria estão a assumir o papel de verdadeiros otários. Não vislumbram o futuro. Parece que é sina daquela gente. Ver tudo no curto prazo.
E qual a razão?
A razão é óbvia.
No parlamento, nos debates quinzenais, tinham ainda assim hipótese de se defender, de contra argumentar, face às notícias trazidas na Comunicação Social, como aconteceu por diversas vezes, e até tinham amiúde o apoio da esquerda à sua esquerda, quando malhava na direita e no PS ao mesmo tempo, do mal o menos, desmontando aquela retórica moralista do PSD e do CDS, sempre prontos a ver o “cisco” no olho do PS, como se eles não fossem iguais ou piores, do que o seu verdadeiro inimigo figadal, o PS. Sim, que o verdadeiro inimigo da direita é o PS, não é o BE nem o PCP. Desta forma irão ficar reféns das notícias da CS, sem contraditório, onde campeiam aqueles comentadores em canal aberto como Marques Mendes, Paulo Portas, José Miguel Júdice, etc.
Mas o mais engraçado vai ser quando isto um dia mudar, e há-de mudar, claro, ver o PS a mudar de posição, de novo. Nessa altura, direita e comunicação social de “reverência unidas” em defesa do “bem comum”, como foi em boa parte no reinado da Troica, ver os socialistas a choramingarem baba e ranho, por falta de debate.
Por uma vez, todos aqueles que, DE FACTO, acham que a democracia é o melhor regime, estarão de acordo.
O que foi levado a cabo com esta legislação é UMA INFÂMIA. A partir deste momento, estes dois poartidos perdem qualquer legitimidade para falar em nome da democracia ou atacar terceiros em nome dela, PORQUE SÃO ANTI-DEMOCRATAS.
A canalha esquerdalha que nos governa é impermeável à censura e a publicidade institucional e outros meios dominam a comunicação.
Quem quiser fazer oposição que lhes doa tem que seguir o dinheiro e as nomeações para tachos e não promover festivais de oratória quinzenais.
Pois ora aí está!
JgMenos aponta aos direitrolhas o único caminho possível: o de correrem atrás de si mesmos. Em breve se tornará realidade o célebre “cúmulo da rapidez”. Assim é que é!
O Menos a favor do fim do sigilo bancário?
Já acabou há muito para a AT, só que ainda não foi entregue ao soalheiro esquerdalho.
Acabou, acabou… a começar nos RERTs. E não basta a AT, como bem sabe.
What ?
Estará tudo muito bem.
Os partidos são anti-democráticos, etc…, etc….
Pergunta :
Quantos portugueses viam e ouviam os debates quinzenais?
Os portugas estão-se na tintas (para não dizer que se estão a cagar para o que dizem no parlamento.)
Querem é gasolina no carro para ir comer uma caldeirada nos arrabaldes e depois ver as discussões “futebolásticas” à noite nas diversas TV’s
Tenho dito e deixem-se de “intelectualisses”
Pois tá bem!
Entretanto, quantas sardinhas V. Exa. mamou ao almoço? Os pimentos picavam? E a pinga? Era do bom ou calhou carrascão? O arroz doce tinha canela?
São dados deveras importantes! Não deixe assim a malta na dúvida! É uma crueldade!
“para não dizer que se estão a cagar”
Pela esmerada linguagem, deves ser bimbo, daqueles que come a sopa depois da tripalhada.
Bimbo !
A política não se faz por audiências, isso é na mais maior democracia do mundo, e, mesmo assim, não está a resultar muito bem.
Os jornalistas também fazem o trabalho de resumir, às vezes bem, às vezes mal, é preciso saber escolher. Sem escrutínio, come caldeirada e põe gasolina se lhe sair alguém que faça por isso de sua boa vontade.
E o que tem V. Exª que ver com o que eu como e o que eu cago!
Não me dirá?
Fica sem saber e é muito bem feito para não ser garganeiro.
Tá bem, por acaso leu o post?
Bastou-me ler isto:
Hoje é um dia negro para a democracia portuguesa, escreve João Miguel Tavares e, por uma vez, dou-lhe toda, mas TODA a razão
“Mas principalmente porque hoje é o dia em que esses dois maiores partidos portugueses espezinham a democracia amordaçando a cidadania pois, “com origem numa iniciativa do PSD, sobe de 4.000 para 10.000 o número mínimo de assinaturas necessárias para que uma petição seja discutida em plenário.
Num abrir e fechar de olhos, estes dois partidos arrogantes e anti-democráticos matam assim, como se de moscas se tratasse, a possibilidade de levar a plenário tudo aquilo que importa a cidadãos empenhados, que exercem a cidadania no seu amplo sentido e se esforçam por intervir na configuração da sociedade, como é próprio de democracias vivas e fortes.
Esta é a expressão mais cabal daquilo que de nós querem estes partidos: que lhes demos o nosso voto para depois fazerem o que lhes dá na real gana; que lhes demos o nosso voto para depois nos mandarem calar; que lhes demos o nosso voto para depois nos comandarem.”
Caro POIS, você não percebe nada de vinhos!
Vá lá a Torres e peça um carrascão do bom e vai ver que carrascão não quer dizer rasca.
Cultive-se enfrascando-se…
Seja PORTUGUÊS…
Costa & Rio ,Lda. – Agência de trabalho temporário.
Atendimento ao público todos os dias 29 de Fevereiro.
“Bocêzes” ainda não deram conta que está no porto de Antuérpia um cargueiro com bandeira portuguesa,pronto a ser atulhado com 45.000.000.000 de euros para serem distribuidos pelos habituais escritórios de advogados de Lisboa ?
Pronto! – Agora vou ouvir o faducho da Amália “Triste Sina “
Qual cargueiro, mudam-se uns números no PC do BCE, que só se gastam no que Bruxelas gostar. Só sai do SNS para os advogados porque dizem que é a eficiência do escrutínio.
O João Miguel Tavares é daqueles chulecos que o regime adora: mantém a ilusão de haver crítica e pluralidade de opiniões, quando na verdade só lhe faz cócegas e até defende o status quo.
Como o Araújo Pereira ou o Pedro Mexia, seus companheiros de teta, vai mantendo uma imagem de ‘independência’, quase rebeldia, quando é e sempre foi um encostado ao regime e aos mamões que o controlam.
O campeão destes pseudo-críticos da faina comentadeira é, claro, o Pedro Marques Lopes – geral e justamente chamado o Cabeça de Porco.
Dito isto, concordo com todo o post: é a partidocracia em acção. Mas nem assim a maioria vê a urgência de uma democracia semidirecta.
Continuam a insistir nesta ‘democracia representativa’. Pois aqui têm o resultado.
O comentador aqui é irrelevante, houve muitos outros, da dita esquerda ou da dita direita, a escreverem o mesmo.
Concordo consigo é sobre a necessidade imperiosa de mecanismos de democracia directa – o contrário do que estes partidos traidores acabaram de consumar, porque não lhes convém nada.
Retirar de cena a arrogância trauliteira quinzenal do Costa – digno herdeiro do seu antecessor Sócrates – é medida de sanidade pública e decência política.
Pois é!
Que saudades de Passos, que entrava nos debates a cantar “OK OK, põe-me KO!” e já para não falar de quando o Oliveira de Santa Comba ia á Assembleia Nacional. Isso sim, eram debates que acabavam inevitavelmente com “Qiuerido Tenreiro, vem a meus braços! Obrigado pelas postas que mandas-te!”, certamente em alusão às opiniões abalizadas do conhecido Almirante-deputado.
Pois há uma gralha. Na quinta linha é “mandaste”. Mandas-te é JgMenos, da janela para abaixo.
Agora pagamos e nem sequer temos direito ao CIRCO QUINZENAL de ver os salafrários a debitar lenga-lenga para entreter boçais…
Pode emigrar para China.
O Menos com outro nome
Pois claro!
Tem razão V. Exa. em reclamar por fata de entertenimento. É compreensível. Um boçal fino e cumpridor como V. Exa e fazem-lhe destas! Dá vontade de emigrar. Talvez para a China, como diz o Paulo marques.
Em alternativa experimente, pelo menos,, Badajoz. Aí já pode observar manadas a sério devidamente sentado,lá na Pardalera. Já ficaria, pelo menos, entretido.