Vão gozar com o…

Se alguém não entende a minha irritação com a complacência que esta sociedade demonstra com o Comunismo, atentem na fotografia.

Do lado direito temos um cidadão Indiano, obviamente imbecil e felizmente considerado como tal pela maior parte das pessoas, que resolveu vestir uma t-shirt com a imagem de Adolf Hitler. Atitude tão estrambólica que lhe valeu ser notícia em todo o mundo.

Do lado esquerdo, temos um cidadão Português que, sem qualquer escândalo, estupefacção ou controvérsia, se pavoneou na festa do Avante com uma t-shirt com a imagem de Josef Stalin.

Para quem tem dificuldade em entender, fica de seguida o “top 3” dos ditadores mais sanguinários da história da humanidade:

1) Mao Tsé-tung – responsável por 77.000.000 (setenta e sete milhões) de mortos

2) Josef Stalin – responsável por 43.000.000 (quarenta e três milhões) de mortos

3) Adolf Hitler – responsável por 20.000.000 (vinte milhões) de mortos

Compreenderam? É assim tão difícil?

Claro que podem sempre vir com a história que não é aquele comunismo que defendem. O problemazito, é que não há outro comunismo. Nunca houve, não há nem haverá.

Volto a republicar: há, neste momento, 5 Países no mundo cujo estatuto fundamental (constituição ou similar) os define como estados comunistas. A saber, Laos (ditadura), Vietname (ditadura), China (ditadura), Cuba (ditadura) e Coreia do Norte (democracia, 😀 pois; claro que é uma ditadura).

Vão gozar com o….

Comments

  1. Paulo Marques says:

    O que vale é que a responsabilidade das mortes de Grenfield, Bhopal, Ustica, Goiânia, lago Peigneur, Lac-Megantic, do 737 Max e etc são desastres naturais, enquanto o comunismo já vai em mais pessoas do que as que existem no planeta. Se ainda fossem uns cooperantes com as negociatas como Putin, Órban, Erdogan ou Isabelinha, uma pessoa ainda fazia criava uns empregos e estava tudo bem.
    É óbvio que a besta soviética morreu como merecia, mas se tudo o que não gosta é comunismo, tudo o que não gosto passa a chamar de capitalismo, e andamos aqui a não resolver nada mais uns séculos enquanto o planeta nos extingue. Sem culpa de ninguém, claro, a não ser do comunismo.

  2. Jose Oliveira says:

    Comunismo? Mas, onde está ele? Não vejo nada! Devo estar a precisar de lunetas. Ora bem. Complacência??? Caraças! O Bolsonaro foi eleito precisamente para acabar com o comunismo. Mas há comunismo no Brasil? Claro que não. Toda a gente sabe, mas isso não interessa. É preciso acabar com o comunismo e prontos!!!! Não esbanjámos…Não pagamos!!!!!

  3. Rui Naldinho says:

    Estou completamente de acordo com este post. A foto causa-me urticária. Mas é de hoje. Foi sempre.
    Ocorre-me no entanto uma dúvida. Talvez até um sobressalto intelectual.
    Não tenho dinheiro que chegue para comprar charutos cubanos. Nem sequer o Rum da melhor qualidade produzido em Cuba. Daí presumir serem os fumadores de tal produto, ou os bebedores do tal Rum, gajos de muita massa. Aquilo é caro. Não é para qualquer bolsa. ÕQuem sabe, alguns capitalistas refinados, daqueles que choram todos os dias contra o salário mínimo, que se queixam da falta dos apoios do Estado às empresas, ou, pior ainda, daqueles que se candidatam aos fundos europeus com 60 e 70% a fundo perdido, mas só aplicam no investimento a parte financiada. O deles fica na gaveta, quem sabe para pagar estes luxos.
    Mas isto não é a parte mais irritante. Até dou de barato essas extravagancias. O que me “fornica a mona”, é deslocalização industrial das empresas da Europa capitalista, liberal e multicultural, já para não falar noutros países, para a China e o Vietname. Esse maná comunista que serve a preceito o grande capital, pois não há nada melhor do que um país de baixos salários e uma ditadura que os ponha na ordem, caso reivindiquem melhores condoções.
    Também por cá tivemos o belo exemplo de Angola, uma ditadura, onde uma boa parte da elite portuguesa achou por bem, em tempos recentes, poder nidificar de novo uma espécie de neocolonialismo económico. Aí de quem dissesse mal. Ou melhor, quisesse estragar o negócio. Puta que pariu a moral e a ética.
    É nestas alturas que o comunismo e o neo liberalismo se fundem numa simbiose perfeita. Aquilo a que chamamos hoje de globalização, não é mais do que levar o capitalismo aos centros nevrálgico do comunismo, como por exemplo, a China, o Vietname, ou Camboja, para que aí, a troco de um certo desenvolvimento tecnológico e produtivo, esse mesmo capitalismo possa enriquecer de forma desmedida a troco de um prato de lentilhas. Sim, “pagar salários dignos e dar licenças de maternidade sai caro”.
    A mim o Stalin, o Mao, o Pol Pot e o Hitler irrita-me, mas é todos os dias, não é só às vezes. Mesmo depois da sua morte.

  4. Filipe Bastos says:

    Sempre classy, o Sr. Osório.

    Começando pelo óbvio, há realmente uma dualidade de critérios: a esquerda vê as ditaduras e atrocidades da direita como holocaustos satânicos, e as do seu lado como meros incidentes infelizes. É a hipocrisia da esquerda.

    Só que a direita tem a mesmíssima hipocrisia, como já disse o Paulo Marques: na sua área nunca é penálti. Todos sabem do Holodomor, poucos sabem da Grande fome na Irlanda.

    Onde o Sr. Osório falha, além dos números mais-que-duvidosos que atribui a cada campeão, é na ingenuidade – talvez deliberada – de comparar o que não é bem comparável.

    Primeiro, sejam quais forem os números, Hitler está noutro nível. Nos últimos 70 anos incontáveis filmes, livros, documentários, programas escolares, museus, até leis, elevaram-no a indisputável Símbolo do Mal. Tudo é aceitável menos Hitler.

    Segundo, há um elemento kitsch na ‘memorabilia’ da URSS e do comunismo que permite usá-la como sátira, como provocação (caso provável do parolo do Avante) ou até como moda, e que o nazismo não tem. Não por falta de vontade ou de estilo – a estética nazi tinha imenso estilo – mas pelo ponto acima.

    Terceiro, como disse alguém, o comunismo comete o mal quando corre mal; o fascismo comete o mal quando corre bem. A extrema-esquerda promete igualdade e justiça. Estaline, Mao, Kim Il-sung, todos erigiram regimes atrozes sobre um ideal, apesar de tudo, nobre.

    Já a extrema-direita nem promete uma coisa e depois faz outra: promete discriminar minorias, promete antagonizar o outro e faz isso mesmo. É ditatorial, racista, xenófoba, e orgulha-se disso.

    • xico says:

      Ora cá está. Prefiro saber onde está o Mal que se declara que o Bem que esconde o Mal Em Berlim, não me chocaram os locais do nazismo. Repulsa sim, choque não. Sabíamos ao que vinham. O que me chocou foi estar junto ao muro. Difícil conter-me perante o mal que nos vem pela desilusão de um Bem em que acreditámos. Por isso choca-me mais o bronco com a tshirt do Estaline numa festa que pretende celebrar o Bem. E não, não é uma questão de kistsch. E não, Stalin e Kim Il Sung não tinham qualquer ideal nobre: sabiam ao que iam. Não foi um erro! Não foi algo que correu mal. Correu muito bem, tal como planearam!

      • Paulo Marques says:

        Não, não tinham, mas Lenin ou Allende tinham, e dentro de um contexto político ao seu redor, da mesma forma que há um contexto de os comunistas de outros países defenderem a URSS para terem alguma força.
        Esqueceram-se é que isso já não faz sentido estes dias, nem reparam que o branqueamento do pior só retira valor e legitimidade às reformas sociais e económicas que aconteceram e não dependem do resto, e cada vez mais deviam fazer qualquer “progressista” moderno corar de vergonha.
        Se o dito comunismo é tão mau, aceitamos pedinchar dinheiro a algo que vai colapsar? Ou isso, ou é inveja de não haver capitalismo de estado por aqui.

  5. Filipe Bastos says:

    O terceiro ponto acima aplica-se, com as devidas diferenças, à esquerda e à direita ditas moderadas. Sim, a direita do Sr. Osório.

    A esquerda continua a ter o mesmo ideal: igualdade. Bem ou mal aplicado, é esse o seu propósito, o seu leitmotiv.

    Já a direita não quer igualdade, pelo contrário: é suposto poucos terem muito, muitíssimo mais que os outros. A sociedade dividida entre winners e losers, entre haves e have nots. O lucro como fim sagrado, a acumulação de riqueza como propósito da existência. Oito tipos têm tanto como meio planeta.

    Pode-se dizer tudo de mal da esquerda; mas aspira a algo bom. A direita nem sequer acha que isso seja bom; nem sequer promete uma coisa e depois faz outra. Promete desigualdade e faz isso mesmo. É iníqua by design.

  6. João Paz says:

    Depois de MONTAR fotografias que , depois e com menor visibilidade no texto, reconhece serem falsas na forma como são apresentadas apresenta números que são FALSOS a favor do nazismo (uns “meros” 20 milhões quer para o outro campo ditatorial (Muito ACRESCENTADOS como seria de esperar de si ou de outro qualquer nazi (com ou sem neo isso pouco importa). E depois ainda SE ATREVE num outro post a falar de integridade e outras coisas.
    Vá pentear macacos.

  7. POIS! says:

    Pois temos de acabar com isto!

    Proibição imediata de venda de T-shirts nas feiras! Aqui e na Índia! A culpa disto tudo é dos traficantes de T-shirts “in”, muitos deles ciganos! Está tudo explicado!

    É urgente federar isto tudo! O único capaz é um prestigiado Professor Catedrático que já federou o que pode mas não conseguiu acabar o trabalho de federar a coisa toda porque não o deixaram.

    Nas sábias palavras do líder da claque dos Super Laranjões Macavaco Selva “é preciso que o rio se torne ribeira e que a ventura chegue à nossa beira”.

  8. Hoje está na moda arranjar justificações alegadamente científicas para doutrinar contra a democracia. Esquerda e direita só coexistem numa sociedade democrática, aonde há algum poder de escolha na população votante.

    Acontece que a gestão à esquerda é caracterizada por distribuir os recursos para a sobrevivência de uma forma mais equitativa que à direita. Isto é, “o PIB que portugal conseguiu produzir é dos portugueses e deve ser distribuído segundo as necessidades de cada um, sem esquecer de dar mais a quem mais contribuiu para a obtenção da riqueza”.

    A direita acha que SÓ quem produziu riqueza tem direito a receber o PIB que foi criado.

    O voto é universal e há muita gente, afastada do processo de criação de riqueza por razões alheias à sua vontade, que seria atirada para a vala pela direita se fosse só a direita a mandar.

    É o reconhecimento desta verdade que alimenta a esquerda. É que a generalidade das pessoas tem medo de um dia ser atirado para a vala por razões alheias à sua vontade.

    • Filipe Bastos says:

      “É que a generalidade das pessoas tem medo de um dia ser atirado para a vala por razões alheias à sua vontade.”

      Isso, embora verdade, pouco passa do ‘quem tem cu tem medo’. Quero crer que somos mais que isso, ou pelo menos devemos aspirar a tal.

      O que nos move deve ser o desejo de equidade e de justiça.

      E quem produz a riqueza não é o dono da empresa ou da fábrica; é quem lá trabalha. O que falta é limitar a riqueza – chega de Amorins, Gates e Bezos – e distribuí-la melhor.

      E qual democracia? Só cá há uma partidocracia corrupta. Até pormos esta classe pulhítica com trela, nada vai mudar.

      • Quem já trabalhou para um patrão que o prejudicou, um trafulha, que não cumpriu o contrato de trabalho, dificilmente aceita assinar novo contrato de trabalho com esse trafulha…

        Quem tem cu tem medo, sobretudo se já foi sodomizado e não gostou…

  9. Tem lá calma Garcez… Quando fores velho e estiveres num lar democrático e capitalista já sabes o que te vai acontecer em caso de mais uma falsa pandemia Bilionária! Num espaço de 10 anos já vão duas…

  10. Fernando says:

    Curioso, os fachos, como o Osório, deixam sempre de fora os genocídios praticados pelos regimes liberais, católicos, capitalistas.

    Nunca mencionam o genocídio de milhões de nativos nas Américas, África, Médio Oriente…

    O facho-liberal Osório é um grande “humanitário”, tal como era Salazar…

  11. Manuel Lopes says:

    Enquanto houver indivíduos como o Osório, sempre terá de haver esquerda.

  12. lol, temos um “fashion fascist” no aventar?

  13. Azeitona says:

    Camarada Osório
    E os mortos da impoluta América do Norte
    Bombas sobres civis japoneses ?
    Extermínio dos índios ?
    O massacre e escravidao de negros
    O Napalm sobre velhos e crianças no Vietnam ?

    Já agora diga-me lá em relação a Estaline está a contabilizar os mortos das tropas nazis ?
    E outra cousa que me possa explicar Stalin era de direita ou o Hitler é que era de esquerda ?

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